João Noronha Lopes recebe apoio de lenda do Benfica: "Ele é o presidente"

Luís Filipe Vieira exige que Rui Costa esclareça se o atual Presidente da Mesa da Assembleia Geral (MAG), José Pereira da Costa, vai integrar as listas à liderança do Benfica. Em comunicado, o antigo Presidente dos encarnados - que já comentou a chegada de Mourinho - pede também respostas sobre os despedimentos de Jorge Jesus, Bruno Lage e Roger Schmidt.

Luís Filipe Vieira quer respostas de Rui Costa sobre eleições do Benfica: "É ou não verdade?"

“É ou não verdade que José Pereira da Costa, atual presidente da MAG e árbitro do processo eleitoral, vai integrar a lista do candidato Rui Costa para a Direção, na qualidade de vice-presidente?”, começa por ler-se no comunicado da candidatura de Luís Filipe Vieira, divulgado no passado domingo.

“É verdade ou não que a atual Direção tomou decisões sobre a organização do processo eleitoral que tantas críticas tem suscitado? E vai ou não aceitar as propostas de alteração ao Regulamento Eleitoral que foram apresentadas por outras candidaturas? Quer ficar para a história do nosso Clube como o Presidente da Direção que tudo fez para que os Benfiquistas fora de Lisboa fossem impedidos de votar?”, acrescenta Luís Filipe Vieira, apontando dedo a Rui Costa.

“Uma vez que hoje assumiu oficialmente que os despedimentos dos treinadores no atual Benfica são feitos por "exclusiva responsabilidade do Presidente", informe os Benfiquistas de qual é o valor total da Conta Corrente, rubrica "despedimentos e indemnizações de treinadores" (Jesus, Schmidt e Lage)?”, finaliza Luís Filipe Vieira, pedindo respostas a Rui Costa.

Confira, na íntegra, o comunicado da candidatura de Luís Filipe Vieira:

PEDIDO DE ESCLARECIMENTO

Pelas mais elementares boas práticas e em nome da transparência, solicitamos que o Candidato/Presidente Rui Costa esclareça os Benfiquistas sobre as seguintes questões:

1. É ou não verdade que José Pereira da Costa, atual presidente da MAG e árbitro do processo eleitoral, vai integrar a lista do candidato Rui Costa para a Direção, na qualidade de vice-presidente?

2. É verdade ou não que a atual Direção tomou decisões sobre a organização do processo eleitoral que tantas críticas tem suscitado? E vai ou não aceitar as propostas de alteração ao Regulamento Eleitoral que foram apresentadas por outras candidaturas?

3. Quer ficar para a história do nosso Clube como o Presidente da Direção que tudo fez para que os Benfiquistas fora de Lisboa fossem impedidos de votar?

4. Uma vez que hoje assumiu oficialmente que os despedimentos dos treinadores no atual Benfica são feitos por "exclusiva responsabilidade do Presidente", informe os Benfiquistas de qual é o valor total da Conta Corrente, rubrica "despedimentos e indemnizações de treinadores" (Jesus, Schmidt e Lage)?

Um comentário final. São evidentes os sinais de que, neste processo eleitoral, o "saltador quer medir o seu salto".

A Bem do Benfica.

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Luís Filipe Vieira

Bruno Lage e o Benfica estão longe de chegar a um acordo relativo à saída do técnico do Clube da Luz. Segundo as últimas informações, o antigo treinador das águias abdica, tal como o próprio afirmou, do montante que teria a receber até final do contrato, mas tem outras exigências das quais não abdica. 

Bruno Lage pretende receber, à cabeça, o salário do mês de setembro, e exige que os elementos da sua equipa técnica tenham direito ao pagamento da totalidade do montante em cima da mesa até final do contrato. O técnico recusa, ainda, qualquer cláusula de confidencialidade seja incluída no acordo. 

“Os advogados responsáveis pelo processo têm vindo a trocar documentação, mas não há sinais que se possa chegar a um entendimento em breve”, revela o jornal Record, na edição desta segunda-feira, 22 de setembro, dando conta de um impasse nas negociações entre Bruno Lage e o Benfica.

Recorde-se que, após algumas declarações de Luís Miguel Henrique, advogado de Bruno Lage noutros processos, em que o mesmo apontava o dedo ao Benfica, o Clube da Luz, em comunicado, veio esclarecer que a decisão da demissão do técnico português foi da inteira responsabilidade de Rui Costa.

Nas suas passagens pelo Benfica, Bruno Lage realizou 142 encontros, tendo vencido 96, empatado 22 e perdido outras 24. Ao serviço do Clube da Luz, o técnico, de 49 anos, venceu quatro troféus pelos encarnados: um Campeonato Nacional, duas Supertaças Cândido de Oliveira e uma Taça da Liga.

O Benfica obteve um resultado líquido de quase 30 milhões de euros (29,561M) no exercício de 2024/25, o que representa uma variação de 240% face ao período homólogo anterior, em que se verificou um resultado negativo de cerca de 21,122 milhões de euros.

Rui Costa: "Reduzimos o passivo, diminuímos os gastos operacionais e recuperámos os fundos patrimoniais para valores positivos"

Rui Costa - que criticou os restantes candidatos à Presidência - enalteceu os números alcançados e, no plano financeiro, o Presidente dos encarnados destacou vários pontos: "Reduzimos o passivo, diminuímos os gastos operacionais e recuperámos os fundos patrimoniais para valores positivos. Três eixos que se revelam determinantes para a solidez económica da política que tem sido seguida", pode ler-se no Relatório & Contas.

Rui Costa: "Destaque para o tetracampeonato em basquetebol e o regresso do futsal masculino ao título"

Relativamente às modalidades, Rui Costa parabeniza os vencedores: "Destaque para o tetracampeonato em basquetebol e o regresso do futsal masculino ao título. No feminino, voltámos a fazer história no voleibol 50 anos depois, a par da revalidação dos títulos em andebol, basquetebol e hóquei em patins. Foi igualmente uma época de participação recorde de atletas do Benfica nos Jogos Olímpicos e de muitas conquistas internacionais."

O resultado líquido obtido na atividade isolada do clube da Luz foi de 7,651 milhões de euros, o que representa um crescimento de 590,6% justificado pelo aumento dos royalties de utilização da marca Benfica e das receitas de quotização, a par da diminuição das rubricas de fornecimentos e serviços externos, bem como dos gastos com o pessoal.

É assim um regresso aos resultados positivos após o interregno do ano anterior, que foi o único exercício negativo nos últimos 15. Segundo descrito pelos encarnados, a evolução reflete o crescimento sustentado da estrutura de receitas e um controlo de custos por parte de todo o Clube.