Bernardo Alegra
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28 Fev 2024 | 06:15

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Bernardo Alegra

Hoje faz 120 anos da primeira pedra do Sport Lisboa e Benfica.


Hoje faz 120 anos da primeira pedra do Sport Lisboa e Benfica.


Em nenhum museu cabe por inteiro a história do Glorioso, até porque esta é sobretudo feito de pessoas: dos seus atletas, dirigentes, colaboradores e sobretudo sócios e adeptos, a verdadeira alma do clube mais português, mas que pertence ao mundo.


Passados 120 anos o Benfica enfrenta enormes desafios para se manter líder em Portugal e competitivo no meio dos maiores da Europa, hoje cada vez mais alavancados por dinheiro de outros continentes.

Em dia de aniversário gostava por isso de partilhar os primeiros quatro de doze desejos para os próximos doze meses, de forma a manter e reforçar esse desígnio de ser o maior de Portugal e um dos maiores do mundo:

1. Virar o clube para os sócios. Cada vez mais os sócios são confundidos como clientes, que no limite acabam por ser, mas que na verdade são muito mais que isso. Um sócio do Benfica abdica de muito do seu tempo e dinheiro para o entregar ao que considera ser um bem maior, muitas vezes sobrepondo-se à sua família, trabalho e amigos. Estes sócios têm progressivamente sido esquecidos e tratados apenas como mais uma fonte de receita. A alma do Benfica está nos seus sócios que merecem toda a atenção e dedicação por parte do clube e da sua direção. Faz falta ao clube uma cultura cuide e acarinhe o seu maior ativo e que os defenda intransigentemente quando por esse país fora são maltratados e humilhados por instituições que não querem nada de bom para o futebol português;

2. Democratizar o Benfica. A revisão dos estatutos é um processo há muito discutido pelos Benfiquistas que conseguem passar a espuma dos resultados do futebol e das escolhas mais ou menos consensuais de Schmidt. O alemão mais tarde ou mais cedo passará à história (espero que recheado de títulos) e o Benfica cá estará. E a verdade é que o seu futuro depende muito mais de aprovar estatutos que garantam uma maior transparência e democratização do clube, blindando-o a entradas de populistas e oportunistas que, mesmo com vitórias pelo caminho, nos deixarão muito mais perto do abismo do que da Glória;

3. Reforçar a profissionalização da gestão. Seria hipócrita da minha parte não reconhecer que nos últimos 20 anos muito se fez pela profissionalização do clube. Basta ler o relatório e contas da SAD e do Clube para se perceber que o Benfica é hoje uma empresa multinacional com processos e metodologias inspiradas nas melhores práticas de gestão. Mas as grandes empresas precisam de criar e alimentar uma cultura de exigência, responsabilização e prestação de contas que em muitos momentos o Benfica parece não ter. Em instituições desta dimensão facilmente se cria a ilusão que um determinado grupo é “dono” desta e aos poucos se instala uma cultura de menor exigência, “amiguismo” e relaxamento, que promove a ineficiência e degradação dos valores do clube. Quem gere o Benfica tem de ter a perfeita consciência que quanto mais eficiente for o clube, mais próximos estamos de ganhar. O clube precisa de olhar para dentro e perceber se cada função e pessoa justifica a honra de servir e ser (bem) remunerado pelo Maior de Portugal;

4. Repensar a internacionalização da marca Benfica. Ao longo dos últimos anos temos assistido a algumas tentativas de internacionalizar a marca Benfica, mas pelo caminho esquecemos aquele que é o nosso principal ativo: todos os países e comunidades onde já existem benfiquistas. Estes são os melhores e maiores embaixadores do clube. Investir na sua ativação e dinamização permanente deve ser uma prioridade para assegurar o crescimento da marca Benfica além-fronteiras.

E para não ficar demasiado longo, hoje fico por aqui.

Parabéns ao MAIOR DE PORTUGAL!

Viva o Sport Lisboa e Benfica!


+ opinião
Bernardo Alegra
Nuno Campilho

24 Jul 2024 | 16:47

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Modelos de gestão

Gostariam que fosse de outra forma? Pois… também eu, mas prefiro optar por ser realista, dói menos.

Bernardo Alegra
João Diogo Manteigas

23 Jul 2024 | 10:27

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Corte a ... Direito: Vai ficar tudo bem ...

Com base em contas de merceeiro atendendo à falta de acesso a informação fidedigna, parece-me crucial entrar nos cofres da SAD um valor a rondar 80 milhões de euros

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Tozé Santos e Sá
Tozé Santos e Sá

APONTAMENTO – Vermelho e Branco: Não dá para vender Rui Costa?

Num clube onde se vende tudo, à primeira oportunidade, o parceiro estratégico não quer mais uns 10% ou quem sabe 680% ou 980%.?

26 Jul 2024 | 08:59

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Nuno Campilho
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Gostariam que fosse de outra forma? Pois… também eu, mas prefiro optar por ser realista, dói menos.

24 Jul 2024 | 16:47

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João Diogo Manteigas
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Corte a ... Direito: Vai ficar tudo bem ...

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23 Jul 2024 | 10:27

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