MAG do Benfica recusa voto por correspondência e faz pedido expresso

Na noite desta terça-feira, 9 de setembro, o Benfica emitiu um novo relatório de contas, em relação ao exercício efetuado na temporada de 2024/26. Segundo o que conta no dito documento, os encarnados tiveram um lucro na ordem dos 35 milhões de euros, mais especificamente 34,4 milhões de euros.

Depois de ter apresentado um prejuízo de mais de 30 milhões de euros no exercício anterior, os encarnados revelam que perante as contas feitas em relação à temporada de 2024/25, e em comparação com o documento anterior, verificou-se um aumento fora de série, que ronda os 209,8 pontos percentuais.

No mesmo relatório, do qual os encarnados tornaram público, existem vários fatores que influenciam este exercício bastante positivo, em comparação com que tinha sido registado anteriormente pela SAD encarnada, liderada por Rui Costa.

As transações de atletas, aumento dos rendimentos operacionais, o desempenho na Liga dos Campeões e a participação no Mundial de Clubes ajudam a explicar este aumento de 65,8 milhões de euros entre os dois exercícios.

No entanto, o mesmo relatório, que pode ser consultado no sitte dos encarnados, também revela que o capital do clube subitu, tal como a dívida e o pssivo das águias voltou a descar. Acabam por ser notícias positivas para os Sócios, numa altura em que o Benfica se aproxima das eleições, onde Luís Filipe Vieira deixou críticas ao regulamento eleitoral.

Luís Filipe Vieira defende que o Benfica foi prejudicado na Supertaça feminina, diante do Torreense, que terminou com desaire das águias, por 2-1. Em comunicado, a candidatura do antigo Presidente do Clube da Luz destaca dois lances em particular: um golo mal anulado e uma grande penalidade.

“Aos 44 minutos, um fora de jogo mal assinalado teve como consequência a anulação de um golo ao Benfica, que seria o segundo”, começa por chamar a atenção a candidatura de Luís Filipe Vieira, num dos lances mais polémicos da partida entre as águias e o Torreense, disputada no passado domingo.

Luís Filipe Vieira defende, ainda, que ficou por assinalar um penálti favorável ao Benfica: “Aos 90 minutos + 3 de compensação, o VAR chamou a árbitra para analisar um lance passível de grande penalidade contra o Torreense, com a jogadora adversária a jogar a bola com o braço. Ao invés de assinalar a marca de castigo máximo, a árbitra apitou erradamente uma falta atacante da nossa jogadora”.

Por fim, Luís Filipe Vieira considera que a Direção, liderada por Rui Costa, devia tomar medidas imediatas sobre o polémico encontro entre os encarnados e o Torreense, na Supertaça feminina: “São lances que obrigatoriamente o Benfica tem de expor publicamente e ao Conselho de Arbitragem”.

Lembrar que a partida entre o Benfica e o Torreense, da Supertaça, ficou ainda marcada por outro incidente entre dois altos responsáveis. Na cerimónia de entrega de prémios, Fernando Tavares, vice-presidente, envolveu-se num bate-boca com José Pereira da Costa, Presidente da Mesa da Assembleia Geral.

A contagem decrescente para as eleições para a presidência da Direção do Benfica continuam e após a Mesa da Assembleia Geral dos encarnados anunciar, no passado dia 3 de setembro, o regulamento eleitoral, já foram alguns os candidatos a pronunciarem-se sobre o voto eletrónico para Sócios que residem fora de Portugal continental.

Luís Filipe Vieira apresentou mesmo um regulamento eleitoral alternativo ao já apresentado. O antigo presidente do Benfica afirmou que esta alternativa chega para combater o que considera ser "a recandidatura de Rui Costa, por via da atual Mesa de Assembleia Geral".

Luís Filipe Vieira foi mais longe e acrescentou ainda que os pressupostos dos direitos de voto realizados apresentavam "possibilidades de distorção inadmissíveis". No entanto, o antigo presidente das águias mostrou-se um defensor dos votos à distância, sem mencionar o voto eletrónico, afirmando que os mesmos terão "a mesma dignidade e garantia que o voto presencial". 

O regulamento eleitoral também não passou despercebido a João Diogo Manteigas. O candidato apresentou a sua proposta de candidatura no passado dia 8 de setembro, cujo foco foi os Sócios residentes nas Ilhas e no estrangeiro. Passo a passo, João Diogo Manteigas descreveu a forma como, para si, seria viável levar a cabo os votos por correspondência, descartando o formato de votação online. No entender do candidato, os sócios deveriam descarregar os boletins de votos bem como uma declaração de identidade. Após o preenchimento dos documentos, os mesmos devem ser enviados em dois envelopes, que irão incluir ainda a impressão dos documentos de identificação e serão abertos no dia das eleições.

Por fim, Martim Mayer defende "a máxima participação de Sócios" nestas eleições. O candidato à presidência do Benfica mantém a sua posição, onde defende claramente a utilização do voto eletrónico. Martim Mayer afirma que não compreende a rejeição deste formato, desde que no mesmo seja garantido "o cumprimento estatutário e uma fiabilidade e segurança a 100%".