Dividas de Milhões! Benfica obrigado a vender titular para pagar despesas feitas no inverno

O Manchester City não vacilou na tarde deste domingo, dia 19 de maio, e conquistou o tetracampeonato. Com Bernardo Silva e Rúben Dias em campo, Pep Guardiola viu a formação azul e branca a erguer o troféu da Premier League ao bater o West Ham, por três bolas a uma. 

O encontro começou bem para a equipa dos ex-jogadores do Benfica que viram o colega Phil Foden, aos dois minutos de jogo. O internacional inglês voltou a estar em destaque, cerca de 15 minutos depois, quando bisou, fazendo o 2-0. 

Com a festa nas bancadas, ainda na primeira parte, o Manchester City e os adeptos ainda 'tremeram' quando o West Ham reduziu, no entanto, os citizens continuavam a estar mais perto do título. 

Ao abrir da segunda parte, aos 59 minutos, Rodri voltou a ser o herói para o novo campeão inglês e selou o resultado com um golaço que trouxe ainda mais festa às bancadas do reduto da formação de Pep Guardiola. 

Com esta vitória, o Manchester City sagrou-se campeão da Premier League, fazendo história ao ser o primeiro clube a chegar ao tetracampeonato em Inglaterra. Feita as contas, o Arsenal ocupa o segundo lugar da classificação, somando 89 pontos, e o Liverpool fecha o pódio, com 82 pontos. 

Após o fim da época, que ficou marcada pela ausência de títulos no Benfica, o antigo médio dos encarnados, Chiquinho, fez um balanço da prestação da turma de Roger Schmidt e ainda abordou a contestação dos adeptos. 

"Há temporadas que não correm como esperado. Estive lá nos primeiros seis meses e queríamos muito que as coisas corressem bem, até começámos da melhor forma, com a conquista da Supertaça, mas por um motivo ou outro as coisas não saíram da melhor maneira. Todas as épocas são importantes para refletirmos", começou por referir, em declarações à Sport TV. 

"Quando se ganha não está tudo mal, e quando se perde não se pode ver só a parte má. Acredito que a equipa aprendeu muito com esta época perdida, é nestes momentos que é preciso dar a volta por cima. É trabalhar em cima dos erros para fazer uma grande temporada agora", acrescentou, ainda, o atual jogador do Olympiacos, da Grécia. 

Quanto à 'revolta' dos adeptos, que se fizeram ouvir no exterior do reduto do Rio Ave no final do empate do Benfica, na sexta-feira, dia 17 de maio, Chiquinho voltou a reforçar a união como a solução. "Quando se trata de um clube como o Benfica, quando não ganhas as criticas não são só para o treinador, até para a direção são. Não há margem para erros. Quando as críticas já passam por atirar garrafas ou chamar nomes… toda a gente está sujeita à crítica, e é importante, mas em excesso não faz bem ao clube", refletiu. 

"O Benfica é muito grande e tem muita gente a falar dele. É importante estarem todos juntos. Já há muita gente para desestabilizar", completou o antigo médio do Glorioso, que fez parte do plantel que conquistou o 38.º título nacional sob comando técnico de Roger Schmidt, na época transata. 

Importa referir que o jogador português defendeu, ainda, a continuidade do treinador alemão no 'leme' do Clube da Luz, apesar da contestação dos adeptos que apontam a 'mira' a Roger Schmidt (confira mais AQUI). 

Nesta temporada, Chiquinho - avaliado em 4 milhões de euros - alinhou em 17 partidas pelos encarnados em 2023/24, somando somente 349 minutos em campo e realizando uma assistência. Desde a sua mudança para o Olympiacos fez 22 jogos, 1.689 minutos, onde marcou dois golos e fez duas assistências.

De Manto Sagrado vestido, Chiquinho realizou 126 jogos, onde marcou nove golos e registou nove assistências. O médio esteve nas águias entre os anos de 2019 e 2024, onde venceu uma Liga Portuguesas e duas Supertaças Cândido de Oliveira.

A venda de António Silva por parte do Benfica é cada vez mais uma certeza, especialmente devido às despesas contraídas no mercado de inverno pelas compras de Marcos Leonardo, Rollheiser e Carreras. As águias ainda não pagaram nenhuma das negociações, sendo que a venda do defesa-central facilitaria bastante os pagamentos.

No último mercado de transferências, o Benfica procurou adiar quaisquer pagamentos para julho, de modo a que entrassem apenas no relatório e contas da próxima temporada. Posto isto, tem agora em mãos a compra de 18 milhões de Marcos Leonardo, 9,5 milhões por Rollheiser e a cláusula de opção de compra de Carreras, por 6 milhões de euros.

Posto isto, a saída de António Silva é vista como o grande balão de oxigénio monetário do Benfica. O defesa-central português tem uma cláusula de rescisão de 100 milhões de euros e dificilmente será vendido por um montante menor. A saída do camisola 4 também vai permitir segurar João Neves por mais uma temporada.

Esta temporada, António Silva - avaliado em 45 milhões de euros pelo portal Transfermarkt - marcou presença em 49 encontros, onde registou dois golos. Já na época passada, ano em que se estreou na formação de Roger Schmidt, o defesa alinhou em 44 partidas, somando cinco tentos, sem contabilizar qualquer assistência.

No Clube da Luz, onde atua de águia ao peito desde a temporada de 2015/16, oriundo do Viseu United FC, o central do Benfica passou por vários escalões da formação, sendo que soma neste momento 93 presenças na equipa principal, tendo feito o gosto ao pé com o Manto Sagrado em sete ocasiões.