Lage revela tempo de paragem de Di María, na antevisão ao Benfica - Famalicão

Bruno Lage marcou presença esta quinta-feira, 16 de janeiro, para fazer a antevisão ao duelo do Benfica com o Famalicão, a valer para a 18.ª jornada da Liga Portugal Betclic. O encontro está agendado para as 20h15 da próxima sexta-feira, no Estádio da Luz. Confira tudo o que disse o técnico encarnado aos jornalistas.

É o quinto jogo em 14 dias: isso tem impacto no jogo de amanhã?

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"Não é compararmos o número de jogos relativamente ao nosso adversário, mas sim jogar com apenas dois dias de intervalo. A equipa tem dado boa resposta e se queremos um plantel que dê garantias para lutar por títulos temos de estar preparados para isso. A equipa vai apresentar-se bem, frente a um adversário competente, com um novo treinador que conhece a casa. Vai ser determinante a energia, quer a nossa quer a de fora. É importante o apoio dos adeptos, faz a diferença. Sentimos na Taça da liga, na Taça de Portugal os adeptos empurram a equipa para frente, isso dá motivação extra".

Teme que a equipa esteja refém dos destaques individuais?

"Quem tem desbloqueado os jogos é a formação do coletivo. Podemos dizer que é o jogar A ou B daquela equipa, mas coletivamente a nossa equipa tem funcionado. Queremos continuar a evoluir, com consistência para fazer grandes exibições. Temos imensos jogadores com golos, revela que há um trabalho coletivo e que temos valores individuais muito bons que ajuda a equipa a vencer os jogos".

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"Ele desempenha também bem a posição de lateral direito, fez dois jogos muito bons para quem não tem a rotina de jogar naquela posição. Estamos muito satisfeitos com ele. Tem sido tema de conversa centre mim e o António [Silva]: "no momento em que não estás a jogar tens de te preparar para estares pronto e dares boas respostas'. O António Silva fez isso, preparou-se em silêncio, difícil, campeão nacional, internacional, ..., mas teve sempre um comportamento exemplar e quando a equipa precisou dele deu boa resposta. É bom termos mais do que um jogador a ocupar mais do que uma posição e bem".

Depois de assobios recebeu apoio em Leiria e em Faro. Já afastou a desconfiança? Os adeptos pediram-lhe um avançado e disse que não passava por si. Não pediu jogadores ao presidente?

"Se há pessoa que sabe a exigência de cá estar sou eu. Numa conversa depois da Taça da Liga, um jogador disse-me 'se calhar os adeptos vão estar mais satisfeitos', mas eu disse que não, temos de ganhar na Taça de Portugal. A exigência do adepto do Benfica é essa. Sinto o apoio dos adeptos, mas independentemente disso amanhã há um jogo a cumprir, o treinador que cá está tem de vencer o próximo jogo. Sobre o mercado, temos de estar sempre atentos às oportunidades, quer eventuais saídas ou entradas. Quem vier, seja qual for a posição, tem de ser com qualidade e talento para a equipa continuar a vencer".

Lesão de Renato Santos pode dar mais minutos a Rolleiser? Como gere mais uma lesão?

"É de mentalidade de campeão. É como perder: quando se perde tem de se olhar para o jogo seguinte. Só assim se consegue. O Renato tem tido essa capacidade. Temos visto isso, é um menino da nossa formação a erguer um troféu, agora mais uma lesão. Agora é trabalhar para regressar forte, sabendo que tem gente deste lado que o apoia imenso. O Renato é um médio, o Rollheiser joga mais à frente. Para o Rollheiser, Prestianni, Rego, todos têm de entender o que quero para aquelas posições. Perceber o que se quer em cada posição e o treinador perceber o que de bom se tem para tentar tirar proveito e trabalhar os pontos menos fortes. O Andreas fez isso muito bem, atitude na transição mais forte, qualidade de jogo mais ofensiva. Quero finalizações mais sérias, ele fez isso contra o Sporitng, e com o Farense deu-nos outro. É um exemplo da nossa forma de trabalhar e eles entenderem o que eu quero nas diversas posições".

Tempo de paragem de Di María? Pondera alterar o sistema?

"Já se apresentou hoje sem dor, será apenas um jogo [de paragem]. Independentemente do sistema, o que quero é dinâmica, e quem jogar terá de ter dinâmica que entendo que deve existir".

Jogo mais maduro de Rollheiser, aplica o mesmo a Beste?

"Falei em 'adulto' sobre o Andreas no sentido de não sentir de ter de fazer um golo para o treinador olhar para ele. Na zona ofensiva temos de ser mais agressivos e não receber tanto a bola em frente à nossa linha defensiva. É para todos, não apenas para um. Beste? Teve uma entrada muito boa na equipa, ajudou-nos principalmente frente a linhas de cinco, qualidade boa nos cruzamentos, teve golos, assistências que nos ajudaram a consolidar resultados. Proposta de mercado? É olhar para a resposta, o rendimento do jogador, a opinião do jogador e decidirmos o que é melhor para todas as partes".

Lesões de Renato Sanches, que lhe diz o departamento médico do Benfica. Beste está melhor?

"Não vou dizer mais nada sobre o mercado. Sobre o Renato, qualquer coisa que diga não será apropriado, o departamento médico é que pode falar de uma forma mais concreta sobre a sua situação. Caiu, tem de se levantar, recuperar. Estaremos cá para o ajudar novamente. Beste já treinou."

O Famalicão já ganhou ao Benfica esta época, isso serve de aviso? Falou sobre isso com os jogadores?

"Falámos com os jogadores da mesma forma de sempre, temos de estar preparados para tudo. Não podemos sofrer dois golos consecutvos, numa bola parada e num canto. O objetivo é melhorar, ser muito assertivos com os jogadores, que têm dado boa resposta a jogar de dois em dois dias. É isso que pretendemos."

Bruno Lage marcou presença na sala de imprensa do Seixal para fazer a antevisão ao duelo com o Famalicão. O treinador do Benfica acabou por ser 'confrontado' com a importância das individualidades para o desbloqueio do jogo. 

No entanto, em conversa com os jornalistas, o técnico encarnado acabou por 'descartar' essa teoria, desvalorizando as críticas a Kerem Akturkoglu, a quem já apontaram uma certa "perda de gás", face ao baixo rendimento que o turco apresenta atualmente. Bruno Lage optou por salientar a importância do coletivo.

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"Acho que tem sido a força do coletivo a desbloquear os jogos. É a minha opinião. Se formos olhar para as outras equipas, vamos dizer que é o jogador A ou B. A equipa tem funcionado e há coisas que podemos evoluir. Há uma coisa curiosa: temos imensos jogadores com golos e boas exibições", começou por referir o técnico das águias.

Bruno Lage: Acho que tem sido a força do coletivo a desbloquear os jogos

"A equipa joga em função do coletivo, mas consciente que há jogadores que podem ajudar a equipa a vencer os jogos", concluiu Bruno Lage, voltando a destacar o coletivo ao invés das individualidades no plantel do Benfica. 

Recorde-se que, os pupilos de Bruno Lage voltam a casa para receber o Famalicão, no Estádio da Luz. O Benfica mede forças com a equipa minhota na próxima sexta-feira, 17 de janeiro, às 20h15, no regresso ao Campeonato Nacional. 

Relativamente à classificação da Liga Portugal Betclic, o atual líder é o Sporting, que soma 41 pontos. O Porto segue em segundo lugar, com 40 pontos, e o Benfica ocupa a terceira posição, estando a dois pontos do eterno rival do Norte. Refira-se que, as águias surgem de um triunfo frente ao Farense, por 3-1, que assegurou a passagem do Glorioso aos quartos de final da Taça de Portugal.

Voltam a soar os alarmes no Benfica em relação a Vangelis Pavlidis. Numa altura em que atravessa uma seca de golos no Benfica, o internacional helénico bateu mais um recorde negativo no Clube da Luz, uma vez que os números apresentados pelo camisola 14 das águias não se viam há mais de 10 anos.

Num total de 1.226 minutos de utilização no Campeonato Nacional, o avançado marcou a Casa Pia, Boavista, Farense e Estoril, nenhum dos quais de penálti, precisando em média de 307 minutos para marcar um golo, ou seja mais de cinco horas de jogo.

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Dos três avançados que compõem o plantel de Bruno Lage, o grego é o menos produtivo na relação utilização/golos marcados, uma vez que Amdouni soma cinco golos em 356 minutos de participação na Liga Portugal (um golo a cada 71 minutos) e Arthur Cabral leva oito tentos em 1.550 minutos, que lhe conferem uma média de um golo a cada 194 minutos.

Como se não bastasse, nos últimos 10 anos, o internacional helénico é o que necessita de mais tempo para 'faturar', logo seguido pelo argentino Facundo Ferreyra. O jogador proveniente do Shakhtar Donetsk em 2018 assinou um golo em somente 289 minutos, divididos por seis encontros.

Esta temporada, com a camisola do Benfica, Vangelis Pavlidis – atualmente com um valor de mercado fixado nos 23 milhões de euros – marcou presença em 28 encontros: 17 na Liga Portugal Betclic, seis na Liga dos Campeões, dois na Taça de Portugal e três na Taça da Liga. Ao todo, nos 1.839 minutos em que esteve dentro das quatro linhas, o ponta-de-lança grego apontou sete golos, somando ainda quatro assistências.

Vangelis Pavlidis, recorde-se, chegou ao Benfica no início da presente temporada, oriundo do AZ Alkmaar, a troco de 18 milhões de euros, mais 2 mediante a concretização de determinados objetivos. O internacional grego tem contrato com o Clube da Luz até junho de 2029 e uma cláusula de rescisão de 100 milhões de euros.