Iturralde Gonzalez diz não ter dúvidas sobre lance entre Rafa e Coates no Benfica - Sporting (com vídeo)

O conhecido antigo árbitro espanhol, Iturralde González, de 57 anos, não tem quaisquer dúvidas em relação ao lance entre Rafa e Sebastian Coates, acreditando que ficou uma grande penalidade por assinalar ao Benfica, no Dérbi Eterno da passada terça-feira, dia 2 de abril.

"Esta jogada é um penálti de árbitro. Não é nunca um penálti em que o VAR possa intervir, porque não é um erro claro, óbvio e manifesto. Se repararem, o defesa coloca a perna à frente para que o avançado não possa continuar, e ele acaba por ser rasteirado", começou por afirmar em declarações ao jornal Record, esta quarta-feira.

"O defesa em nenhum momento joga a bola ou quer jogar a bola. Coloca a perna à frente e não o deixa prosseguir. É uma jogada muito complicada de ver no campo. Mas se o árbitro apitar penálti não há nada a dizer, porque ele coloca a perna para não o deixar continuar, para impedir que o avançado progrida", continua Iturralde González.

"Para mim é penálti. Mas é um penálti que tem de ser apitado pelo árbitro. Não é um jogada em que o VAR tenha de intervir para ajudar o árbitro porque, como disse, não é um erro claro, óbvio e manifesto. É um lance de futebol, em que o defesa coloca a perna à frente para que o avançado não possa continuar. É um penálti de árbitro. É o árbitro que tem de o ver. Se o árbitro o vê, apita. Se não vê, para mim, o VAR não pode intervir. Mas penálti, sim, é", acrescentou o especialista.

O especialista compara lance com o de João Neves e Pedro Gonçalves na primeira mão da eliminatória: "São duas jogadas completamente diferentes. Nessa jogada não é penálti porque é o avançado do Sporting que desvia a perna para a direita, é ele que procura o contacto. Ou seja, é uma ação em que ele está à frente e, como se apercebe da aproximação do adversário, movimenta a perna para a direita, para procurar o contacto. E, quando o contacto ocorre, deixa-se cair. É essa a diferença. No lance mais recente, que estamos a analisar agora, o defesa coloca a perna à frente para fazer cair o avançado. A diferença começa logo por aqui. O defesa coloca a perna à frente da trajetória do avançado para o fazer cair, para o fazer tropeçar, para o rasteirar. Em contrapartida, na jogada da 1.ª mão, é o avançado quem mexe a perna para procurar o contacto".