Nuno Campilho
Biografiado Autor

13 Set 2023 | 18:18

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Nuno Campilho

Ele há títulos de artigos, que pelo seu romantismo, condenam qualquer conteúdo sequente, a um fracasso mais que anunciado.

Como nunca fui pessoa de lugares-comuns, ou frases feitas, ou de escolher os caminhos mais fáceis para percorrer, incumbo-me a mim próprio deste fardo de defender e preconizar algo perto de ser indefensável e de longínqua concretização.


Nos últimos dias, suspensos de jogos de clubes, assistimos a dois momentos de particular relevância para o futebol, português. Um que refletiu um passado recente, através da entrega dos Liga Portugal Awards referentes à época passada e outro que procurou refletir no seu presente e futuro mais imediato, através da realização da Thinking Football Summit.

Em ambos aquela que eu propalo como a pacificação do futebol português, andou q.b. arredada, pois, se na primeira fomos forçados a recordar escolhas de entre o estranho e o injustificável, mormente no que ao melhor jogador da Liga diz respeito, assim como em relação ao melhor jogador jovem; na segunda fomos brindados com testemunhos que só podem corresponder a uma qualquer realidade alternativa, bem ao jeito de um senhor despenteado que já foi e quer voltar a ser presidente dos EUA.


Afirmar a marca “futebol português”, internacionalizando-a, centralizando os direitos audiovisuais e consolidar o seu posicionamento ao trabalhar para o adepto é muito giro, mas alguém aqui está a ver, ou a participar num momento egoísta, de autossatisfação e autobajulação, que mais ninguém vê e no qual mais ninguém se revê. Que tal seja resultado do egocentrismo de quem se encerra nessa visão distópica e que tem voz nas palavras e forma na mente do presidente da Liga, isso é lá com ele, agora, quando ele é tão perentório em afirmar que o futebol português é a indústria que gera mais talento no mundo, ao ponto de assumir que temos o melhor jogador, o melhor agente e os melhores árbitros do mundo, apetece perguntar o que é que o senhor anda a fumar, pois eu também quero!

A rematar (que oportuno) diz, “penso que reconhecemos (ndr: não sei a que plural se refere, mas devem ser todos/as acéfalos/as) que o futebol português está muito melhor. Falar de mesquinhez, não, falarei sempre do futebol positivo e aquilo que aporta numa dimensão positiva”. Que coisa bonita (o tal romantismo)... mas, se assim fosse, ficava calado (em oposição a falar, se é que me entendem, pois, a falar, não seria de outra coisa se não sobre aquilo de que ele não quer falar).


Temos, assim, o principal responsável pelo futebol profissional em Portugal, a falar sobre coisas indiscutivelmente importantes, sensatamente relevantes e oportunamente referencias, com um ligeiríssimo problema (coisinha pouca)... nada disso existe!!

Para pacificar o futebol português há que começar por falar verdade! De seguida, assumir os erros e os problemas e trabalhar na sua correção e solução.

Pacificar o futebol português é castigar de forma dura e sentida, todos os agentes futebolísticos prevaricadores que, semana após semana, de forma impune e a seu bel-prazer, desrespeitam colegas e autoridades; é pugnar pela existência de árbitros competentes, bem formados e imunes à pressão, acabando, de uma vez por todas, com o domínio quase monopolista da Associação de Futebol de Porto e de algumas congéneres que só existem para fazer número, em prol dos mesmos beneficiários; é divulgar os áudios do VAR em direto e sem filtros; é exigir regras para as transmissões televisivas – repetições, divulgação da colocação das linhas do fora de jogo, etc. – iguais para todos os operadores; é encontrar uma forma de limitar a difusão facciosa, recorrente, insana e de verdades alternativas (quando, não, de mentiras puras), que têm alfobre em inenarráveis programas, espaços e palcos públicos.

Pacificar o futebol português não é fazer de conta que está tudo bem, ou, em alternativa, dizer que não está, mas tudo se resolverá com centralização dos direitos audiovisuais, com fundados prejuízos para os mesmos de sempre. E, depois, ainda me vêm falar em nacional-benfiquismo.

Tenham juízo! Se tivessem tanto como eu (e imperfeito me confesso), estaríamos bem mais próximos do modelo distópico que o presidente da Liga preconiza. Só que não...

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