Melhor exibição da época. E se fosse quase sempre assim?
Águias entraram no encontro frente ao Nápoles obrigados a vencer para continuar a acalentar sonho de passar à próxima fase da Liga dos Campeões
11 Dez 2025 | 00:06
Águias entraram no encontro frente ao Nápoles obrigados a vencer para continuar a acalentar sonho de passar à próxima fase da Liga dos Campeões
Sexta jornada da Champions e era o tudo ou nada para o Benfica, onde apenas os 3 pontos interessavam, isto se as águias queriam permanecer na luta no acesso ao playoff. O adversário era o Nápoles, líder da série A, ex aequo com o AC Milan e que vinha de uma vitória moralizadora frente à Vechia Signora.
José Mourinho vinha de uma antevisão infeliz, depois de afirmar que jamais iniciaria a época com este plantel, o que vai contra o que disse, ainda ao serviço do Fenerbahçe, mencionando que Bruno Lage tinha um plantel vasto e cheio de soluções por sector. Mourinho, infelizmente, tem sido ávido em arranjar "desculpas" para a fraca prestação da equipa, de forma sucessiva e nem permite contestação.
Já o referi, o técnico setubalense não se renovou enquanto técnico gestor, não se modernizou taticamente e sofre com isso, mas é incapaz de o assumir. Contudo e tratando-se do Benfica, espera-se sempre que os jogadores, a equipa e os adeptos, se galvanizem e entreguem, apesar da extrema dificuldade do jogo de hoje.
Duas surpresas no onze, com a entrada de Tomás Araújo para o lugar de António Silva e a maior delas, Ivanovic no lugar de Pavlidis. Esta última, na minha singela opinião, não faz qualquer tipo de sentido, pois o artilheiro grego tem sido o melhor jogador do Benfica, não apenas a marcar, mas no que empresta e sacrifica perante a restante equipa. Apostar em Ivanovic apenas para querer demonstrar alguma lacuna do adversário, em prol do melhor jogador encarnado, não tem justificação. O croata em mais profundidade, mas contra defesas italianas, de blocos mais baixos, isso faz sentido?
Restante constituição do onze sem surpresas, mantendo-se Barreiro no onze, Sudakov no apoio a Ivanovic, Aursnes, Rios e Enzo. Otamendi, Dahl e Dedic fecham o quarteto em conjunto com o Tomás.
Início da partida e um Nápoles muito projetado em campo e com pressão muito alta, inclusive a juntar muito os blocos em posições elevadas.
Napolitanos também muito duros nas abordagens aos lances e com entradas rígidas em Sudakov e Dedic logo de início, também a tentarem impor domínio.
Benfica equilibrava a posse, mas o Nápoles estava com um nível de intensidade muito alto, no processo de recuperação da bola. Este jogo decidir-se-ia pelos médios centro, pelo fator de tampão e depois quem conseguia construir de forma mais célere e pragmática, sendo assim, Rios e Enzo tinham a palavra e de assumir a batuta do jogo.
Aos 11 minutos grande oportunidade do jogo, com Aursnes a ser lançado no corredor esquerdo, serve de calcanhar Ivanovic que fica isolado perante o guardião do Nápoles, mas o remate sai mal colocado e Savic defende com a luva. No ressalto, Ivanovic serve ainda Aursnes, que remata de primeira e rasteiro, rente ao poste direito. Dupla oprtunidade de ouro para o Benfica assumir a liderança do marcador, mas muito perdulário o avançado croata, em zona central e apenas com o guarda redes, não teve a calma suficiente para finalizar.
Benfica estava bem, controlava os momentos sem bola e, especialmente com o esférico, mantinha-se coeso e com linhas de passe entre vários jogadores, procurando o passe rápido e não o um para um.
18 minutos e mais uma perdida incrível e depois de uma oferta monumental de Savic, que coloca a bola no pé de Aursnes, que prefere dominar primeiro e depois rematar de pé esquerdo, apanhando mal a bola e a sair ao lado da baliza, inclusive tinha Ivanovic, em posição frontal, completamente sozinho.
À terceira é de vez e o Benfica chegava ao golo, com Dahl a cruzar para dentro da área, Ivanovic assiste de cabeça Rios que, com um toque subtil, desvia a bola do guarda redes e inaugura o marcador. Havia o receio que já com 2 oportunidades de luxo, se servisse a velha máxima de quem não marca, sofre, mas as águias mantiveram a toada e chegaram ao golo.
Extremamente importante era não baixar o ritmo e a dinâmica tática, pois estava a funcionar na perfeição e os comandados de Mourinho a aproveitarem muito bem o bloco subido dos italianos e Ivanovic a ser peça fulcral.
Aos 25 minutos, o Benfica já tinha realizado 7 remates, enquanto que os napolitanos ainda nem tinham esboçado uma aproximação à baliza de Trubin.
Aos 29 minutos foi o primeiro remate, aliás, cabeceamento e com perigo, num centro ao segundo poste, Dahl deixa-se antecipar, mas valeu que a bola sai ao lado. Os visitantes ficavam agora mais incisivos e conseguiam fechar mais os espaços entre linhas e dificultavam ainda mais a saída de bola dos homens da casa.
Benfica reagia quase na mesma moeda, pressionando alto e obrigando a defesa a errar, a obrigar a atirar bolas para fora, a demonstrar que o meio campo da Luz estava por cima da partida, especialmente depois do golo moralizador de Rios.
Percebia-se também a entrada de Tomás, pois estava completamente focado em Hojlund e o central veloz estava atento na marcação ao Dinamarquês, que se veja o lance ao minuto 37, onde Tomás, com marcação cerrada, nem deixa o avançado se voltar com sucesso para a baliza.
Começava a surgir um bem conhecido para os lados da Luz, David Neres e Dahl começava a ficar cheio de dores de cabeça, que o diga o lance dos 38 minutos, onde o brasileiro deixa o sueco para trás numa mudança de direção, cruza e Mctominay atira por cima de cabeça. Mais um lance de perigo e era necessário que o Benfica recuperasse o efeito tampão que tinha conseguido aplicar até cerca dos 30 minutos.
40 minutos e o Benfica volta a surgir com relativo perigo, mas a combinação Ivanovic, Aursnes, leva a um remate muito por cima. Praticamente no lance seguinte, após ressaltos na área dos visitantes, Otamendi fica com a bola à mercê, mas também este remate a sair por cima. Era importante manter o ritmo ofensivo, passando a mensagem aos Italianos que se abrirem muito o seu bloco, os encarnados iriam aproveitar.
Pouco tempo depois, o árbitro a apitar para o intervalo. Parecia resultar a estratégia de Mourinho, a apostar na profundidade de Ivanovic, apesar do meu cepticismo. Um Benfica arrojado e a responder bem à pressão alta do adversário, com 3 oprtunidades claras de golo, concretizando uma, apesar de uma boa oportunidade para o Nápoles, pelo que liderança ao intervalo era bem justificada.
Importantíssimo manter as dinâmicas e atentos às subidas de linhas dos visitantes e com o passar do tempo, mantendo a frente do marcador, os espaços iriam aparecer com mais nitidez e em quantidade.
Regresso ao relvado para os segundos 45 minutos e não podia ser melhor, pois aos 50 minutos, na primeira digressão ao meio campo adversário, Rios lança Ivanovic na direita, ganha metros, faz compasso de espera por Rios que vai à linha de fundo e cruza rasteiro para Barreiro, onde o Luxemburguês dá um toque subtil de calcanhar e desvia do guardião Savic e a ampliar para dois golos sem resposta.
Impossível pedir melhor início e com uma jogada tão bem delineada e finalizada.
Ivanovic estava, realmente, a ser um autêntico quebra cabeças, com os defesas azurris a não saberem o que fazer com o croata, autêntico "diabo à solta".
Passavam os minutos e muito bem o Benfica a segurar o jogo e a fechar a sua área e sem estar demasiado junto à baliza de Trubin.
Aos 70 minutos um pequeno abanão num jogo agora sem grandes lances de perigo, com Neres a fletir para a zona central e fora da área desfere um bom remate, com Trubin a dar uma sapatada por cima da barra.
Já o Nápoles ia na quarta substituição e apenas aos 75 minutos Mourinho mexe na equipa e retira Ivanovic, na minha opinião e a par de Rios, os melhores em campo.
Também Sudakov saía, dando o seu lugar a António Silva, dando a entender que o Benfica ia passar para uma linha de 3 centrais, uma vez que o Nápoles estava já com 3 avançados na área, obrigando Mourinho a fazer modificações táticas.
Últimos 10 minutos e notava-se o foco em defender bem, nem dandk espaços para cruzamentos, sem perder o foco no contra ataque e os 80 minutos foram exemplo disso, com roubo de bola de Pavlidis, Aursnes sobe com o grego e devolve o esférico, com um remate com o seu pior pé, o direito, obriga Savic a mais uma bela defesa para canto.
84 minutos e nova oportunidade para Pavlidis, que não consegue contornar Savic em primeira instância, afasta-se do guardião e tenta fazer um chapéu curto, mas Savic, novamente, defende com uma sapatada na bola. Perdia-se aquele que seria o ponto final no jogo, mas este Benfica estava tão confiante na defesa, que dificilmente se assistiria a uma quebra notória no fim.
Tempo ainda para a estreia de mais dois miúdos, Tiago Freitas a render o todo o terreno Aursnes e o "bebé" José Neto, para um cansado Barreiro (mais um excelente jogo).
Apesar dos esforços do Nápoles em tentar chegar à baliza de Trubin, o jogo chegava ao fim e, com ele, a manutenção da esperança em ainda chegar à zona de playoff.
Afirmo, sem qualquer sombra de dúvida, que foi a melhor exibição da época e, obviamente, da era Mourinho. Uma vitória que começou no onze e que critiquei, mas faço a mea culpa e com vaidade, tal a categoria da exibição das águias.
Grande jogo de Ivanovic, mesmo sem marcar, foi nele que se centraram as ofensivas dos homens da luz. Rios está, claramente, em crescendo de forma e a assumir a importante peça fulcral na zona nuclear do centro do terreno.
Defesa foi estóica, tirando um a dois lances no primeiro tempo, o ataque do Nápoles foi completamente absorvido pela eficácia defensiva da linha das águias.
Não consigo apontar um jogador com sinal menos, foi uma enorme exibição coletiva e o plantel e seu técnico, a demonstrarem que há esperança neste conjunto de jogadores e que podem alcançar muito mais. Faltam duas autênticas finais, talvez 4 pontos cheguem para os playoffs, mas a mentalidade tem de ser a dupla vitória, mesmo que os adversários sejam a Juventus e o colosso Real Madrid.
Vitória e qualidade exibicional indiscutíveis. Pergunto: e se fosse QUASE sempre assim?
Carrega!!!
Melhor exibição da época. E se fosse quase sempre assim?
Águias entraram no encontro frente ao Nápoles obrigados a vencer para continuar a acalentar sonho de passar à próxima fase da Liga dos Campeões
A Encruzilhada
É deixado um apelo face à atual realidade desportiva que encarnados atravessam, pedindo que haja uma reação da parte da estrutura das águias
APONTAMENTO Vermelho e Branco: BETÃO ou FUTEBOL !
Esta marcada, para o dia 3 de Janeiro, ainda ensonados da passagem de ano, uma AGE do SLB, onde volta o voto eletrónico, no pavilhão, site e na app
Melhor exibição da época. E se fosse quase sempre assim?
Águias entraram no encontro frente ao Nápoles obrigados a vencer para continuar a acalentar sonho de passar à próxima fase da Liga dos Campeões
11 Dez 2025 | 00:06
A Encruzilhada
É deixado um apelo face à atual realidade desportiva que encarnados atravessam, pedindo que haja uma reação da parte da estrutura das águias
09 Dez 2025 | 12:38
APONTAMENTO Vermelho e Branco: BETÃO ou FUTEBOL !
Esta marcada, para o dia 3 de Janeiro, ainda ensonados da passagem de ano, uma AGE do SLB, onde volta o voto eletrónico, no pavilhão, site e na app
05 Dez 2025 | 15:56
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