Com Gonçalo Moreira à solta, Benfica 'despacha' Feyenoord na Youth League

Se o jogo do Benfica desta quarta-feira frente ao Feyenoord é de bons reencontros para Kokçu e Aursnes, para Antoliy Trubin a história é outra. O guarda-redes das águias vai voltar a enfrentar o emblema que, em março de 2023, fez tremer a sua baliza…sete vezes! Foi a maior goleada sofrida pelo guardião.

 Trubin protegia ainda a baliza do Shakhtar Donetsk quando, em Roterdão, o Feyenoord ‘atacou’ o guardião com sete remates certeiros, no duelo a contar para a segunda mão dos oitavos-de-final da Liga Europa. Nesse encontro, o na altura emblema de Trubin só conseguiu somar um golo.

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Ironicamente, foi Kokçu, agora colega de balneário, um dos principais responsáveis pela maior goleada sofrida do guarda-redes. O turco assinou dois dos golos que levaram o ucraniano a lamentar o desfecho da eliminatória. "Um dia difícil e triste para todos nós. Essas derrotas fazem-nos mais fortes", escreveu, nessa altura.

Só por uma vez Trubin tinha perdido por uma diferença tão grande, há um ano na goleada frente ao Borussia M'gladbach, por seis bolas a zero. Desde ai, Trubin, que se mudou para o Benfica e conseguiu a titularidade na seleção ucraniana, só sofreu, esta temporada, apenas dois golos em cinco jogos disputados na Luz.

Durante esta temporada, Anatoliy Trubin – avaliado em 25 milhões de euros – participou em 13 duelos: dois na Liga dos Campeões, sete na Liga Portuguesa e quatro na Liga das Nações. Em 1170 minutos, o guardião sofreu 12 golos. Em 23/24, realizou 48 encontros: 28 na Liga Portugal Betclic, seis na Liga dos Campeões, seis na Liga Europa, cinco na Taça de Portugal e três na Taça da Liga. Ao todo, nos 4.350 minutos que disputou, o guardião sofreu 47 golos.

Trubin chegou ao Benfica no verão de 2023, oriundo do Shakhtar Donetsk, a troco de 10 milhões de euros, mais 1 em objetivos. O emblema ucraniano reservou, ainda, direito a 40% de uma futuro mais-valia. O atleta de 22 anos tem contrato até junho de 2028 e uma cláusula de rescisão de 100 milhões de euros.

Bernardo Ribeiro elogia a postura de Bruno Lage até ao momento. Durante o programa 'Record na Hora', do NOW, o diretor do jornal Record considera que o treinador português, desde o seu regresso ao Benfica, sempre foi correto nas respondas que deu à imprensa.

É preciso tirar o chapéu até este momento a Bruno Lage

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"Faz sentido porque o Bruno tem uma resposta que nos faz fazer comparações com o passado recente, mas no entanto eu acho que é preciso tirar o chapéu até este momento a Bruno Lage, porque acho que ele tem sido de uma lisura e de uma educação para com Roger Schmidt e até para outros elementos do antigo Benfica que o atacaram, eu acho que ele tem falado tudo com uma elevação muito grande, é verdade que é mais fácil ter este comportamento quando se está a ganhar e Bruno Lage neste momento está a ganhar", referiu.

"Muitas vezes vemos a outra face dos treinadores quando estão num mau momento, quando estão a perder. Roger Schmidt quando chegou e quando despachava toda gente com três, quatro e cinco também era um 'gentleman' e depois houve ali uma mudança clara de atitude, mas na verdade só podemos falar pelo o que aconteceu até agora e eu acho que está de parabéns, Bruno Lage, pela capacidade que tem tido de responder as questões sem procurar com elas reabrir fraturas do passado", terminou Bernardo Ribeiro.

Depois do triunfo na Taça de Portugal, frente ao Pevidém, recorde-se, o Benfica volta a entrar em campo na próxima quarta-feira, 23 de outubro, às 20h00, no Estádio da Luz, na receção ao Feyenoord. O jogo diz respeito à terceira jornada da fase liga da Liga dos Campeões.

Confira aqui as declarações de Bernardo Ribeiro:

Pedro Brinca, professor de Economia e conhecido adepto do Benfica, chamou à atenção para um conjunto de números que indicam uma diminuição das receitas das emissões dos duelos de certos clubes portugueses. Entre isso, o comentador deu alguns modelos de solução, exemplificando com o caso do Benfica.

“Uma alternativa é reconhecer a real dimensão do país e reformular os quadros competitivos. Como já se faz noutras geografias. Tive acesso recentemente a alguns dados de audiências televisivas de um conjunto de jogos da época passada", começou por dizer.

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"A negociação centralizada, com a chave de distribuição anunciada, tem sido vista como uma solução. Mas que não serve esse propósito porque (1) precisa de retirar receita a SLB, FCP, SCP e SCB, que em alguns destes casos passariam a receber menos de 50% do que recebem atualmente, se as receitas totais não aumentarem com a negociação centralizada; (2) distribui toda essa receita por 14 clubes, quando, desses, apenas um ou dois vão às competições europeias", sublinhou.

"A negociação centralizada não serve esse propósito porque precisa de retirar receita a SLB, FCP, SCP e SCB"

“O Benfica-Sporting para o campeonato teve uma audiência média que foi 18 vezes superior à do Rio Ave- Vizela. O jogo do Sporting em Faro ou o do Benfica no Estoril tiveram sete vezes mais audiências que o Arouca-Chaves. O FC Porto-Portimonense teve cinco vezes mais audiências do que o Rio Ave-Moreirense”, atirou Pedro Brinca.

"O jogo do Sporting em Faro ou o do Benfica no Estoril tiveram sete vezes mais audiências que o Arouca-Chaves"

“Podemos discutir outras soluções, como diferentes fases para apuramento do campeão e de descida de divisão como já se faz em divisões inferiores, play-offs, etc. Mas precisamos de ter uma discussão sobre quadros competitivos que valorizem os direitos televisivos e não se foquem em transmitir uma dúzia de jogos com o mínimo de interesse”, sugeriu ainda Pedro Brinca.

“Eu pergunto-me se, por exemplo, o valor comercial dos 25 mil telespectadores que assistiram ao Rio Ave-Vizela cobriram sequer os custos de produção desse jogo em particular”, terminou o professor de Economia e conhecido adepto do Benfica.