Servir o Benfica reage a afluência inédita na Assembleia Geral: "Apelamos ao Presidente..."

A Assembleia Geral do Benfica, que estava agendada para este sábado, dia 15 de junho, pelas 10h30, foi adiada, para as 12h00, tendo iniciado por volta as 12h17, segundo adianta o jornal português A Bola. 

De acordo com informações avançadas pela mesma fonte, a AG iria acontecer no Pavilhão N.º 2 da Luz, porém o local da AG extraordinária deverá mesmo mudar, dado o número elevado de pessoas que ainda aguarda para participar na reunião magna. 

"O cenário de mudança do Pavilhão N.º2 para o Estádio começa a ganhar terreno, no entanto os sócios benfiquistas continuam a entrar a conta-gotas no pavilhão", pode ler-se no diário acima mencionado, que garante que a AG acontece agora no Estádio da Luz. 

Face a este inconveniente, Mauro Xavier, conhecido adepto do Benfica, foi perentório. "Assembleia geral do Benfica. Organização muito infeliz. Tempo médio para entrar, superior a 1h30. Que falta de respeito", escreveu na sua conta do X (antigo Twitter).  

Importa recordar que, o Orçamento apresentado para 2024/2025 será discutido na Assembleia Geral Extraordinária do Benfica agendada este sábado, dia 15 de junho, pelas 15h00. 

De destacar ainda que, o Benfica revelou o resultado da Auditoria Forense aos Sócios, na passada sexta-feira, dia 14 de junho, através do seu site oficial do Glorioso. O Clube da Luz destacou que "não encontrou nenhuma situação ou particularidade em que a SAD tenha sido diretamente lesada por qualquer um dos seus representantes" (Confira AQUI o comunicado na íntegra).

Confira aqui a publicação: 

A saída de Luís Mendes da SAD do Benfica te motivado bastante polémica em torno da estrutura encarnada e de Rui Costa. Nesse sentido, o jornal Record analisou se a saída do dirigente pode colocar em causa as capacidades do presidente encarnado, com recurso às opiniões de Mário Duarte e de Miguel Amaro.

"Não sendo um caso dramático e sem estar a extrapolar a situação, não deixam de ficar evidentes as divergências de fundo na cúpula diretiva do Benfica", começou por analisar Mário Duarte, concordando com a perda de poder por parte do presidente encarnado.

"A política desportiva não tem sido a mais conseguida, desde as contratações à decisão de manter o treinador, mas ficam agora à vista 'feridas' que em nada fortalecem a posição de Rui Costa perante os sócios. Só acabam por demonstrar mais apostas 'falhadas'", acrescentou o jornalista do Record.

Miguel Amaro, por sua vez, não acredita que a saída de Luís Mendes tenha impacto na visão dos adeptos sobre Rui Costa, tendo em conta que é um caso para lá do desporto: "Sinceramente, muitos dos sócios e adeptos do Benfica nem deviam saber quem é Luís Mendes até ser anunciada a sua demissão". 

"O que fragiliza a posição de Rui Costa são os resultados desportivos da última temporada - muito longe do desejado - e até a opção de manter o treinador quando muitos dos adeptos se manifestaram contra a continuidade de Roger Schmidt. Luís Mendes é um caso 'extra futebol'", fundamentou.

A Revisão de Estatutos do Benfica está a aproximar-se rapidamente e é um tema muito sensível dentro do universo dos sócios encarnados. Existem duas forças principais em relação às propostas existentes, a Direção do Benfica e o Movimento Servir o Benfica. Posto isto, as duas divergem claramente.

Para começar, a principal diferença prende-se no número de votos por sócio. Para a Direção, um sócio com mais de 25 anos de filiação tem direito a 50 votos. Por outro lado, o Movimento Servir o Benfica acredita no crescimento gradual, um voto para cada cinco anos de sócio. Aos 75 anos de sócio, teriam direito a 25 votos.

Posto isto, ao contrário da Direção do Benfica, o Movimento Servir o Benfica propõe a extinção do voto eletrónico. Além disso, propõe somente 1.000 votos para marcar AGE, comparativamente aos 20.000 da Direção do Glorioso.

Uma das principais diferenças fica marcada pelas eleições em lista única da Direção encarnada, sendo que o Movimento Servir o Benfica pretende eleições em listas separadas, bem como AGs em dias não úteis. A direção encarnada não tem qualquer preferência pelos dias das AGs.

Monetariamente, existe uma grande imposição do Movimento, que pretende tornar impossível a venda de património apenas com aval dos sócios. A Direção do Benfica, por sua vez, não quer qualquer inclusão dos sócios nas vendas de património.