Agora é a sério! Prestianni pode deixar o Benfica em breve

David Luiz revelou que chegou ao Benfica lesionado, uma situação que passou ao lado do Presidente das águias, que na altura era Luís Filipe Vieira. O defesa-central brasileiro concedeu uma entrevista ao Gazzetta dello Sport, onde comentou a chegada e a passagem pelo Clube da Luz.

David Luiz: "Fiz os exames médicos e não passei. O presidente, obviamente, não sabia disso"

"Em janeiro de 2007, o Benfica vendeu Ricardo Rocha ao Tottenham. O clube já tinha algumas dívidas antigas ao meu agente, então ele foi ao Benfica e propôs o meu nome para saldar a dívida. Faltavam poucos dias para o fim do período de transferências de inverno e o clube não tinha outros defesas disponíveis", começou por explicar David Luiz - que fez história na Champions recentemente.

O defesa-central, que hoje alinha no Pafos, prosseguiu: "Eu jogava na terceira divisão; com o Vitória tínhamos acabado de subir à segunda. Tinha uma pubalgia e mal conseguia andar. Cheguei a Lisboa a 31 de janeiro, no dia seguinte fiz os exames médicos e não passei. O presidente, obviamente, não sabia disso. Permaneceu um segredo".

"Durante três meses, chegava três horas antes aos treinos para fazer fisioterapia, depois treinava com o resto da equipa como se estivesse bem. Mas sentia-me mal: não conseguia correr, controlar a bola ou passá-la. Nem o treinador sabia do meu estado e considerava-me fraco. Só em abril joguei o meu primeiro jogo", rematou David Luiz.

A terminar, o antigo jogador das águias também comentou o interesse do rival do norte: "O meu contrato terminava em junho e o Benfica ofereceu-me 3.000 euros por mês. Tinha 20 anos. O FC Porto veio ter comigo com um contrato de cinco anos, com valores muito superiores. Eu não era uma prioridade para o Benfica e o FC Porto queria-me mesmo. Então liguei aos meus pais, e o meu pai disse-me: 'Não cuspas no prato onde comeste. Respeita as pessoas que acreditaram em ti. Assina pel o Benfica, não pelo dinheiro'. Foi uma grande lição de vida".

Orgulho pela vitória e foco no que está para vir. Estas foram as principais mensagens partilhadas pelos jogadores do Benfica nas redes sociais, após a vitória, no Estádio da Luz, sobre o Nápoles. A partida, referente à sexta jornada da Liga dos Campeões, voltou a dar esperança às águias de um apuramento para a fase seguinte da prova milionária.

Trubin: "Há muita conversa à volta, mas a resposta está sempre dentro de campo"

"Há muita conversa à volta, mas a resposta está sempre dentro de campo. A equipa fez um grande trabalho e conseguiu uma vitória importante em casa. Temos novos desafios pela frente, por isso continuamos a trabalhar com dedicação", escreveu Trubin, que chegou a ser criticado depois do dérbi com o Sporting.

Leandro Barreiro também comentou a vitória, não esquecendo o seu momento: "Vitória, folha limpa [não sofrer golos] e golo. As noites de Champions League são sempre especiais". Sudakov acrescentou algo na mesma linha que o luxemburguês: "Todas as noites são especiais na Liga dos Campeões. Que equipa! Que adeptos! Continuem a lutar!".

Franjo Ivanovic voltou a ser titular pelo Benfica, ficando com o lugar que habitualmente é de Vangelis Pavlidis. O ponta-de-lança croata, que tem sentido dificuldades para se assumir na Luz, também deixou a sua mensagem de força: "Vamos Benfica!!! 3 pontos".

Por último, destaque para os dois estreantes na equipa encarnada: José Neto publicou várias imagens da noite em que fez o primeiro jogo na Liga dos Campeões, com referência ao resultado final. Já na publicação de Tiago Freitas, destacaram-se as mensagens de força dos amigos do jogador.

Vangelis Pavlidis considera que a sua cláusula de rescisão, fixada nos 100 milhões de euros, é um "exagero". O ponta-de-lança helénico concedeu uma entrevista ao portal 'Athletiko', da Grécia, e abordou vários temas, desde o futebol em Portugal até à chegada de José Mourinho ao Clube da Luz.

Pavlidis: "É um exagero. Ler 100 milhões... Sei onde comecei, mas o futuro nunca se sabe"

"Pessoalmente, considero que a Liga holandesa está num nível muito elevado. É de grande qualidade. Exige muita técnica, corre-se muito, é muito veloz. E bem mais aberta. As equipas querem dar espetáculo, não se fecham. Quando estava no Willem, tentávamos jogar contra o PSV olhos nos olhos", começou por apontar Pavlidis - um dos destaques das águias esta temporada.

O ponta-de-lança do Benfica prosseguiu: "Aqui, em Portugal, é mais tático, mais bloco baixo. Serve mais para atrasar o jogo, é diferente. Joga-se mais para o resultado do que para a exibição. A equipa mais pequena vai tentar, desde o primeiro minuto, fazer antijogo para tirar algo do jogo, mesmo que seja um ponto. Na Holanda, não se jogava para o empate".

Depois, Pavlidis abordou os 100 milhões de euros na sua cláusula de rescisão: "Quando vejo coisas assim, nem consigo pensar nisso. Digo sempre que são exageros. Não sei por que razão escrevem isso, como é que escrevem ou onde encontram [as notícias de transferências]. É um exagero. Ler 100 milhões... Sei onde comecei, mas o futuro nunca se sabe. Se me perguntassem há cinco anos onde é que estaria, se estaria no Benfica e se teria marcado estes golos, diria que estavam loucos. Estou a aproveitar, a passar um bom momento. Estou a gostar da minha vida aqui, e o que tiver de acontecer no futuro, acontecerá. Acredito no destino. Cheguei a fazer planos nos verões passados que nunca aconteceram...".

Pavlidis sobre José Mourinho: "É especial. Um treinador muito especial"

A terminar, o ponta-de-lança do Benfica comentou a chegada de José Mourinho à Luz: "É especial. Um treinador muito especial. Aquilo que mostra nas conferências é muito diferente daquilo que é no dia-a-dia. É muito mais simples, descontraído. Trabalhar com ele tem sido, em primeiro lugar, uma experiência muito grande para mim. É alguém muito exigente no treino. Nesse momento não há brincadeira".

"Mas fora do treino, conta as suas histórias, as suas piadas, brinca connosco... É especial, mesmo. Na conferência antes do jogo com o Ajax estive com ele na sala [de imprensa] e era como se estivesse a ver aquilo no YouTube. Como quando víamos as coisas dele no YouTube. Só que estava tudo ali. A quantidade de experiências que podemos ter num curto espaço de tempo com uma pessoa destas... O futebol é assim", rematou Pavlidis.