Nuno Campilho
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08 Abr 2025 | 16:54

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Nuno Campilho

Reproduzo, com agrado, uma palavra – que também é um conceito, mas, já lá vamos – várias vezes repetida pelo treinador, após o jogo frente ao FC Porto


Reproduzo, com agrado, uma palavra – que também é um conceito, mas, já lá vamos – várias vezes repetida pelo treinador Bruno Lage, após o jogo frente ao FC Porto.


E reproduzo, com agrado, pelo resultado, pela exibição e por ser dele. Não que me agrade por aí além, sou mais fã da palavra (e do conceito, lá está) consistência, algo que ele próprio também já referiu.


Sendo assim, centremo-nos no conceito.

O que o Benfica demonstrou, no Dragão, vai muito para além da determinação. No entanto e para não ferir suscetibilidades, baseemo-nos nisso.

O que eu vi foi um Benfica profundamente concentrado, rigoroso na disposição em campo e muito competente na forma como estancou qualquer possibilidade de ataque perigoso do seu adversário, se excepcionarmos duas perdas de bola (António Silva e Florentino) e o golo, que resultou, do meu ponto de vista, de algum desequilíbrio causado pela necessidade de voltar a adaptar o Dahl a defesa direito e à falta de determinação (curioso) do Kökçü em atacar a bola, quando ela foi passada para o Fábio Vieira, antes do remate na sequência do qual o Samu concretizou o único golo portista no desafio.

Se estivéssemos a ver o jogo pelos “olhos” de um drone, facilmente nos aperceberíamos do bloco coeso e consistente formado pelos 10 jogadores do Benfica, estrategicamente colocados atrás da linha da bola e com marcações cerradas sobre os flancos, impendindo os laterais contrários de subir e retirando qualquer possibilidade de criação de superioridade numérica provocada pelos “falsos” extremos que, perante tamanha presença e agressividade, não sabiam bem se haviam de jogar por fora, se por dentro.

Perante esta visível dificuldade de progressão, o recuo do Fábio Vieira tornou-se inevitável, fazendo com que o Eustáquio fosse um elemento estranho dentro da equipa (nem defendia, nem atacava, nem progredia, com bola, em transição ofensiva). Restou ao Porto tentar colocar bolas entre linhas, mas, aqui, desde a subida em antecipação dos centrais, até à interceção da bola por parte dos laterais benfiquistas (bem protegidos pelo rigor defensivo – e até não muito usual, do Di Maria e do Aktürkoğlu –) foi um ver se te avias de recuperações de bola. Isto, quando ela lá chegava, pois a espantosa exibição do Aursnes, sem bola, cobrindo toda a largura daquele estádio (e de outro, se o houvesse), constituiu a primeira lição tática que nos conduziu a um resultado que, a pecar, só por escasso.

O domínio foi total e absoluto, o que terá resultado, certamente, de uma muito competente e audaz preparação do jogo e à entrega inexcedível de todos os jogadores. Roçaram o brilhantismo na interpretação tática e souberam (e conseguiram) atacar em bloco, na medida em que também o faziam, defensivamente, conseguindo, com isso, ser rápidos, fluídos, eficazes e letais. O melhor jogador do FC Porto terá sido o poste esquerdo da baliza portista, durante a primeira parte.

Isto de chegar sempre primeiro, pensar sempre à frente do adversário e saber o que fazer à bola quando se tem posse e saber como se posicionar em campo, quando não se tem, não só não está ao alcance de todos, como antecipa, inevitavelmente, o sucesso, e, neste caso, de forma retumbante e “sem espinhas”.

Eu tenho por hábito pedir aos jogadores e aos treinadores do Benfica, que sejam sérios, que respeitem o manto sagrado que envergam e que honrem o símbolo que carregam. Traduzido em miúdos e depois do que vi, domingo, no Dragão, vou passar a ser bem menos prolixo. Façam sempre o mesmo que fizeram no Porto e… o Campeão Voltou!!

Por falar em determinação, alguém que diga aos “simpáticos” treinadores do Porto e do Sporting que, determinação não é sair “de fininho” do relvado, antes dos seus jogadores, assim como quem não quer a coisa e na expectativa que ninguém repare; assim como também não é deslustrar as características e performances de um seu jogador, só para disfarçar as suas próprias incapacidades para gerir o talento de cada um, independentemente da sua posição em campo e das alternâncias que são necessárias para manter a equipa sempre em alta, sempre concentrada e sempre “ligada” (como esteve o Benfica, desde o primeiro ao último minuto). E ainda diziam que o Pavlidis era um flop, e que o Belotti está em ocaso de carreira e é velho. É como diz o outro, quando não se sabe dançar…

Foco, concentração, consistência… determinação!! Encontramo-nos no Marquês e, já agora, no Jamor. Mas, sem bazófias, se faz favor…

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Nuno Campilho
Nuno Campilho

16 Abr 2025 | 06:00

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Nobre Vagabundo

Eu não embarco na teoria da premeditação, mas lá que esta decisão comporta todos os ingredientes para tal, lá isso comporta

Nuno Campilho
Tiago Godinho

14 Abr 2025 | 13:35

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Campeão, apesar da gestão

O resultado do jogo de ontem, 13 de abril no Estádio da Luz, foi um rude golpe no bom momento que a equipa do Sport Lisboa e Benfica vivia

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Nuno Campilho
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16 Abr 2025 | 06:00

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João Diogo Manteigas
João Diogo Manteigas

Corte a ... Direito: Saber Comunicar (no Desporto)

A comunicação do Sport Lisboa e Benfica é um dos principais alvos a mudar urgentemente. Não há estratégia que aguente com comunicados tardios

15 Abr 2025 | 06:00

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Tiago Godinho
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14 Abr 2025 | 13:35

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