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Pedro Brinca, professor de Economia e conhecido adepto do Benfica, chamou à atenção para um conjunto de números que indicam uma diminuição das receitas das emissões dos duelos de certos clubes portugueses. Entre isso, o comentador deu alguns modelos de solução, exemplificando com o caso do Benfica.

“Uma alternativa é reconhecer a real dimensão do país e reformular os quadros competitivos. Como já se faz noutras geografias. Tive acesso recentemente a alguns dados de audiências televisivas de um conjunto de jogos da época passada", começou por dizer.

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"A negociação centralizada, com a chave de distribuição anunciada, tem sido vista como uma solução. Mas que não serve esse propósito porque (1) precisa de retirar receita a SLB, FCP, SCP e SCB, que em alguns destes casos passariam a receber menos de 50% do que recebem atualmente, se as receitas totais não aumentarem com a negociação centralizada; (2) distribui toda essa receita por 14 clubes, quando, desses, apenas um ou dois vão às competições europeias", sublinhou.

"A negociação centralizada não serve esse propósito porque precisa de retirar receita a SLB, FCP, SCP e SCB"

“O Benfica-Sporting para o campeonato teve uma audiência média que foi 18 vezes superior à do Rio Ave- Vizela. O jogo do Sporting em Faro ou o do Benfica no Estoril tiveram sete vezes mais audiências que o Arouca-Chaves. O FC Porto-Portimonense teve cinco vezes mais audiências do que o Rio Ave-Moreirense”, atirou Pedro Brinca.

"O jogo do Sporting em Faro ou o do Benfica no Estoril tiveram sete vezes mais audiências que o Arouca-Chaves"

“Podemos discutir outras soluções, como diferentes fases para apuramento do campeão e de descida de divisão como já se faz em divisões inferiores, play-offs, etc. Mas precisamos de ter uma discussão sobre quadros competitivos que valorizem os direitos televisivos e não se foquem em transmitir uma dúzia de jogos com o mínimo de interesse”, sugeriu ainda Pedro Brinca.

“Eu pergunto-me se, por exemplo, o valor comercial dos 25 mil telespectadores que assistiram ao Rio Ave-Vizela cobriram sequer os custos de produção desse jogo em particular”, terminou o professor de Economia e conhecido adepto do Benfica.

Luís Mateus acredita que o Benfica deve esquecer a goleada frente ao Atlético Madrid. Na ‘Bola TV’, o comentador lembrou que a equipa de Bruno Lage frente aos holandeses do Feyenoord, irá ser um jogo diferente daquele que foi diante do conjunto espanhol.

Não há jogos iguais

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"Não há jogos iguais, se fosse essa a logica...era provável que o Benfica fosse candidato a ganhar a liga dos campeões. Obviamente que é uma vitória muito importante para o processo e se calhar por ai o Lage está a convencer mais os jogadores pelos resultados e pela exibições do que propriamente pelo discurso, porque se calhar depois de goleares o Atlético Madrid na luz no regresso das grandes noites europeias ao Estádio da Luz, não precisarás de dizer muito aos jogadores, porque eles ficam convencidos pela exibição que fizeram e pelo resultado final...e podiam ter sido mais", começou por dizer.

"É verdade que o Atlético teve as suas oportunidades mas a verdade é que o domínio foi evidente. A partir de uma certa altura, o Atlético estava perdido no jogo e naturalmente o Benfica foi construindo o resultado que foi surpreendente para toda a gente. Nós até, não esperávamos uma resposta tão positiva do Benfica e uma resposta tão negativa e se calhar caótica por parte deste Atlético Madrid, costumam ser uma equipa coesa e sólida", destacou.

O Benfica não pode assentar ai, tem que esquecer rapidamente esse jogo

"Por isso o que eu digo é, foi uma vitória muito importante, ajudou Bruno Lage no seu discurso de convencer os jogadores, mas acho que o Benfica não pode assentar ai, tem que esquecer rapidamente esse jogo. Até porque as equipas vão ser diferentes na forma como vão encarar o jogo, mesmo em termos de posicionamento bloco, da forma como vão tentar chegar a baliza contrária, são equipas que não são parecidas, embora possas dizer o Atlético Madrid é uma equipa extremamente pragmática e o Feyenoord vai tentar ser pragmático, mas os caminhos para chegar à baliza são completamente diferentes atenção", finalizou Luís Mateus.

Após o triunfo na Taça de Portugal, frente ao Pevidém, recorde-se, o Benfica volta a entrar em campo na próxima quarta-feira, 23 de outubro, às 20h00, no Estádio da Luz, na receção ao Feyenoord. O jogo diz respeito à terceira jornada da fase liga da Liga dos Campeões.

Confira aqui as declarações de Luís Mateus:

Vítor Pinto trouxe o processo de escolha de Bruno Lage por parte da direção do Benfica para a discussão e revelou que, após a saída de Roger Schmidt, diversos treinadores portugueses foram contactados pelas águias e não apenas Mark Van Bommel.

“Soube-se de Mark Van Bommel hoje, mas houve outros treinadores portugueses que foram abordados. O Benfica tinha pessoas que telefonavam a treinadores, tinha pessoas próximas de Rui Costa que ligavam a treinadores, que perguntavam quais seriam as ideias dos treinadores que viessem para o Benfica, quem é que quereriam trazer”, começou por dizer Vítor Pinto.

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“Isto foi um processo, que durante vários dias a seguir ao Moreirense, se arrastou apesar da forte máquina que deu uma grande promoção da candidatura de Bruno Lage ao cargo, Bruno Lage sempre demonstrou que estava disponível”, afirmou o subdiretor do jornal Record, referindo-se ao período de sucessão de Schmidt.

 “A verdade é que foram vários os treinadores abordados e já nem estamos a falar do célebre encontro fortuito entre Rui Costa e Sérgio Conceição, que até se abraçaram à porta de um hotel de Lisboa, à frente de várias figuras ‘gradas’ do Benfica. Foi mesmo uma situação fortuita”, mencionou Vítor Pinto.

"A verdade é que foram vários os treinadores abordados"

“No meio disto tudo, acho que a escolha foi a melhor, porque a seguir a Roger Schmidt ter um treinador que contrasta por estar muito identificado com o clube está a permitir que seja ultrapassada aquela questão da fase final do período do alemão na Luz e os resultados têm sido positivos, também porque Bruno Lage está muito melhor identificado com a realidade”, prosseguiu o comentador.

“Aliás Mark Van Bommel, pelas declarações, não estava nada predisposto a pegar no Benfica numa altura difícil, sem poder treinar, sem poder mexer no plantel, sem tempo para conhecer o grupo e Bruno Lage assumiu esse risco e, por isso, tem que ser louvada a sua atitude”, terminou Vítor Pinto.

"Bruno Lage está muito melhor identificado com a realidade"