Muller quer ajudar Benfica a ser campeão: "Têm que ter fome, como disse Mourinho"

João Braz Frade criticou a arbitragem do último jogo do Benfica e pede ação urgente de Rui Costa e à Federação Portuguesa de Futebol. O antigo vice-presidente juntou-se ao coro de críticas que têm marcado o futebol português nos últimos dias, referindo que o Sporting tem sido o mais beneficiado e exige explicações por parte do Conselho de Arbitragem, liderado por Luciano Gonçalves.

J. Braz Frade: "Os clubes estão todos a protestar menos um”

“Quando há maus resultados, a culpa é do presidente. Na arbitragem também é. A culpa é de um senhor, que é o presidente do CA, e que deixa que esta bandalheira se tenha instalado. Os clubes estão todos a protestar menos um”, reforçou o antigo dirigente, numa alusão aos leões.

Em declarações na rádio Renascença, João Braz Frade sustenta que o futebol português precisa de outra abordagem às decisões dos árbitros. “Na arbitragem não se pode ter nacional porreirismo. Têm de ser decisões claras e iguais ou muito parecidas para todos os clubes. E não é isso que acontece”, lamentou.

J. Braz Frade: "Só os do Sporting não protestam porque têm sido os mais favorecidos”

O mesmo sublinhou que “os dirigentes do Braga, Porto e Benfica protestaram. Só os do Sporting não protestam porque têm sido os mais favorecidos”, acrescentou. João Braz Frade espera ainda que Rui Costa faça “melhor” do que aquilo que tem feito no âmbito desportivo.

“Esta nova Direção tem obrigação de fazer muito melhor em termos desportivos do que aquilo que fez a anterior. Não é uma carta em branco, têm mesmo essa obrigação. Rui Costa fez o que a oposição exigia e mudou toda a equipa do futebol”, disse João Braz Frade.

A Associação Portuguesa de Árbitros de Futebol (APAF) apresentou uma participação ao Conselho de Disciplina da Federação Portuguesa de Futebol contra António Silva, defesa central do Benfica, pelas declarações proferidas após o empate com o Casa Pia (2-2), na 11.ª jornada da Liga.

De acordo com a informação avançada pela Antena 1, as declarações do internacional português foram consideras como uma afronta à integridade da arbitragem portuguesa. O futebolista, que envergou a braçadeira de capitão na ausência de Nicolás Otamendi, não poupou críticas ao árbitro da partida.

A. Silva: “Este fim-de-semana ficou claro aquilo que se passa no nosso futebol"

“Este fim-de-semana ficou claro aquilo que se passa no nosso futebol. Aquilo que o protocolo diz é que, se a bola vem de um ressalto e vai à mão, não é penálti. Não consigo compreender como é que o árbitro acaba por decidir-se por penálti contra nós. Condicionou o jogo”, afirmou, visivelmente frustrado com o empate.

A. Silva: “A arbitragem está muito condicionada e este fim-de-semana isso ficou bem claro"

O jogador de 22 anos de idade reforçou ainda o seu desagrado para com a atuação da equipa de arbitragem, deixando no ar uma crítica ao estado geral do futebol em Portugal: “A arbitragem está muito condicionada e este fim-de-semana isso ficou bem claro", referiu, em alusão também ao golo polémico do Sporting.

A polémica instalou-se rapidamente, num contexto em que também José Mourinho e Rui Costa manifestaram desagrado com a arbitragem do mesmo encontro. O técnico encarnado afirmou que parte da responsabilidade pelo empate também passava pelas decisões do árbitro e do VAR.

O empate entre o Benfica e o Casa Pia (2-2) continua a gerar muita polémica, desta vez devido ao relatório do árbitro Gustavo Correia, que detalha as ameaças e insultos feitos por Mário Branco, diretor-geral das águias, no final da partida disputada no Estádio da Luz.

“Informo que o Sr. Mário Jorge dos Santos Branco, diretor-geral da equipa A (Benfica) no final do jogo, entrou no terreno de jogo, dirigindo-se a mim proferindo as seguintes palavras: ‘Honra as insígnias que tens ao peito, és uma vergonha do c******! Vou rebentar contigo e com o João Bento que era o VAR!’”, pode ler-se.

Gustavo Correia decidiu agir de imediato: “Motivo pelo qual lhe exibi cartão vermelho direto”. Contudo, o comportamento do dirigente não terminou nesse momento. O juiz descreve ainda que Mário Branco perseguiu a equipa de arbitragem durante a saída do relvado, mantendo o tom ameaçador e repetindo insultos.

"Vou-te rebentar a ti e ao João Bento!"

“Informo ainda que o mesmo perseguiu a equipa de arbitragem durante o percurso da saída do relvado até ao corredor dos balneários, preferindo as seguintes palavras para mim: ‘Podes ter a certeza que eu vou-te rebentar todo, olha o que eu te digo! Vou-te rebentar a ti e ao João Bento! Não vales m**** nenhuma, nem tu nem ele! Palhaços do c******, é uma vergonha, o que nos fizeram hoje aqui foi uma vergonha.’”

Mário Branco foi expulso no final da partida, na sequência do comportamento agressivo descrito por Gustavo Correia. O episódio deverá agora ser analisado pelo Conselho de Disciplina da Federação Portuguesa de Futebol, que poderá aplicar uma sanção disciplinar severa ao dirigente.