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Futebol
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Na sequência da eliminação do Benfica do Mundial de Clubes, depois de perder com o Chelsea (4-1), Luís Mateus considerou que as águias apenas cumpriram os objetivos mínimos a que estavam propostas. Contudo, o jornalista levantou ainda uma questão mais importante: será esta a equipa idealizada para 2025/26?
Luís Mateus: “No limite cumpriu com os mínimos, o tal passar a fase de grupos”
No seu texto de opinião, publicado pelo jornal A Bola, o editor-executivo começou por assumir que a equipa apenas cumpriu a sua obrigação, salientado que há um tópico mais urgente a ser debatido: “A pergunta que deixo no ar depois da participação do Benfica no Mundial de Clubes, que no limite cumpriu com os mínimos, o tal passar a fase de grupos, é a seguinte: ficaram os encarnados mais próximos da equipa que se espera ver em campo, na maior parte dos jogos, no próximo ano?”.
Segundo Luís Mateus, o Benfica apresentou argumentos para surpreender os mais fortes, tal como aconteceu com o Bayern Munique. No entanto, afirmou que essa estratégia não serve para todos os casos: “Não há fórmula que sirva para todos os adversários, sobretudo quando a principal estratégia é estacionar um autocarro, com mais ou menos andares, aproveitar erro alheio e surpreender na transição”.
Luís Mateus: “Não há fórmula que sirva para todos os adversários”
“Porque o Benfica é o mesmo, tem problemas identificados há muito. Se os encarnados conseguiram sair algumas vezes com a bola controlada diante dos germânicos, tendo sido fatais talvez na primeira, houve um Chelsea musculado a estrangular o meio-campo das águias. Não sabendo jogar sob pressão, não sabendo associar-se com qualidade em pouco espaço disponível”, acrescentou.
Luís Mateus: "Há muito a trabalhar no processo, peças que faltam e um treinador pouco virado para querer controlar os jogos com bola"
Por fim, o jornalista apontou que ainda há muito para mudar: “O Benfica que se apresentou nos Estados Unidos continua a ser um grande que não se quer afirmar como tal entre os maiores e depois também tem dificuldade para fazê-lo com os mais pequenos. Há muito a trabalhar no processo, peças que faltam e um treinador pouco virado para querer controlar os jogos com bola”.
Encarnados ainda sonharam com passagem aos quartos, depois do camisola 11 ter convertido a grande penalidade, a instantes do final da partida
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Enzo Maresca já reagiu à vitória do Chelsea frente ao Benfica. Em declarações à DAZN, no passado sábado, 28 de junho, o técnico fez questão de 'rasgar' a arbitragem, considerando que a grande penalidade foi mal assinalada. Por fim, o timoneiro abordou ainda a interrupção do jogo, considerando que foi "uma piada".
Enzo Maresca: "A regra é que aquilo não é falta. O lance surge de um livre que não devia ter sido marcado"
"Estou muito orgulhoso. Penso que a nossa exibição foi excelente. O jogo foi interrompido e, depois disso, tudo mudou. Não é fácil estar parado durante mais de uma hora. Estávamos empatados a 1-1 e depois continuámos a jogar. A vitória é merecida. Estamos entre as oito melhores equipas do torneio e estamos muito felizes. Este foi um dos nossos melhores jogos", começou por mencionar.
Relativamente à grande penalidade, o técnico considera que a mesma não devia ter sido assinalada: "A regra é que aquilo não é falta. O lance surge de um livre que não devia ter sido marcado. Jogar com a mão, sim. Mas não houve falta para livre. Às vezes, é melhor não dizer o que se pensa do árbitro, porque, no geral, merecíamos vencer o jogo. É melhor falar da equipa do que do árbitro. Agora temos de recuperar os jogadores, recuperar energias e seguir em frente".
Enzo Maresca: "Para mim, isto não é futebol. Já foram interrompidos seis ou sete jogos aqui. Acho que é absurdo, é uma piada"
Por fim, Enzo Maresca falou sobre a interrupção da partida com o Benfica, que durou cerca de 2 horas, devido à tempestade. "Para mim, isto não é futebol. Já foram interrompidos seis ou sete jogos aqui. Acho que é absurdo, é uma piada. É completamente inacreditável, algo novo que me é difícil de entender. Percebo que, por razões de segurança, o jogo tenha de ser interrompido. Mas se interrompem sete ou oito jogos, isso significa que este provavelmente não é o local certo para realizar uma competição destas… Não me entendam mal. É uma competição fantástica".
"É o Mundial de Clubes, com os melhores clubes do mundo. Mas seis, sete jogos interrompidos? Não é normal. Num Mundial, quantos jogos são interrompidos? Provavelmente nenhum. No Campeonato da Europa? Nenhum. Há aqui algum problema. Estamos aqui duas semanas e suspendem seis ou sete jogos", acrescentou o treinador do Chelsea.
"É um problema para mim, enquanto treinador. Como manter os jogadores focados duas horas lá dentro? No tempo em que estão à espera falam com a família, comem, brincam, riem, como manter a concentração? Estamos felizes por estar aqui, mas algo não está bem", concluiu o timoneiro italiano, considerando que a pausa não fez bem ao jogo.
Nas imagens que foram divulgadas no momento em que atleta recebeu ordem para sair do terreno de jogo, atitude do argentino acabou por gerar mais confusão
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Na partida frente ao Chelsea, que ditou o afastamento do Benfica do Mundial de Clubes, Gianluca Prestianni foi expulso, já no decorrer do prolongamento e acabou por ter uma atitude bastante negativa perante a situação. Na altura em que recebeu ordem de expulsão, o camisola 25 perdeu as estribeiras e a situação não ficou por aqui.
Ora, depois de ver a segunda cartolina amarela, o argentino deu que falar ao perder a compostura, começando a reclamar e acabando por trocar alguns empurrões com alguns jogadores do Chelsea. A reação do albicleste acabou por criar um clima de tensão entre as duas equipas.
Recorde-se que, o jovem argentino entrou na partida durante a segunda parte, numa altura em que o Glorioso já perdia por uma bola a zero. Depois de Ángel Di María ter feito o empate na sequência de uma grande penalidade, o camisola 25 recebeu o primeiro cartão amarelo ao minuto 90+6, indo para o prolongamento condicionado.
Contudo, o seu contributo durante o tempo extra foi escasso, uma vez que, passados dois minutos do arranque do prolongamento, Prestianni teve uma entrada dura sobre o adversário e o árbitro, a seu entender, achou que o jogador deveria ser expulso.
Após o apito final, já no rescaldo da partida, Tiago Gouveia foi o ‘porta-voz’ do grupo e o extremo português abordou o assunto relacionado com a expulsão do companheiro de equipa. O camisola 47 das águias afirmou que Prestianni não teve culpa e que o argentino pediu desculpas ao plantel.
Na presente temporada de 2024/25, entre uma lesão prolongada e a falta de minutos, Gianluca Prestianni - atualmente avaliado em 8 milhões de euros - apenas realizou 19 partidas com o Manto Sagrado do Benfica. Nos 804 minutos que esteve em campo, o camisola 25 apontou dois golos e fez duas assistências para os seus companheiros de equipa.
Confira aqui a publicação da DAZN Portugal:
Duelo contra os blues no Mundial de Clubes terminou numa derrota encarnada após prolongamento, e trouxe à memória maus momentos
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O desaire sofrido pelo Benfica no Mundial de Clubes trouxe à memória dos adeptos más memórias. As águias já tinham sofrido três golos no prolongamento apenas uma vez na história, contra o Manchester United, na final TCE, onde acabaram derrotadas pelo mesmo resultado: 4-1. O duelo contra os red devils aconteceu em 1968, há 57 anos atrás.
Como dá conta o portal PlayMaker, os ingleses fizeram outra vez a 'vida negra' ao Benfica, porém, nesta ocasião, não estava nenhum título em disputa. O Benfica foi derrotado na época 1967/68 contra a mágica equipa do Manchester United no prolongamento, que contava com grandes nomes como Bobby Charlton, George Best e Tony Dunne.
À semelhança do confronto contra os blues, o Clube da Luz também tinha empatado a partida perto dos noventa minutos, mas a vitória caiu para o outro lado nos 30 minutos adicionais. Bobby Charlton foi a grande estrela do Manchester United, onde marcou dois golos decisivos para levar os red devils a primeira conquista da Taça dos Campeões (atualmente Liga dos Campeões).
O duelo contra o Chelsea teve um peso um pouco diferente, por não ser a decisão de um campeonato e estar longe ainda de decidir quem levanta a taça. Porém, a derrota foi o suficiente para 'ressuscitar' o pesadelo Benfiquista nos prolongamentos, que não tem feito muito sucesso recentemente. A prova disso foi a final da Taça de Portugal, onde o Sporting sagrou-se vencedor após 120 minutos.
Assim sendo, a época desportiva do Benfica chegou oficialmente ao fim e terá alguns dias de férias antes de voltar à ação na Supertaça e nas qualificatórias para a Liga dos Campeões. Já o Chelsea, enfrenta o Palmeiras no próximo sábado, 5 de julho, às 02h00, no Lincoln Financial Field, na Filadélfia.