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Futebol
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O Boca Juniors – Benfica, disputado nesta segunda-feira, a contar para a primeira jornada do grupo C do Mundial de Clubes, foi um duelo cheio de emoção e história. Para além dos dois golos de cada lado, o jogo bateu um recorde estatístico interessante, mas com poucos motivos para celebrar: foi o jogo com menos tempo útil da prova.
Segundo a Opta, plataforma de estatísticas desportivas de grande reconhecimento e utilidade mundial, o encontro teve apenas míseros 46 minutos e 21 segundos de tempo útil de jogo. Para título de comparação, a média na competição era, até então, de 56 minutos e 50 segundos, entre as outras partidas já disputadas.
O tempo útil de jogo foi apenas de 44 por cento (%), num encontro que teve mais de 100 minutos disputados com os 90 do costume mais o tempo de compensação. Ainda assim, alguns especialistas criticaram aquela que foi a atuação da equipa de arbitragem, que deu apenas 5 minutos de compensação na segunda parte, apesar do baixíssimo tempo útil de jogo.
Os argentinos queimaram imenso tempo do relógio através entradas duras, assistências médicas, reposições de bola lentas e decisões de arbitragem. Ao todo, foram 94 interrupções no jogo, bastante acima das 83 de média nas restantes partidas do Mundial de Clubes.
Ainda assim, o Benfica, que começou a perder o jogo por 2-0, conseguiu fazer dois golos até ao apito final e evitar uma derrota que seria trágica para as contas finais dos encarnados no objetivo de qualificação para os oitavos de final do Mundial de Clubes. A próxima partida das águias é frente ao Auckland City, da Nova Zelândia, que perdeu 10-0 na primeira jornada do grupo C, frente ao bayern Munique.
Imprensa espanhola não perdoou a fraca exibição do jovem lateral, que está associado ao Real Madrid, destacando a superioridade do defesa do conjunto argentino
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Numa partida onde Nicolás Otamendi foi um dos principais destaques, Álvaro Carreras foi considerado uma das desilusões no encontro que colocou frente a frente o Benfica e o Boca Juniors. Horas depois do encontro, o lateral espanhol, que pode estar de saída das águias, foi criticado pela sua exibição abaixo das expectativas.
Juan Lopesino: “Não conseguiu concretizar nenhum dos cruzamentos que tentou”
A fraca exibição do camisola 3 do Glorioso foi tida em conta no artigo do jornal AS, assinado pelo jornalista espanhol. Na sua peça, Lopesino considera que o lateral de 22 anos esteve em baixo de forma desde o minuto inicial: “E desde o primeiro minuto já se mostrou algo precipitado. Perdeu uma bola, recuperou-a imediatamente e voltou a perdê-la. A equipa não funcionava no meio campo rival e Carreras sentiu-o”.
Juan Lopesino: “A equipa não funcionava no meio campo rival e Carreras sentiu-o”
Seguindo a mesma análise, o jornalista do AS acrescentou ainda que o jovem defesa sentiu dificuldades nas manobras ofensivas e ainda apontou que o mesmo por vezes esteve em posição irregular: “Tentou encontrar o último passe a partir do flanco esquerdo, mas não conseguiu concretizar nenhum dos cruzamentos que tentou. Além disso, esteve fora de jogo em alguns lances de perigo”.
Juan Lopesino: “Tentou encontrar o último passe a partir do flanco esquerdo”
Para terminar, Juan Lopesino afirma que Carreras ficou bastantes furos abaixo do seu rendimento, comprovado pelo facto de não ter conseguido superar o confronto direto com Advíncula, lateral do Boca Juniors: “O peruano, rápido como poucos, travou-o com superioridade em vários lances”.
O jogo da estreia dos encarnados no Mundial de Clubes ficou marcado por um ‘abraço’ entre duas figuras históricas do futebol que jogaram juntos
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O Benfica estreou-se no Mundial de Clubes, esta segunda-feira, contra o Boca Juniors, num empate a duas bolas. De um lado, Di María, foi titular pelos encarnados e marcou o primeiro golo, de grande penalidade, antes do intervalo. Do outro lado, Edinson Cavani, representa o emblema argentino, mas devido a uma lesão, não teve a oportunidade de disputar o encontro.
Di María e Cavani foram ‘apanhados’ pela realização a partilhar um momento carinhoso antes da partida, em que deram um abraço no período de aquecimento, com algumas trocas de palavras, certamente simpáticas. Os atletas jogaram juntos no PSG, da França durante cinco temporadas entre 2015 e 2020.
Pelo PSG, Cavani fez 301 jogos e exatos 200 golos. O avançado uruguaio foi o parceiro favorito de Di Maria no ataque dos parisienses, já que o argentino fez 23 assistências para o companheiro de equipa, o número mais elevado de todos os colegas que jogaram no emblema francês durante a passagem do extremo.
Di Maria fez 295 jogos pelo PSG durante sete temporadas: apontou 92 golos e 112 assistências. É o clube em que o argentino teve melhores números na carreira, seguido do Benfica, consolidando assim, um lugar indiscutível na história dos parisienses, a par de Cavani, que é o segundo melhor marcador de sempre do clube.
Di Maria teve a chance de reencontrar-se com o amigo e ex-companheiro de equipa, num jogo em que ambos saem sem grandes motivos de celebração, já que o encontro terminou empatado 2-2, com 1 ponto retribuído a cada conjunto. Ainda assim, o argentino foi o primeiro marcador de sempre do Benfica no Mundial de Clubes da FIFA.
Confira aqui o vídeo:
Especialista em questões de arbitragem não poupou nas críticas à prestação do juiz que esteve em evidência na estreia das águias no Mundial de Clubes
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A arbitragem do Boca Juniors - Benfica ainda continua a fazer correr muita tinta e tudo se deve a César Ramos. Nesse sentido, Jorge Faustino esta terça-feira, 17 de junho, comentou as incidências da partida, acabando por 'arrasar' a postura do juiz mexicano, tendo mesmo apontado vários erros na partida que marcou a estreia das águias no Mundial Clubes.
Jorge Faustino: "Uma das piores arbitragens que vi nos últimos anos"
"Uma das piores arbitragens que vi nos últimos anos: falta de personalidade, fraco técnica e disciplinarmente e uma total incapacidade de perceber o jogo e de gerir os jogadores. Péssima arbitragem", começou por fazer notar Jorge Faustino, em declarações ao jornal Record, acabando por avaliar César Ramos com nota 1.
Relativamente a um dos momentos mais decisivos, Jorge Faustino comentou o lance, aos 76 minutos, no qual ficou uma grande penalidade por assinalar a favor dos encarnados, momento esse que não foi concedido pelo árbitro, uma vez que César Ramos assinalou posição irregular a Kerem Akturkoglu.
"Ayrton Costa em tacle deslizante, derrubou Pavlidis no interior da sua área. A bola depois sobrou para Aktürkoglü em fora de jogo, mas a primeira infração foi o penálti. Erro grave", referiu Jorge Faustino sobre o lance, confirmando, assim, o erro de César Ramos que acabou por prejudicar o Benfica frente ao Boca Juniors na estreia do Mundial de Clubes.
Recorde-se que este lance já tinha sido abordado por Pedro Henriques esta terça-feira. "Mais um erro grosseiro do árbitro que assinalou um fora de jogo a Akturkoglu que aconteceu depois de uma entrada a varrer em tackle de Jorge Figal sobre Pavlidis na área do Boca e que com as repetições mostram um muito claro e óbvio penálti que ficou por assinalar", referiu o antigo juiz português.