Nuno Campilho
Biografiado Autor

22 Nov 2023 | 08:44

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Nuno Campilho

Há quem esteja – e com alguma razão, sublinhe-se – entusiasmadíssimo com a Seleção Nacional e com o percurso imaculado correspondente à fase de qualificação para o Euro 2024.


Em bom rigor, estamos a falar de 10 jogos e 10 vitórias (feito inédito), 36 golos marcados (recorde de golos da Seleção em fases de qualificação) e apenas dois golos sofridos.

Estamos, igualmente, a falar de um conjunto de jogadores de inegável qualidade técnica, ao melhor nível da Europa e do Mundo.

Mas, porque há sempre um mas (até quando falamos do Benfica), no mesmo registo de rigor, Portugal enfrentou seleções com um nível fraco e muito abaixo do ranking ocupado pela nossa Seleção (6º). Senão, vejamos, Eslováquia (50º), Luxemburgo (87º). Bósnia (63º), Islândia (67º), e Liechtenstein (200º). Até pareceria mal não lhes termos ganho os jogos todos (embora, em outras ocasiões, tal não tenha sucedido).

O que nos espera no Europeu, são seleções que estarão, sem a menor dúvida, muito mais próximas daquela que deve ser a nossa realidade, valia e classificação. De entre a França (2º) e a Eslovénia (54º), das 20 já apuradas (falta a decisão entre a Croácia e País de Gales e outras três seleções que sairão dos paly-offs a serem disputados em março do próximo ano), só esta última apresenta um ranking pior que a mais bem classificada do nosso grupo (Eslováquia, 50º). E se a fase de grupos até pode ser ultrapassável, com um grau de exigência apenas um pouco mais elevado que aquele que enfrentámos até agora, a partir daí, certamente, já será mais “a doer” (até porque Portugal é cabeça de série e evitará as seleções da Alemanha, da França, da Inglaterra, da Espanha e da Bélgica, ainda que possa ter de ‘levar’ com a Itália, com Croácia, com os Países Baixos, com a Sérvia, com a Polónia, com a Ucrânia, ou com a Suiça... o que me faz repensar a relativa facilidade que aventei atrás, mas vamos deixar ficar assim).

São estes pequenos grandes pormenores (para não lhes chamar ‘pormaiores’) que podem fazer da seleção um flop... ou campeã da Europa.

Estranho, não é? Não tão estranho quanto um começo aos soluços num esquema 3x4x3, ou 3x5x2 (vá-se lá perceber qual... até parecia o Schmidt versão 2.0), ou aquela experiência ‘escaganifobética’ em Vadus, que ainda conseguiu ser menos percetível. A sorte do treinador (e dos jogadores do Liechtenstein e da Islândia), é que os jogadores são tão bons, que jogam quanto e quando querem.

Mas, será que chega para enfrentar e estará à altura daquele nano-campeonato que corresponde ao Euro?

Iremos ter birra CR7 2.0? Serão precisos mais jogos, para perceber que um dos nossos melhores jogadores de todos os tempos já não tem andamento para os rápidos e possantes defesas franceses, ingleses, espanhóis, italianos ou neerlandeses? Vamos voltar a repetir a triste presença no Mundial, fruto de uma indecisão, que até é aceitável numa liga com 34 jornadas, mas nunca poderá funcionar num torneio onde se joga um máximo de sete jogos? O melhor avançado português vai continuar a ‘aquecer’ o banco na Alemanha, tal e qual o aquece em Paris?

Não interpretem este meu artigo como uma critica velada para quem a sua seleção é o Benfica. Embora isso seja verdade, gosto muito do meu país e torcerei estoicamente por Portugal. Apenas deixo este alerta, reflexivo...

E, agora, porque haverá milhares a fazer o mesmo exercício, permitam-me, a mim também, apresentar as minhas 23 escolhas (entre parenteses surgem jogadores aptos a substituir os ‘meus’ eleitos, e que têm sido flagelados com sucessivas lesões):

GUARDA-REDES
Diogo Costa
Rui Patrício
José Sá

DEFESAS
Nuno Mendes (Nelson Semedo)
Raphael Guerreiro
Rúben Dias
António Silva
Danilo/Pepe (têm andado, os dois, ultimamente, com sucessivos problemas físicos)
Gonçalo Inácio
João Cancelo
Diogo Dalot

MÉDIOS
João Palhinha
Rúben Neves
Bruno Fernandes
João Neves
Vitinha
Bernardo Silva

AVANÇADOS
João Félix
Rafael Leão
Cristiano Ronaldo
Gonçalo Ramos
Diogo Jota
Ricardo Horta

Em 4x3x3, como a seleção deve jogar, vejam lá se isto não bate certo: 4 defesas (8 convocados); 3 médios (6 convocados); 3 avançados (6 convocados).

Bem sei e assumo, que estou condicionado pelo meu benfiquismo (é tão bom!) e, se calhar, em vez do João Neves poderá ser convocado o Otávio, ou o Matheus Nunes; e em vez de ser dada prioridade ao Danilo, será dada ao Pepe. Ou, então, o sr. Martinez volta a baralhar isto e leva apenas dois laterais (Cancelo e Dalot), ou três (de entre Mendes, Guerreiro e Semedo), sobrando-lhe espaço para mais um central/médio e/ou, para mais um médio. E ainda irão sobrar João Mário, Renato Sanches, Toti Gomes, Bruma...

De acordo com as minhas escolhas, jogaríamos assim: Diogo Jota; Nuno Mendes, Rúben Dias, António Silva e João Cancelo; João Palhinha, João Neves e Bruno Fernandes; Rafael Leão, Bernardo Silva e Gonçalo Ramos.

Vamos ver... para já, o que me preocupa, mesmo, é o Famalicão, no próximo sábado.


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