Do sonho, ao peso da realidade, à falta da consistência!
Quarta jornada da Liga dos Campeões, com as águias de José Mourinho a receberem o Bayer de Leverkusen, na procura dos primeiros pontos na Champions
05 Nov 2025 | 22:50
Quarta jornada da Liga dos Campeões, com as águias de José Mourinho a receberem o Bayer de Leverkusen, na procura dos primeiros pontos na Champions
Quarta jornada da Liga dos Campeões, com as águias de José Mourinho a receberem o Bayer de Leverkusen.
Os encarnados ainda procuravam os primeiros pontos da liga milionária e vencer estava na ordem do dia, isto se o Glorioso se queria manter na luta da qualificação para a fase seguinte.
Os alemães também não estavam bem na Liga, apenas com 2 pontos, procuravam, também eles, ganhar ímpeto para a qualificação.
Depois de 20 minutos de excelente nível na última jornada da liga Portuguesa, como iria Mourinho construir o seu onze? Manteria Prestianni e Sudakov de início, ou procurava dar seguimento à correspondência que Barreiro e Schjelderup deram em Guimarães? Ou manteria Prestianni e entrava Barreiro, de forma a manter os níveis de pressão e intensidade bem altos?
Pois bem, foi misto destas alterações, apenas uma alteração face ao jogo do Vitória, saindo Prestianni e entrando Barreiro. Mourinho a insistir em Sudakov, provavelmente querendo apostar na capacidade técnica e passe do ucraniano, para romper a defesa alemã.
Dados lançados, Luz cheia, pronta para apoiar a equipa e que, no fim, seja para festejar a conquista dos primeiros 3 pontos.
Algo que se nota logo nos primeiros 5 minutos é que os encarnados não estavam a pressionar de forma correta e equilibrada, pois estavam a deixar a zona central com homens sem marcação e, por duas vezes, o Leverkusen executou transições com jogadores a mais que a defensiva encarnada. Era preciso corrigir, pois este Leverkusen é muito perigoso na contra ofensiva rápida e contava com um remate ao lado, feito já dentro da grande área.
10 minutos e o Benfica não conseguia chegar à baliza contrária e ia valendo um Tomás Araújo a cortar os lances de maior perigo do Bayer de Leverkusen. Logo no minuto seguinte, excelente passe em profundidade de Rios, a lançar Lukebakio, o belga vai até ao fim, descaído para a direita na grande área e à saída do guardião, pica por cima do mesmo e a bola embate no ferro da baliza. Finalmente, conseguia o Benfica soltar-se e criar um excelente lance de grande perigo. Era manter a toada e aproveitar o maior balanceamento avançado das linhas alemãs e aproveitar a velocidade de Lukebakio e a força de Pavlidis.
20 minutos e os visitantes, de forma propositada, baixavam o ritmo do jogo, jogando a seu favor, dado que interessava ao Benfica imprimir um ritmo alto e especialmente embalados pelas bancadas.
Benfica insistia pelo corredor direito, sempre pelo lado do belga, pois o lado esquerdo estava coxo, ausente diria, pois Sudakov não é um ala e, nesta situação, até estava mais como médio interior e era Barreiro que surgia mais em zonas de finalização e próximo de Pavlidis no corredor central.
25 e belíssima jogada encarnada, com Rios a sair bem de zona de pressão, lança Sudakov na esquerda, galga metros até próximo da área contrária e deixa para Leandro Barreiro, mas este pega mal na bola e o remate sai frouxo e cortado pela defesa alemã e no ressalto, Lukebakio remata forte mas à figura do guarda redes.
Benfica estava mais acutilante, pressionava mais e aos 31 minutos nova oportunidade, com Sudakov a ver a desmarcação de Lukebakio na área e coloca na cabeça do extremo, mas a bola a sair ao lado.
Rios estava a destacar-se pela capacidade em conseguir sair a jogar e a construir e Sudakov também aparecia no jogo
Minuto 33 e nova bola no travessão, da cabeça de Otamendi, na sequência de um canto.
35 minutos e o Leverkusen colocava gelo na fervura e num lance rápido, Poku surge à frente de Trubin, mas atira ao lado. Era um aviso aos encarnados, pois estavam demasiado preocupados em marcar e faltavam ainda cerca de 60 minutos e era necessário defender bem e evitar projeções das linhas em excesso.
43 minutos e enorme oportunidade para o Benfica, com Sudakov a sair em velocidade, passa por dois defesas e faz um passe a rasgar para Lukebakio, que à saída do guardião, ao invés de rematar de imediato, opta por fintar para dentro e permite que o guarda redes feche o espaço e defenda o esférico. Sobra ainda para Barreiro que dá para Pavlidis, que só com a baliza à frente, é um pouco lesto e permite que o defesa intercepte a bola para canto.
4 excelentes oportunidades, contra uma do Leverkusen, já justificavam a liderança dos encarnados, mas a falta de eficácia na concretização, especialmente de Lukebakio, fazia com que as equipas fossem para o balneário com o resultado a zero.
Não haveria muito a mudar, a equipa estava a jogar bem, especialmente a partir do minuto 25, soltou-se mais e estava a chegar à baliza e a criar oportunidades de golo. Era sim apelar à eficácia e, mantendo a personalidade do primeiro tempo, o Benfica conseguiria chegar à liderança do marcador.
Retoma a partida e logo com nova excelente oportunidade, na sequência de um canto, bola aliviada para fora da área, Lukebakio vê Pavlidis sozinho na área, o grego tenta contornar o guarda redes, mas o mesmo consegue, com as pernas, tirar a bola ao avançado benfiquista. Faltava a concretização e não facilitar defensivamente 45 minutos para tal.
51 minutos, mais uma jogada do ala belga pela direita, passa a Pavlidis à entrada da área, mas o remate sai ligeiramente ao lado.
64 minutos e balde de água gelada na Luz, com o Leverkusen a jogar a seu belo prazer, sem pressão, o jogador do meio campo alemão, recebe a bola no meio campo ofensivo e Rios e Enzo a olharem, sem estarem a marcar ninguém e permitem ao adversário decidir o jogo como mais lhe convinha e lança, em profundidade o avançado, que remata em primeira instância, Trubin mal, a meu ver, desvia a bola para a zona da grande penalidade, onde surge outro jogador que coloca na cabeça do colega e a adiantar o Bayer na partida, completamente contra a corrente do jogo. Como já tinha afirmado, o facilitismo na defesa dá nisto e não manter a pressão, numa equipa que tem bons executantes, resulta nisto, já não falando na alarmidade de golos falhados.
Estava em risco a manutenção do Benfica na Champions e Mourinho mexia logo com 3 substituições. Saía Barreiro, Dahl e Sudakov, entrando Prestianni, Dedic e Schjelderup. Aursnes passava para a esquerda e tentava Mourinho dar novo alento físico e anímico à equipa.
Já minuto 80 e o Benfica não conseguia criar oportunidades, ficava muito atabalhoada a partida e o Leverkusen fechava e aproximava as linhas, expondo as grandes fragilidades que os encarnados têm em jogar contra redes defensivas neste formato.
Já se adivinhava o ponto final na Liga dos Campeões, caso se mantivesse este resultado, seria um enorme fracasso, em termos desportivos e financeiros e que não augurava nada de bom para as contas da presidência de Rui Costa.
90 minutos e era um Benfica completamente inofensivo desde as substituições. Sudakov não deveria ter saído, estava a ser um dos melhores e dava qualidade de passe no último terço. Os alemães limitavam-se a defender, era uma tremenda injustiça o que acontecia e os jogadores já sentiam que a próxima fase da Champions era uma miragem. É difícil criticar a equipa, mas depois de tantas chances desperdiçadas, tanto facilitismo defensivo, o "bem te avisei" fica bem evidente.
Terminava a partida, desilusão completa no relvado e nas bancadas, pois era sentimento que, especialmente nos últimos 20 minutos do primeiro tempo, sentiu-se aquele perfume de futebol em Guimarães, mas falta consistência a esta equipa e manter o foco em todos os momentos da partida. Não demonstrou capacidade de pressionar quando mexeu com 3 jogadores e é nisso que este Benfica de Mourinho tarda em demonstrar, regularidade e dinâmicas de jogo.
Na minha humilde opinião, Benfica está fora da Liga Milionária e não consigo ver um único aspeto positivo, nem o aspeto de poupar os jogadores fisicamente, pois o peso desportivo e financeiro, é tremendo.
Segue-se o Casa Pia no Domingo, na Luz, para vencer e dar uma exibição categórica aos adeptos.
Carrega!!
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