Nuno Campilho
Biografiado Autor

19 Mar 2025 | 06:00

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Nuno Campilho

Romântico, tendo em conta algumas idiossincrasias que resultam da observação subjetiva e fanática com que alguns adeptos acompanham e caracterizam as exibições


Isto, hoje, é capaz de sair qualquer coisa de entre o romântico e o esotérico.


Romântico, tendo em conta algumas idiossincrasias que resultam da observação subjetiva e fanática com que alguns adeptos acompanham e caracterizam as exibições e os resultados obtidos pelo Benfica.


Se atentarmos ao último jogo, em Vila do Conde, devia estar tudo ao rubro até ao minuto 64, quando o Rio Ave marcou o seu primeiro golo… aquilo a que, na gíria, se designa por ‘chouriço’! A bola bate no Pavlidis e entra junto à malha lateral, único local, aliás, onde poderia ter entrado. E não esqueçamos que o lance que origina a falta da qual resultou o golo, é antecedido de outro onde, de forma clara, deveria ter sido assinalado pontapé de canto a favor do Benfica. Mas isso não interessa nada, pois o Benfica até isso devia controlar… as infrações que não são assinaladas a nosso favor e deveriam ser, as bolas que desviam nos jogadores e que não deveriam desviar, a malha lateral que existe e não devia existir! Aqui é que está o romantismo… o mesmo que levou alguns a afirmar perentoriamente que iriamos eliminar o Barcelona e que é tão bem caracterizado no “boneco” dos “quinje a jero” criado pelo Ricardo Araújo Pereira.

Dispenso-me a escrever sobre as taquicardias resultantes do erro cometido pelo Florentino e vou direitinho às sensações.

E é aqui que a minha escrita se poderá confundir com algum esoterismo.

Reparem bem… o Benfica dominou o jogo todo! E, quando digo, todo, é, mesmo, todo… os 90 minutos, mais os minutos de compensação adicional mínima. Não foi só até ao minuto 64. O Rio Ave, efetivamente, não fez rigorosamente nada para marcar dois golos! Sejamos sérios. O primeiro resulta de um livre em que a bola acabaria na barreira, ou nas mãos do Trubin (que, por sinal, não fez uma única defesa ao longo de todo o encontro), não tivesse sido aquele resvalar “manhoso”; e o segundo só surge porque o Florentino oferece a bola ao Clayton, mesmo em frente à baliza. Não fizeram mais nadinha!!! 1,30 contra 4,80 em golos esperados; 40% vs. 60% em posse de bola; 7 para 20 em remates à baliza (sendo que os únicos 2 enquadrados, do Rio Ave, resultaram em golo); e 3 cantos face a 11.

É, isto, esoterismo na lógica do sobrenatural ou do enigmático? Não… são factos! E são esses factos que me desencadeiam as sensações sobre as quais falarei a seguir.

Uma sensação de confiança por aquilo que vi, desde a capacidade coletiva, à capacidade de pressão, terminando na condição física – que é notável, para esta fase da época e com a sobrecarga de jogos a que o Benfica tem sido sujeito. Pelo meio, mais uma sensação francamente positiva resultante do crescendo de forma de alguns jogadores que têm estado algo apagados, com especial destaque para o Aursnes, para o Kökçü (que golaço) e para o Aktürkoğlu; para a continuada veia goleadora do Pavlidis; para o espantoso nível de forma do Otamendi; para o regresso, sem recaídas, do Renato Sanches; e uma última sensação de serenidade para a capacidade com que a equipa técnica tem gerido as consecutivas lesões, não só, mas também, com a rotação muito bem sucedida com a entrada de jogadores como o Bruma, o Belotti, o Dahl, o Leandro, o Barreiro e o Renato Sanches, que, como ainda se viu neste último desafio, foi decisiva, com especial destaque para um jogador que já aqui falei, o Aktürkoğlu (por sinal, o Benfica também devia controlar as bolas que vão caprichosamente ao poste, com efeito para resvalarem para dentro, mas que não entram… love is in the air...).

Posto isto, de entre romântico, ou esotérico, prefiro ser realista. Bem sei que racionalidade e futebol não são termos habitualmente aplicáveis na mesma frase, mas como eu tenho mau feitio e sou do contra, permitam-me assumir que temos melhores condições, em termos de profundidade, construção e gestão do plantel, do que os nossos adversários diretos. Dispenso é erros não forçados (bem sei que isto não é Ténis, mas vem a propósito) e paragens cerebrais que em nada contribuem para que a realidade e a racionalidade que eu invoco, nos possa garantir a conquista do título nacional e da Taça de Portugal, conforme é nossa férrea ambição.

Por falar em gíria futebolística, resta-nos fazer o que nos compete e vencermos todos os nossos jogos até final do campeonato, até porque não é de todo enigmático (ou esotérico) concluir que, para que tal suceda, o Sporting não irá vencer todos os seus jogos até final do campeonato. Não é preciso fazer um desenho, pois não?! (se isto fosse uma mensagem de telemóvel, agora surgiria um emoji a piscar o olho)

I got a feeling

That this year’s gonna be a good year

That this year’s gonna be a good year

That this year’s gonna be a good, good year


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Nuno Campilho
Nuno Campilho

16 Abr 2025 | 06:00

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Nobre Vagabundo

Eu não embarco na teoria da premeditação, mas lá que esta decisão comporta todos os ingredientes para tal, lá isso comporta

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Tozé Santos e Sá
Tozé Santos e Sá

Apontamento - Vermelho e Branco - Comunicados por falta de tempo

RC não dá a cara para defender o Benfica, como não da quando lances são analisados com camaras fora do estádio etc, etc, etc, não tem tempo…

18 Abr 2025 | 06:00

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Nuno Campilho
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Nobre Vagabundo

Eu não embarco na teoria da premeditação, mas lá que esta decisão comporta todos os ingredientes para tal, lá isso comporta

16 Abr 2025 | 06:00

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João Diogo Manteigas
João Diogo Manteigas

Corte a ... Direito: Saber Comunicar (no Desporto)

A comunicação do Sport Lisboa e Benfica é um dos principais alvos a mudar urgentemente. Não há estratégia que aguente com comunicados tardios

15 Abr 2025 | 06:00

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