Craques do Benfica reagem a vitória sobre o Nápoles: "Há muita conversa..."

Vangelis Pavlidis considera que a sua cláusula de rescisão, fixada nos 100 milhões de euros, é um "exagero". O ponta-de-lança helénico concedeu uma entrevista ao portal 'Athletiko', da Grécia, e abordou vários temas, desde o futebol em Portugal até à chegada de José Mourinho ao Clube da Luz.

Pavlidis: "É um exagero. Ler 100 milhões... Sei onde comecei, mas o futuro nunca se sabe"

"Pessoalmente, considero que a Liga holandesa está num nível muito elevado. É de grande qualidade. Exige muita técnica, corre-se muito, é muito veloz. E bem mais aberta. As equipas querem dar espetáculo, não se fecham. Quando estava no Willem, tentávamos jogar contra o PSV olhos nos olhos", começou por apontar Pavlidis - um dos destaques das águias esta temporada.

O ponta-de-lança do Benfica prosseguiu: "Aqui, em Portugal, é mais tático, mais bloco baixo. Serve mais para atrasar o jogo, é diferente. Joga-se mais para o resultado do que para a exibição. A equipa mais pequena vai tentar, desde o primeiro minuto, fazer antijogo para tirar algo do jogo, mesmo que seja um ponto. Na Holanda, não se jogava para o empate".

Depois, Pavlidis abordou os 100 milhões de euros na sua cláusula de rescisão: "Quando vejo coisas assim, nem consigo pensar nisso. Digo sempre que são exageros. Não sei por que razão escrevem isso, como é que escrevem ou onde encontram [as notícias de transferências]. É um exagero. Ler 100 milhões... Sei onde comecei, mas o futuro nunca se sabe. Se me perguntassem há cinco anos onde é que estaria, se estaria no Benfica e se teria marcado estes golos, diria que estavam loucos. Estou a aproveitar, a passar um bom momento. Estou a gostar da minha vida aqui, e o que tiver de acontecer no futuro, acontecerá. Acredito no destino. Cheguei a fazer planos nos verões passados que nunca aconteceram...".

Pavlidis sobre José Mourinho: "É especial. Um treinador muito especial"

A terminar, o ponta-de-lança do Benfica comentou a chegada de José Mourinho à Luz: "É especial. Um treinador muito especial. Aquilo que mostra nas conferências é muito diferente daquilo que é no dia-a-dia. É muito mais simples, descontraído. Trabalhar com ele tem sido, em primeiro lugar, uma experiência muito grande para mim. É alguém muito exigente no treino. Nesse momento não há brincadeira".

"Mas fora do treino, conta as suas histórias, as suas piadas, brinca connosco... É especial, mesmo. Na conferência antes do jogo com o Ajax estive com ele na sala [de imprensa] e era como se estivesse a ver aquilo no YouTube. Como quando víamos as coisas dele no YouTube. Só que estava tudo ali. A quantidade de experiências que podemos ter num curto espaço de tempo com uma pessoa destas... O futebol é assim", rematou Pavlidis.

O Boca Juniors está interessado na contratação de Paulo Dybala. O avançado argentino foi apontado ao Benfica, nas última semanas, num negócio que até seria possível durante a janela de transferências de inverno. No entanto, as águias podem ter a tarefa dificultada.

Marcelo Delgado, dirigente do Boca Juniors, assumiu, recentemente, o interesse do emblema argentino em Paulo Dybala, citado pelo jornal Olé. O responsável por um dos mais históricos clubes do mundo não escondeu o desejo de trazer o internacional pela Argentina para casa.

"Dybala é uma mistura de tudo. Ilusão e realidade. Espero que possamos fazer um esforço para o trazer. A única coisa que sei é que o seu contrato termina em junho do próximo ano e será avaliado. Veremos o que acontece", explicou Marcelo Delgado, sobre uma possível contratação do avançado que atualmente representa a Roma.

Relembrar que Paulo Dybala surgiu no radar do Benfica recentemente. A notícia foi avançada nos meios de comunicação social nacionais. Rui Costa chegou a abafar esses rumores, mas o jornal A Bola insistiu que o jogador argentino estaria mesmo no radar das águias, para reforçar as opções de José Mourinho - os dois cruzaram-se na Roma.

Depois de dar nas vistas no Instituto, na Argentina, Paulo Dybala deu o salto para o futebol europeu em 2012/13 (rumou ao Palermo), assumindo-se como uma das maiores esperanças do mundo. Esteve na Juventus durante grande parte da carreira, onde ganhou tudo o que havia para ganhar em Itália, antes de rumar à Roma, emblema que representa atualmente.

Paolo Di Canio comentou o apagão de Scott McTominay no Estádio da Luz. O antigo jogador italiano, que se assumiu como um dos melhores da sua geração, fez alguns comentários ao encontro que terminou com vitória do Benfica sobre o Nápoles, e destacou o médio escocês.

"O exemplo perfeito da fadiga mental e física do Nápoles está na atitude de McTominay naqueles dois golos. No primeiro, ele nem sequer salta, como alguém que tem medo, quando normalmente é uma besta", começou por apontar Paolo Di Canio, sobre a postura do MVP da última temporada da Serie A no jogo com o Benfica.

O antigo ponta-de-lança prosseguiu: "Se repararmos, no primeiro golo que sofre, ele dá aquele pequeno salto que vemos em jogadores com receio — e isso não é típico dele. Está tímido, entrega a bola diretamente ao adversário e acaba por se transformar numa assistência para o jogador do Benfica".

"Arrastam-no para fora da sua zona, bola longa, visam aquela área e a bola chega ao seu homem antes dele e esse homem [Ivanovic] domina e depois assiste para o golo. Ele está atrasado. Chega novamente a dar aquele saltinho. Se olharmos com atenção, percebemos que não é o McTominay que conhecemos", rematou Di Canio, que hoje é comentador na Sky Sport Itália.

Relembrar que o Benfica bateu o Nápoles por 2-0, em jogo disputado na última quarta-feira, dia 10 de dezembro. Se Scott McTominay esteve apagado, Richard Ríos, médio colombiano das águias, foi o grande destaque do encontro, tendo apontado um golo e uma assistência.