ADEPTOS DO BENFICA NÃO PERDOAM DESAIRE EM CHAVES E CONTESTAM PLANTEL DE ROGER SCHMIDT (COM VÍDEO)

O Benfica voltou a vencer com Bruno Lage no leme e Niklas Beste, que voltou aos relvados depois de ter estado afastado devido a lesão, parece ter agora uma 'nova vida' com o treinador luso. É que o defesa esquerdino foi a jogo com o Estrela Vermelha alinhando a... extremo. 

O ala alemão voltou a fazer parte do leque de opções para o técnico, tendo entrado na partida de Belgrado aos 88 minutos para o lugar de Ángel Di María, sendo que a posição ocupada no relvado foi o que mais chamou a atenção. Ao invés de fazer de defesa-esquerdo, posição para a qual chegou ao Glorioso, o atleta de 25 anos acabou por fazer de extremo, ajudando Carreras a defender.

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Recorde-se que no final da partida frente aos sérvios, Bruno Lage comentou a entrada do ala alemão: “Ajudou a fechar a equipa. Não há jogadores de Roger Schmidt ou de Bruno Lage. Os jogadores são do Benfica. Tenho de os conhecer e perceber o que me podem oferecer em termos individuais e que contributo podem dar à equipa. A partir daqui, vão tendo minutos”.

“Beste teve uma entrada muito boa no Clube, lesionou-se e hoje [quinta-feira] teve oportunidade de fazer mais uns minutos na Liga dos Campeões. Temos de entender que alguns jogadores, quando chegam a um novo clube, as coisas não acontecem de um dia para o outro”, acrescentou o técnico do Glorioso.

Até ao momento, Jan-Niklas Beste – avaliado em 15 milhões de euros – conta apenas com três encontros realizados pelo Benfica: Famalicão (61 minutos), Casa Pia (20 minutos) e Estrela Vermelha (dois minutos). O alemão chegou às águias neste mercado de transferências, oriundo do Heidenheim, emblema da Bundesliga. Os encarnados pagaram qualquer coisa como 8 milhões de euros pelo ala alemão. 

Na temporada passada, Jan-Niklas Beste - atualmente avaliado em 15 milhões de euros - alinhou em 32 partidas: 31 na Bundesliga e uma na Taça da Alemanha, totalizando 2.686 minutos. O ala teve ainda 21 contribuições para golo: oito tentos e 13 assistências.

Eduardo Dâmaso, diretor geral editorial adjunto do CM/CMTV, num artigo de opinião publicado no jornal Record, comentou a recente entrevista que Luís Filipe Vieira deu e afirmou que o antigo Presidente do Benfica quer voltar aos 'bastidores dos negócios e da influência'.

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"Desprezível exercício de vingança"

"O que Vieira fez foi apenas um desprezível exercício de vingança, aproveitando um momento de fraqueza, não apenas de Rui Costa, mas do próprio clube", começou por dizer.

"Vieira mostrou apenas a dimensão instrumental do clube na sua vida, numa altura em que julga ter conquistado a impunidade perante a justiça, e tenciona regressar ao palco e aos bastidores dos negócio e da influência. Foi pura ‘vendetta’ contra alguém que sempre viu como uma figura menor nos jogos de poder internos e que lhe servia exclusivamente por tratar-se de uma das maiores glórias do clube", prosseguiu Dâmaso.

O Diretor foi mais longe e chegou mesmo até a comparar a liderança de Vieira no Benfica com a do Pinto da Costa no Porto: "Nesse tempo, o Benfica era também uma espécie de escritório, de imobiliária, de cartão de visita e porta giratória dos seus esquemas clientelares. Era o grande trunfo que creditava a sua relação com os mundos da política, da banca e da própria justiça, levando aos camarotes da Luz e às viagens da Champions figuras de proa da magistratura judicial, do Ministério Público e das polícias. Um esquema que mimetizou os suportes de poder de Pinto da Costa durante os mais de 40 anos em que mandou no Porto."

Dâmaso finalizou, deixando um aviso a Rui Costa que tem de mudar as suas práticas ou irá ficar preso no passado: "Ver a afirmação de uma presidência como a de Frederico Varandas ou André Villas-Boas a eleger a transparência como um pilar da sua liderança, seria impensável há uns anos. Hoje, estabelecem um novo padrão. E o Benfica ou agarra esse futuro, muito mais apertado pelas regras da nova Champions, pelo fair play financeiro e pelas exigências de uma gestão aberta e transparente, ou fica mesmo lá atrás, como o passado de Vieira, um ex-dirigente sem futuro."

O empate no reduto do Moreirense fez valer ao Benfica cinco pontos, mas já não bastando isso, o ‘deslize’ enfureceu ainda mais os adeptos com apoiantes conhecidos do Clube da Luz a pronunciaram-se publicamente. O cantor José Cid, o empresário Bruno Costa Carvalho e o humorista António Raminhos foram alguns dos que comentaram a prestação das águias.

 “O Benfica está cheio de bons jogadores, que em campo não precisam de treinador. Ainda por cima, este ‘cara de pau’ não os consegue colocar a jogar como equipa e a 1ª parte foi elucidativa em relação a isto. O Benfica tem de jogar sempre com dois avançados”, disse o cantor José Cid.

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Já António Raminhos tentou ver o ‘copo meio cheio’ e foi mais brando nos comentários relativamente ao empate: "Quando alguém se queixa da nossa incompetência, ficamos incomodados porque sabemos que fizemos o nosso melhor. Acredito que todos no Benfica estão a dar o seu melhor, mas quando o seu melhor se reflete no que vemos, algo tem de mudar”, afirmou o humorista.

 Bruno Costa Carvalho também reagiu à partida e afirmou que "Foi mais um jogo muito insuficiente, apenas 15 minutos bons não chega, esta é um Benfica curto para ser campeão. Uma palavra para os adeptos que encheram o estádio do Moreirense. O Benfica jogou praticamente em casa, nunca lhe faltou apoio.”

  O jogo desta sexta-feira somou vários episódios infelizes para as águias, os momentos de contestação dos adeptos foram uma constante e Moreira de Cónegos foi ‘coberta’ por assobios que demonstraram claramente o descontentamento das bancadas. Logo ao intervalo e no final do encontro, os adeptos encarnados contestaram Rui Costa e Roger Schmidt, pela exibição da turma que parece não ter agradado. O Benfica volta a entrar em campo no domingo, dia 15 de setembro, para enfrentar o Santa Clara, no Estádio da Luz. O duelo acontece após a pausa das competições nacionais para os compromissos das seleções.