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A Liga Portuguesa é competitiva o suficiente para os três grandes se prepararem para a Europa?

É preciso recuar à temporada 2000/2001 para encontrar o último campeão fora do núcleo da elite composto por Benfica, Porto e Sporting

A Primeira Liga portuguesa é dominada pelos três grandes. É preciso recuar a  2000/2001 para encontrar o último campeão fora do núcleo da elite.
A Primeira Liga portuguesa é dominada pelos três grandes. É preciso recuar a 2000/2001 para encontrar o último campeão fora do núcleo da elite.

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A Primeira Liga portuguesa é, há já largas décadas, dominada pelos três grandes. É preciso recuar à longínqua época de 2000/2001 para encontrar o último campeão português fora do núcleo da elite composto por Benfica, Porto e Sporting: o Boavista. E antes dos axadrezados, temos de recuar mais 50 anos para encontrar outro feito semelhante: foi em 1945/1946, pela mão do Belenenses.

Para termos uma melhor noção da total hegemonia dos três grandes, em 90 anos dos diferentes formatos de primeira liga, 88 foram ganhos por Benfica, Porto e Sporting. Isto também afeta as odds nas apostas desportivas: um domínio tão absoluto aumenta automaticamente as odds de vitória para qualquer equipa fora deste top três. E não apenas no nosso país — por exemplo, mesmo em casas de apostas brasileiras, apostar um pequeno valor numa plataforma de 3 reais bet pode oferecer odds elevadas e um retorno interessante caso ocorra um desfecho improvável.

No entanto, esse mesmo domínio interno por parte de três equipas só se traduziu em quatro títulos da Liga dos Campeões/Taça dos Campeões Europeus e dois troféus da Taça UEFA/Liga Europa.

Nesse sentido, têm surgido diversas vozes a afirmar que a Primeira Liga portuguesa não é suficientemente boa e que a falta de qualidade dos adversários nacionais não permite aos três grandes serem fortes e competitivos no palco das principais provas europeias. Mas, será verdade? Como compara a rivalidade entre os clubes portugueses com a rivalidade nas principais ligas europeias? E de que forma isso se reflete no desempenho europeu dos seus clubes?

Uma comparação entre ligas

A La Liga teve 5 vencedores nos últimos 30 anos. Apesar de um domínio claro de Real Madrid e Barcelona, sobretudo, mas também do Atlético Madrid, não raras vezes surgem equipas fortíssimas no panorama espanhol, que acabam a escassos pontos dos três grandes no campeonato e fazem extraordinárias campanhas nas competições europeias. Em muitos casos, acabam na final ou conquistam mesmo algumas delas, como aconteceu, nos últimos anos, com Sevilha, Valência, Villarreal ou Athletic Bilbao. Estas equipas aumentaram a competitividade do campeonato espanhol e prepararam as equipas mais fortes para os duelos mais intensos. Por isso, ao espreitar as odds num site de apostas brasileiro ou português, dá para ver como sobem para o Benfica quando enfrenta gigantes como o Barcelona.

Em Inglaterra, no mesmo período de 30 anos, houve 7(!) campeões nacionais. A Premier League goza de um conjunto muito alargado de equipas de topo, que conta com Manchester United, Manchester City, Liverpool, Chelsea, Arsenal, todas elas vencedoras de provas europeias nos últimos anos, e uma série de equipas de segunda linha bastante forte e que se intromete frequentemente no top-6 e na discussão por títulos europeus, como é o caso do Tottenham, do Aston Villa ou do West Ham.

Em Itália, o cenário não muda muito de figura: são 6 campeões em 30 anos e uma série de várias equipas que lutam regularmente pelo título italiano e pelos principais títulos domésticos e europeus: Inter de Milão, Juventus, AC Milan, Nápoles, Lazio, Atalanta, AS Roma ou Fiorentina. A forte concorrência entre tantas equipas obriga os grandes clubes a dar o máximo de si a cada temporada, um fator concorrencial que resultou em 20 títulos europeus nas últimas três décadas para os clubes transalpinos.

Portugal: um cenário

Antes de mais, para uma análise séria e justa, é necessário destacar a disparidade de recursos financeiros e desportivos entre os grandes portugueses e os grandes europeus. Além disso, também merece nota o facto de Portugal ser um mercado futebolístico essencialmente exportador, sem capacidade para reter os seus melhores talentos, que são vendidos justamente aos “tubarões” europeus.

No entanto, feitas estas ressalvas, é claramente evidente que a competitividade do futebol português não prepara as suas principais equipas – Benfica, Porto e Sporting – para o sucesso nas provas europeias. A diferença competitiva, no que diz respeito ao fio de jogo, à intensidade, à dificuldade dos desafios, ao facto de passarem uma larga percentagem de jogo no meio-campo adversário e de não terem muitas situações para aperfeiçoar a componente defensiva são fatores decisivos nesta falta de competitividade europeia.

É um facto que a Primeira Liga portuguesa não prepara de forma adequada as suas equipas para a complexidade tática, física e mental das competições europeias. O ritmo de jogo alucinante, a pressão adversária sufocante e o nível de intensidade elevadíssimo, que são a marca de água da Champions League, raramente encontram expressão na Primeira Liga nacional. A única exceção é o projeto do Braga, que nos últimos anos conseguiu criar estrutura e expressão suficientes para desafiar a hegemonia dos três grandes.

Num exemplo prático, para o SL Benfica, é sempre um salto tático, técnico, físico e até mental demasiado grande jogar ao sábado com uma equipa de meio/fim da tabela na Luz, em bloco ultrabaixo e compacto, e na quarta-feira contra a pressão alta asfixiante de um Liverpool em Anfield Road. Esta falta de rivalidade, de mais equipas fortes no panorama nacional, prejudica, e de que maneira, as hipóteses de os clubes portugueses conquistarem ou até mesmo de chegarem longe na Liga dos Campeões, Liga Europa ou na Liga Conferência.


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