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0O Benfica mantém-se invicto no Estádio da Luz quando o tema é a Taça da Liga. Na passada quarta-feira, 30 de outubro, a turma de Bruno Lage venceu o Santa Clara e deu continuidade ao impressionante registo que possui em casa na prova.
Em 31 encontros disputados no Estádio da Luz nesta competição, os encarnados conseguiram um impressionante número de 26 triunfos e apenas cinco empates. Este desempenho sólido reforça a imagem da Catedral como uma verdadeira fortaleza para as águias, onde os adversários têm encontrado dificuldades em quebrar a invencibilidade do Benfica. A invencibilidade no reduto Benfiquista evidencia não só a capacidade competitiva do plantel, mas também a consistência nas várias épocas em que tem disputado esta prova.
No entanto, nem tudo é perfeito, uma vez que o Benfica procura o título desta competição há oito anos. As águias nunca venceram a prova desde que foi criada o conceito de 'final four' e portanto, neste formato, o melhor que conseguiram foi alcançar uma final, onde foram derrotados pelo Sporting por 2-1, em janeiro de 2022.
Bruno Lage, por sua vez, nunca venceu a prova e assim sendo, ambiciona levantar o 'caneco' já esta época para proporcionar um momento de alegria aos adeptos que não veem a taça deste a temporada 2015/16. Desde o seu regresso ao Glorioso, o técnico português regista noves jogos, oito vitórias e uma derrota frente ao Feyenoord para a Liga dos Campeões.
Recorde-se que, o Benfica volta a entra em ação no próximo sábado, às 18h00, na deslocação ao reduto do Farense. O jogo diz respeito à 10.ª jornada da Liga Portugal Betclic e será disputado no Estádio do Algarve, sendo que os encarnados querem somar mais três pontos e dar seguimento ao bom momento que atravessam.
Depois de uma primeira parte sem golos, os encarnados acabaram por vencer os insulares por 3-0 com tentos de Pavlidis e Di María
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0Renato Sanches regista uma característica em comum nas suas recentes passagens por clubes. Na passada quarta-feira, 30 de outubro, o médio do Benfica estreou-se como titular, desde que regressou ao Glorioso frente ao Santa Clara para a Taça da Liga, acabando por ter sido um duelo especial para o camisola 85. Mas o lugar no onze não é a única razão.
Renato Sanches viveu um ano complicado e de mudanças significativas na carreira, desde diversas lesões que o afastaram dos relavados, à passagem da Roma para o Benfica, ambas as transferências realizadas por empréstimo do PSG, Curiosamente, há um ponto em comum entre estas passagens: a sequência de três jogos consecutivos. Na temporada anterior, o médio de 27 anos registou essa marca com os italianos, e, agora, conseguiu o mesmo ao enfrentar o Feyenoord, o Rio Ave e o Santa Clara.
O técnico Bruno Lage, após uma primeira parte aquém das expectativas sem golos, decidiu retirar Renato Sanches ao intervalo. Este que, por sua vez, protagonizou um momento com Kerem Akturkoglu que está a chamar a atenção dos adeptos. O Clube da Luz, recorde-se, venceu o Santa Clara, por 3-0, com bis do avançado grego, Vangelis Pavlidis e uma finalização certeira de Di María.
Esta temporada, com a camisola do Benfica, Renato Sanches – avaliado em 6,5 milhões de euros – leva cinco encontros: Estrela da Amadora, Moreirense, Feyenoord, Rio Ave e Santa Clara. Ao todo, o craque soma 140 minutos dentro das quatro linhas.
Com o Manto Sagrado e antes de rumar ao Bayern Munique por 35 milhões de euros, em 2016, Renato Sanches realizou 35 partidas, marcou dois golos (Académica e Vitória de Guimarães), fez uma assistência (Porto) e conquistou um Campeonato Nacional (2015/16) e uma Taça da Liga (2015/16).
Encarnados venceram a turma insular, por três bolas a zero, nos quartos-de-final da Taça da Liga e o camisola 14 fez mesmo o gosto ao pé
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0Vangelis Pavlidis, que tem passado por um período de 'seca' no que toca aos golos, afastou, na passada quarta-feira, os 'fantasmas' e acabou mesmo por bisar no duelo do Benfica frente ao Santa Clara, ajudando o Clube da Luz a marcar presença na meia-final da Taça da Liga. Com estes dois golos, os números do avançado grego foram alvo de análise.
Embora os números do camisola 14 do Benfica sejam modestos, a nação Benfiquista pode ficar descansada. As estatísticas indicam que Pavlidis demora sempre algum tempo a encontrar o seu instinto matador quando se junta a um novo clube. O avançado grego passou por uma situação semelhante na 1ª época que jogou no campeonato neerlandês com as cores do Willem II e onde alcançou números semelhantes aos que regista atualmente em Portugal.
Se Vangelis Pavlidis apenas precisa de tempo para se ambientar ao campeonato português, é seguro dizer que mais cedo ou mais tarde o grego irá reencontrar o seu instinto matador, que lhe valeu o prémio de melhor marcador da liga dos Países Baixos na última época. Ao que tudo indica, a exibição contra o Santa Clara para a Taça da Liga pode ser o ponto de viragem para o dianteiro encarnado.
Importa recordar que, após uma pré-época bem conseguida da parte do avançado grego, onde realizou seis jogos e apontou sete golos. As boas exibições de Pavlidis deixaram os adeptos da Luz com água na boca e a pensar que tinham no helénico uma alternativa para suprimir a vaga órfã deixada por Gonçalo Ramos, atualmente no PSG. No entanto, até ao momento Vangelis Pavlidis tem tido algumas dificuldades em mostrar o seu jogo, o que se traduz em quatro golos e duas assistências em 13 jogos oficiais.
Nesta temporada Vangelis Pavlidis conta com 13 jogos oficiais ao serviço do Glorioso, nove jogos na Liga Portugal Betclic, três jogos na Liga dos Campeões e uma partida para a Taça da Liga e até ao momento conta com quatro golos e duas em todas as competições. O atleta de 25 anos está cotado em 25 milhões de euros pelo portal TransferMarkt.
Futebolista do Clube da Luz tem dado que falar nas últimas semanas fruto de ter cometido alguns erros que prejudicaram as águias
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0Rui Dias considera que Rui Costa deve começar a preparar a sucessão de Nicolás Otamendi no Benfica. Num artigo de opinião no jornal ‘Record’, o comentador considera que o internacional argentino já não tem condições para ser titular da turma de Bruno Lage. Recorde-se que, tal como avançado num Exclusivo Glorioso 1904, o plano das águias passa por segurar o defesa-central.
Rui Dias: “Otamendi revela debilidades”
“Otamendi entra em campo disposto à lotaria do tudo ou nada; do oito ou oitenta; do fracasso ou da glória que, num Mundo de mediatismo exacerbado, precisam de nomes próprios. Nele coabita o pecado sul-americano de prestigiar as ganas, a contundência, a picardia, o espírito do xerife arrogante nem sempre aconselhável a elementos cujo escrutínio é muito apertado e a responsabilidade grande em demasia”, começa por afirmar Rui Dias.
“Otamendi revela debilidades nos apoios perdendo assim vantagem para o atacante; nem sempre temporiza na relação com os adversários diretos e corre todos os riscos mesmo quando é o último homem. Mas como é possível um defesa com tantas debilidades ter sido tão reconhecido, atuado em grandes clubes e chegado tão longe na carreira? Como pode ter mais de 600 jogos como profissional, mais 119 pela seleção da Argentina?”, defende Rui Dias.
Rui Dias: “Otamendi vive agruras só ao nível dos primeiros tempos com a camisola encarnada”
“Para lá das qualidades técnicas e físicas, é um líder da cabeça aos pés, uma referência pelo exemplo, nos treinos e nos jogos; pelas opções que toma em defesa do grupo, pelo modo como aglutina vontades, desperta os inertes, tranquiliza os nervosos e é a voz de cada um no universo que é o clube. Qualquer equipa é mais forte com um jogador que associe tantas qualidades a um prestígio planetário indiscutível”, considera Rui Dias.
“Na quinta época na Luz, Otamendi vive agruras só ao nível dos primeiros tempos com a camisola encarnada. E compreendem-se as razões: tem somado erros, alguns graves, e a sua presença no onze implica o afastamento de António Silva, um dos mais promissores centrais da Europa, com 20 anos, potencial negócio milionário para o Benfica e um dos jogadores mais queridos dos adeptos”, argumenta Rui Dias.
“Campeão do Mundo, com 25 títulos conquistados como profissional, tem resistido a sucessivas falhas comprometedoras, que excedem em larga escala as simples imprecisões técnicas; não são domínios mal feitos, passes transviados, interceções frustradas, caprichos da bola; são erros estruturais, o mais importante dos quais a perda de marcação em zonas problemáticas e a má avaliação dos tempos de contenção, que abrem autoestradas a adversários mais rápidos. Na memória coletiva só têm lugar os desvarios que acabam em golo. Mas o número total é muito maior”, afirma Rui Dias.
“As falhas que o penalizam são mais profundas do que a idade avançada – são consequência de um perfil futebolístico imutável –, prova de que o tempo não lhe trouxe tranquilidade e sabedoria para moderar os ímpetos juvenis trazidos do berço. O Benfica deve preparar já a sucessão, ir ao mercado de inverno e desenhar despedida condigna a um jogador que, sem se dar por isso, caminha para os 200 jogos de águia ao peito”, finaliza Rui Dias.