Pedro Jerónimo
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25 Out 2025 | 22:44

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Pedro Jerónimo

Clube da Luz goleou o Arouca, por 5-0, no Estádio da Luz, no dia em que o emblema encarnado viveu as eleições mais concorridas de sempre


Apesar de nublado e chuvoso, era um dia quente para os lados da luz e não apenas devido à receção ao Arouca, mas sim pelas eleições mais concorridas de sempre da história do Glorioso. Ainda com 7 horas para o fecho das urnas, já havia passado o anterior recorde de cerca de 40 mil sócios votantes e já tinha passado a barreira dos 41 e a fila não reduzia. Expoente da democracia na Luz, os sócios a quererem ser ouvidos e a deslocarem-se massivamente. No final desta crônica e opinião, falarei também, do próximo presidente do Benfica.


Vamos ao jogo: nona jornada e um Benfica obrigado a continuar a vencer. Por um lado e de forma a não perder o comboio da frente, por outro, para limpar a imagem do jogo de Newcastle e a desastrosa participação na Champions.


Apesar do regresso de Prestianni, problema à direita com a lesão de Dedic e a provável inclusão de Tomás Araújo, dado que Bah ainda está em fase final de recuperação. Alguma expectativa do onze, pois começa a ser flagrante a fraca qualidade das exibições de Rios e, quiçá, uns jogos no banco, possam fazer bem ao colombiano.

Saía o onze oficial e surpresas, mas não as que se pensava: saía António Silva do onze, entrando Tomás Araújo para o seu lugar e Aursnes a assumir a lateral direita. Sem alterações no miolo, mas Prestianni a assumir o lugar de Aursnes, mais à frente e dar mais acutilância ofensiva. Não se percebe a insistência em Rios, é necessário mexer naquele setor, pois tem sido um dos grandes problemas dos encarnados, a permeabilidade na zona central do meio campo.

Benfica com enorme responsabilidade hoje, pois milhares de adeptos estavam bem atentos, com eleições e jogo.

Início do jogo e adeptos na esperança que Pavlidis e Lukebakio, os jogadores em melhor forma, rapidamente pudessem decidir o jogo.

Primeiros minutos e percebia-se que hoje sim, a pressão estava bem alta, logo a pressionar o portador.

Sudakov ainda é jogador que suscita muitas dúvidas, ainda muito héterogeneo na sua exibição ao longo dos 90 minutos.

Na sequência de um livre aos 6 minutos, após a bola ressaltar à frente do defesa Aroucense, a tocar no braço do mesmo e grande penalidade. O grego matador do Benfica não perdoou aos 11 metros e inaugurava o marcador num estádio da Luz completamente lotado.

Isto permitia agora à equipa gerir melhor o jogo, mas sabendo que o Arouca não ia já abrir as suas linhas, apenas pela margem mínima.

Minuto 13 e bom lance dos encarnados, com Sudakov a jogar com Pavlidis, mas o grego decide mal, ao invés de rematar, já bem dentro da área, tenta passar a Prestianni, mas o defesa dos visitantes intercepta o passe.

Sucediam-se os erros nos últimos passes, aqueles que permitiriam ao avançado armar o remate, mas teimavam em ficar curtos, ou mal orientados.

Minuto 20, nova grande penalidade após derrube a Prestianni dentro da área. Novamente Pavlidis chamado a converter e envia exatamente para o mesmo lado esquerdo, rasteiro, mas bem colocado e com potência.

Dois golos sem resposta, verdade que de grande penalidade, mas em 20 minutos, apenas uma equipa atacava.

Faltava corrigir alguns posicionamentos, especialmente Sudakov, o ucraniano, por vezes, fica alheado do jogo pelo seu posicionamento incorreto. Prestianni estava a ser o melhor em campo, rápido na transição e sempre a procurar o esférico entre linhas e também progredindo e desferir ruturas nas linhas defensivas do Arouca.

28 minutos e disparate grosseiro de Sudakov, em zona proibida, procura o passe atrasado para Otamendi, mas não repara no avançado do Arouca, que segue até à linha da grande área e remata a retirar tinta ao poste. Estava dado o aviso e este lance, em conjunto com um poucos minutos depois, onde o meio campo do Benfica falha o efeito tampão, demonstra bem o que se diz da pouca eficácia em conseguir tapar as fendas do meio campo das águias.

32 minutos e pouco acerto na cabeça de Otamendi, na sequência de um canto, salta sozinho, mas o cabeceamento sai por cima da trave.

Enzo continua a mostrar muita displicência, especialmente nas suas zonas mais recuadas. Pouco lesto a soltar a bola e, por vezes, a tentativa de fintar os adversários, quando se exige que jogue simples, pelo risco que representa, naquele sector, a perda do esférico. O argentino já teve mais que tempo, para aprender que a sua posição é a que menos pode inventar, tem de ser pragmatismo no seu expoente máximo.

Os comandados de Mourinho mantinham bem alta a pressão, mas acentuavam os evidentes problemas no setor intermédio, com zonas totalmente despovoadas de encarnado.

41 minutos e oportunidade para Pavlidis fazer o hat-trick, depois de Enzo recuperar na zona central, Rios amortece de cabeça para o grego, que surge sozinho na cara do guardião Aroucense e tenta o chapéu, mas bate na trave. 

45 minutos e Sudakov repetia a asneira, com novo passe atrasado e arriscado e, ao recuperar o lance, comete falta e perigosa para a baliza de Trubin, mas na sequência, a bola sai fácil para o guardião ucraniano.

Mesmo em cima dos 4 minutos de compensação, canto para o Benfica e Lukebakio a colocar direito na cabeça do capitão Otamendi, mas com saída em falso do guarda redes.

Três golos sem resposta, um pouco exagerado, é certo, mas a liderança no marcador era inteiramente justa.

Pouco tempo depois, toda a gente para os balneários. Há muito que falo sobre os problemas deste meio campo do Benfica. Enzo e Rios não combinam, estão, sistematicamente, em sobreposição posicional e não ligam setores, pois muitas vezes a forma é por via da bola longa e aumentando o risco de perda. Depois ainda há a relação inexistente com Sudakov. Este trio não consegue trabalhar em conjunto e há um desnorte nas tarefas a realizar e nas dinâmicas a executar. Mourinho precisa de entender se insistir nestes três, é realmente o futuro do meio campo encarnado.

Retomava a partida com duas alterações no Arouca. Já Mourinho apostava nos mesmos para os segundos 45. 

49 minutos e, finalmente, o hat-trick de Pavlidis, depois de excelente trabalho de Prestianni, assiste o grego que roda para a zona central da área e remata rasteiro, sem chances para o guarda redes contrário.

Jogo praticamente resolvido e era tempo de começar a gerir esforço e procurar aprofundar dinâmicas da equipa.

Prestianni e Pavlidis com sinal mais, aliás, o pequeno argentino era um diabo à solta no meio campo visitante.

Tomás Araújo dá outra segurança, comparativamente a António Silva, especialmente no capítulo da velocidade e na qualidade de passe. O Tomás é um defesa que rapidamente consegue recuperar a sua posição e dobrar colegas, especialmente quando se joga com o bloco alto, com a pressão logo na área do adversário, pois a sua velocidade permite-lhe essa recuperação. Creio que, depois deste jogo, dificilmente António Silva voltará ao onze.

Rios estava a subir de rendimento, mas também o resultado ajuda, pois permite-lhe subir no terreno e abordar os lances de outra forma.

63 minutos e Mourinho faz dupla substituição, retirando Sudakov, claramente sinal de menos no jogo de hoje e, no outro extremo, o que estava a ser dos melhores, Prestianni, provavelmente a dever-se ao desgaste físico. Entram Barreiro e Schjelderup.

Minuto 67 e primeira boa oportunidade para Schjelderup, surgindo sozinho no flanco esquerdo, mas atira ao lado da baliza.

67 minutos e saía Rios, entrando o miúdo João Rego. Já se notou que Mourinho gosta do João e aposta nele, mas o craque tem de mostrar serviço e hoje tem mais de 20 minutos para tal, num jogo já decidido, portanto pouco terá a perder.

Jogo decorria sem sobressaltos na baliza de Trubin e o ataque das águias mostrava que conseguia chegar, com alguma facilidade, à baliza do Arouca.

77 minutos e as duas últimas substituições, retirando-se do relvado o homem do jogo Pavlidis, bem como Lukebakio, entrando Ivanovic e o miúdo Ivan Lima. Mourinho a mostrar que quer apostar na formação, será?

Jogo encaminhava-se para o seu fim, com um Arouca rendido e um Benfica a procurar ampliar o resultado, especialmente com os miúdos a quererem mostrar os seus créditos.

91 minutos e vinha ainda a terceira grande penalidade e foi Ivanovic chamado a converter e coloca uma mão cheia no marcador da Luz.

Pouco mais a relatar até ao término da partida, com o Benfica a passar, com distinção, a nona jornada e dá a tal "recompensa" aos adeptos, embora não tenha sido uma exibição brilhante, a qualidade esteve lá, mas sente-se que a qualidade do grupo, do coletivo, tende em aparecer.

Pavlidis é o homem do jogo, com Prestianni em excelente plano também, tal como Tomás Araújo, Otamendi e até Rios foi surgindo a espaços e permite aos encarnados sacudir pressão e dos pontos e da derrota em Newcastle.

Quanto a eleição, fica apenas e só o meu desejo: quem ficar na cadeira do poder, que tenha em mente que o Benfica não sobrevive sem projeto desportivo, sem uma administração agarrada à lealdade à Instituição e aos milhões de adeptos. Mas o projeto desportivo, isso sim, há muito que desejo ver um projeto com o Seixal como pano de fundo, com a manutenção, ao máximo, das suas pérolas e do plantel, vendendo estritamente o necessário. Quem vier, que venha por bem e com vontade de fazer mais e melhor!

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