Bernardo Alegra
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06 Dez 2022 | 08:29

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Bernardo Alegra

O que o treinador alemão e o Benfica estão a provar é que se pode conciliar vitórias com espetáculo.

Já há muitos anos que se discutem pretensas duas vias para se ter uma equipa a jogar: a que privilegia o resultado versus a que privilegia o espetáculo.


Eu contesto que sejam estas as duas visões dominantes, isto porque a segunda, a que em teoria privilegia o espetáculo, com certeza que também quer ganhar todos os jogos, logo ambas são ‘resultadistas’.

A diferença está em algo cada vez mais fundamental para a sobrevivência do futebol e dos clubes: o ENTRETENIMENTO.


Não é de hoje que o futebol, enquanto espetáculo desportivo, faz parte da indústria do entretenimento. Hoje, como há 100 anos, os adeptos são primeiro atraídos pelo jogo enquanto entretenimento e depois criam o elo emocional. Se não gostarem do primeiro, o segundo não existe. A diferença é que hoje o futebol, e o desporto em geral, disputam a atenção do seu consumidor/adepto com uma concorrência muitíssimo maior do que a que existia há 100 anos.

Ganhar já não é suficiente nem pode ser o único propósito a qualquer custo. É fundamental acrescentar à afetividade outros fatores como diversão e alegria.


É aqui que entra Schmidt e a revolução do futebol apresentado pelo Benfica esta época, do qual é o principal responsável, mas não o único para ser justo. O que Schmidt e o Benfica estão a provar é que se pode conciliar vitórias com espetáculo. Que a bons executantes, que em condições normais o Benfica tem condições para ter em maior número que a maior parte dos seus adversários, se pode aliar coragem, domínio de jogo e uma vontade permanente de estar perto da baliza adversária e marcar golos, ficando assim mais perto de ganhar os jogos.

O futebol entretenimento leva mais tempo a desenvolver e, na maior parte dos casos, acarreta um maior investimento. É um projeto de médio e longo prazo que necessita de convicção, apoio e competência. Só o tempo dirá se este não é mais um daqueles projetos, como tantos outros que tivemos nos últimos anos, que é o futuro do Benfica, até um qualquer revés ditar que deixou de o ser.

Para já, o principal resultado que vejo ter sido atingido não são as vitórias. São os 43 mil adeptos a ver um jogo na Luz para a Taça da Liga, contra uma equipa da 2ª Liga, num sábado às nove da noite. E os adeptos e jogadores, no futebol e nas modalidades, a cantar as vitórias do Benfica jogo após jogo.

O Benfica que queremos, vitorioso e dominador, tem de seguir este caminho.

Schmidt tem a competência e, com tempo e paciência, terá as vitórias, sem ir por atalhos e abdicar de espetáculo e entretenimento.

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Bernardo Alegra
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Rui Costa tem aqui um desafio imenso: reconstruir a confiança dos adeptos e devolver ao Benfica o brilho que, por demasiado tempo, ficou apagado.

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