Depois do Benfica - Sporting, Trubin distinção importante

Pouco mais de três dias depois do fim do encontro entre o Benfica e o Sporting, as reações ao resultado continuam a surgir e desta vez foi Pedro Brinca. O cronista do jornal Record partilhou os seus pensamentos sobre o que aconteceu no dérbi eterno e no seu texto deixou várias críticas, visando também o anti-jogo que a equipa leonina praticou.

No seu texto de opinião, publicado na edição impressa do díário desportivo, o economista começou por dizer que não teve a oportunidade assistir ao encontro ao vivo: “Comprei um bilhete de avião que me faria chegar às 4 da tarde à Portela e me dava hora e meia para chegar ao estádio. Mas o habitual atraso das companhias aéreas fez com que aterrasse duas horas depois do previsto, com a notícia que o Benfica estava a perder por 1-0”.

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Obrigado a assistir ao que restou da partida entre as águias e leões através de um telemóvel, o cronista mostrou-se frustrado com a forma de jogo dos verdes e brancos. “Tendo visto apenas parte da segunda parte, e no telemóvel, irritou-me solenemente o anti-jogo constante e as simulações dos jogadores do Sporting. Estou com o nosso capitão quando diz que os jogadores adversários passaram mais tempo a deitarem-se no chão do que a querer disputar o jogo”, atirou.

Pedro Brinca - Irritou-me solenemente o anti-jogo constante e as simulações dos jogadores do Sporting

Ainda sobre o anti-jogo da equipa de Rui Borges, o adepto das águias deixa um apelo: “Não há nada mais frustrante para um adepto que está ansioso pela luta pelo resultado do que ver batoteiros e trambiqueiros a atirarem-se para o chão, a atingirem adversários e a dizer que tocaram na bola.. chega de batoteiros!”.

Por fim, deixou uma certeza sobre os técnicos das duas equipas: “Confirmando-se o título na próxima jornada, creio que Rui Borges continuará como treinador do Sporting na próxima época. Bruno Lage terá em Braga e na final da Taça de Portugal, outra vez com o Sporting, a oportunidade de diminuir a desconfiança com que partirá para a próxima época, se continuar – como eu gostaria que continuasse”.

Nuno Magalhães, que teceu duras críticas a Andreas Schjelderup, acabou por analisar o Benfica - Sporting, em declarações à Antena 1. O presidente da Mesa da Assembleia Geral da SAD do Clube da Luz 'atirou-se' à arbitragem de João Pinheiro, que acabou por 'perdoar' um penálti claro aos verdes e brancos. 

Nuno Magalhães - João Pinheiro provou que é muito pior árbitro do que pensa e do que pensam dele

"O Benfica não ganhou por culpa própria e também de uma exibição desastrada do árbitro. [O onze inicial de Bruno Lage] Não me causou incómodo, até achei a opção natural, jogou com a equipa titular da segunda volta, com todos em condições. Não achei que Di María estivesse completamente em condições, via-se que estava um pouco retraído, e, é justo dizê-lo, apanhou a pior parte do Benfica, não foi só o Di María que entrou sonolento, que entrou com receio do Sporting", começou por dizer o dirigente das águias. 

"O golo do Sporting é a imagem do receio com que o Benfica entrou. Ele [Gyokeres] é bom jogador, mas não é preciso irem três jogadores e deixarem outros jogadores que o Sporting, como o Trincão. Uma equipa que estava indecisa no que fazer, com receio a atacar e a defender. Di María tentou, como é sua obrigação, face ao currículo que tem, pegar no jogo mas não pegou bem. ninguém ficou surpreendido quando foi substituído", acrescentou Nuno Magalhães. 

"João Pinheiro provou que é muito pior árbitro do que pensa e do que pensam dele. Foi uma arbitragem de muito mau nível. Debast empurrou o Otamendi como o Benfica empurrou o Sporting na segunda parte. É um lance claro, óbvio e inequívoco. Podia perceber que João Pinheiro ficasse à espera do VAR, mas o VAR tem de ver e dizer. Tem clara interferência no jogo, é um penálti. Foi durante quase todo o jogo mandado por Hjulmand", disse. 

"As faltas aconteciam quando Hjulmand entendia que devia dar sinal ao árbitro para assinalar ou não falta. Passou o jogo todo a discutir e a dirigir o árbitro, foi uma espécie de quarto árbitro dentro de campo. Isso revela muito a personalidade de João Pinheiro. O Benfica teve 60 por cento de posse de bola e fez 24 faltas. O Sporting fez 14. João Pinheiro conseguiu marcar uma falta num lance em que um jogador do Benfica ia isolar-se quando é falta de Maxi Araújo sobre Di María e não o contrário. Isso foi reiterado", afirmou o dirigente do Benfica.

"Para o fim, o que me irritou ainda mais, é a diferença de critério no mesmo jogo. No início, à inglesa, com um critério largo, mais para um lado do que para outro, mas nos últimos 15 minutos não houve jogo porque, com medo de errar e do jogo e também do capitão Hjulmand, decidiu apitar tudo. Posso não concordar com o critério, mas quando é para os dois lados e até ao fim, tranquilo. Teve um critério adaptado ao jogo, a arbitragem teve influência", concluiu Nuno Magalhães. 

A polémica em torno das ações ligadas ao Benfica conheceu mais um capítulo durante a última semana. Depois da polémica a envolver a quota parte de Luís Filipe Vieira que, de sem o conhecimento do Glorioso, foi vendida a terceiros durante a realização de um leilão, autorizado pelo NovoBanco. Perante toda esta situação, o empresário José António dos Santos falou sobre o seu capital no Glorioso.

Numa nova entrevista ao jornal Negócios, o conhecido Rei dos Frangos voltou a falar sobre uma possível venda das ações que atualmente detém no Clube da Luz. Conforme disse o empresário, a eventual venda do capital encarnado apenas irá acontecer se os interessados corresponderem ao valor exigido, neste caso, 12€ por ação.

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Vale lembrar que José António dos Santos é atualmente o maior acionista individual da sociedade anónima desportiva do Clube da Luz, onde detém cerca de 16,38% das açóes. Além disso, parte deste capital também é detido pelo Grupo Valouro.

Na mesma entrevista que concedeu ao jornal Negócios, o Rei dos Frangos revelou que a última vez que foi abordado foi no final do ano passado. Segundo o empresário, investidores norte-americanos mostraram interesse em adquirir a sua parte na SAD das águias, mas ficaram aquém do valor que é pedido, ou seja, 12€ por ação.

Uma possível venda ainda não está a ser equacionada, ou seja, segundo o que disse José António dos Santos, o empresário está a aguardar pela prestação do Benfica no Mundial de Clubes, na expectativa de que as boas exibições das águias na prova, resultem num crescimento das ações que detém.