
Reflexões na pausa de março
As pausas para os jogos das seleções são boas para reflexões sobre o Benfica e esta de março não foge à regra. As reflexões podem ser mais ou menos agradáveis
12 Abr 2024 | 16:33
Uma eventual conquista desta competição não pode servir para branquear a péssima época do Sport Lisboa e Benfica
Na passada semana escrevi que o campeonato era o último objetivo que nos restava dos cinco iniciais com que esta época começou. Dos cinco conquistámos a Supertaça, tendo falhado as Taças nacionais, o apuramento para os oitavos da Liga dos Campeões e com a derrota em Alvalade dificilmente conseguiremos revalidar o título de campeão.
A Liga Europa, prova para a qual fomos relegados após ficarmos em terceiro na fase de grupos da Liga dos Campeões, é neste momento a única competição onde existe uma perspetiva realista de ser possível conquistar nesta época.
Estamos a 90 minutos de alcançar a nossa 4 ª meia-final da Liga Europa neste século, para isso em Marselha teremos de demonstrar que somos capazes pela 3 ª vez na nossa história de deixar para trás este adversário.
Uma eventual conquista desta competição não pode servir para branquear a péssima época do Sport Lisboa e Benfica. Quando nas últimas 5 épocas vencer é uma exceção e não uma regra, algo vai muito mal no clube com maior orçamento e que mais investiu nesse período temporal.
Depois de Vitória, Lage, Jesus, Veríssimo, o destino de Roger Schmidt parece traçado, dizem muitos Benfiquistas que não é competente, que nos enganou na época passada, vou tomar por verdadeira essa análise, a única coisa que estranho é que os mesmos que julgam que todos os treinadores atrás enunciados, não questionam quem os escolhe, talvez antes de culparmos os homens que foram escolhidos, valha a pena perguntar:
- Como é que após uma 1 ª época competente os treinadores do Sport Lisboa e Benfica na imediatamente seguinte parecem que desaprenderam (exceção foi Rui Vitória que nas 2 primeiras épocas no clube foi bicampeão)?
- Como é que o Sport Lisboa e Benfica, depois de um grande negócio, vai a correr desbaratar esse dinheiro (foi assim em 2019, 2020 e agora 2023)?
- Como é que o Sport Lisboa e Benfica consegue no mercado externo acertar tão pouco, mesmo quando quase todas as contratações envolvem um investimento avultado?
2018/19
Gabriel 9,6 M €
Castillo 7,87 M €
Conti 3,5 M €
2019/20
Weigl 20 M €
Raul de Tomás 20 M €
Vinicius 17 M €
2020/21
Darwin 34 M € (custo total depois da venda)
Everton 20 M €
Pedrinho 18 M € (conseguimos efetuar contra com Neres)
Luca Waldschmidt 15 M €
Otamendi 15 M €
Lucas Verissimo 6,5 M €
Gilberto 3 M €
2021/22
Roman Yaremchuk 17 M €
Meite 6 M €
2022/23
Enzo Fernández 44,25 M € (custo total depois da venda)
Aursnes 13 M €
João Victor 9,5 M €
Andreas Schjelderup 9 M €
Bah 8 M €
Tengstedt 7 M €
2023/24
Kokçu 25 M €
Arthur 20 M €
Marcos Leonardo 18 M €
Jurásek 14 M €
Trubin 10 M €
Prestianni 9 M €
Rollheiser 10,5 M €
Num total de 28 jogadores que custaram na sua soma 409,72 M €, rendimento desportivo consistente tendo em consideração o tempo de permanência tiveram Vinícius, Darwin, Otamendi, Lucas, Enzo Fernandez e Aursnes sendo que atletas como Neres, Gilberto, Trubin, Bah e Weigl ficam numa segunda linha mesmo assim sem a consistência exibicional dos primeiros seis.
Isto num clube que ignora por completo o mercado nacional, a culpa é de quem?
A responsabilidade em qualquer organização não pode viver solteira, e muito menos quem lidera o clube e a SAD pode continuar a culpar treinadores, jogadores e quiçá os desestabilizadores dos associados, os mesmos que nos últimos 30 anos em abono da verdade são os responsáveis por ganhando desportivamente o Sport Lisboa e Benfica tão pouco, em comparação com a sua dimensão social e com o investimento efetuado ao longo desses anos, tudo têm validado de quem vai ao longo do tempo liderando o clube.
Para estes associados a culpa é de treinadores, jogadores, árbitros ou até dos seus consócios, no dia que entenderem que o maior problema é de não terem sido verdadeiramente exigentes com quem gere os destinos clube, talvez seja possível cumprirmos o destino da instituição fundada em 1904, vencer no futebol e nas modalidades mais que todos os outros juntos, de forma regular e consistente, criando as condições para ombrear com os maiores da Europa.
Até lá, apoiar as equipas que estão em competição exigindo de treinadores e jogadores respeito pelo emblema que carregam ao peito, fazendo de tudo para vencer, por eles, por nós, mas acima de tudo pelo Sport Lisboa e Benfica.
Viva o Sport Lisboa e Benfica!
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