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Após ter dado nega ao Benfica e ser 'despachado' do Liverpool, Fábio Carvalho fala sobre regresso
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0Em dia de liberdade, Manuel Alegre, conhecido adepto do Benfica, concedeu uma entrevista ao jornal A Bola, na qual falou da sua história antes e depois da revolução e de como o país mudou após 25 de abril de 1974. Nela menciona também como foi no seu exílio político que percebeu a importância da Eusébio e Mário Coluna a construir pontes com as ex-colónias.
O escritor e político esteve exilado pelo Estado Novo em França e maioritariamente na Argélia desde 1964 foi aí que Eusébio se revelou: "Eu estava no exílio e foi lá que percebi a importância do Eusébio. Ele conseguia estabelecer uma ponte, onde as pontes estavam todas a ser quebradas pela Guerra Colonial. Assisti, pela televisão, em Argel a jogos da Seleção Nacional em que militantes do MPLA, do PAIGC e da FRELIMO torciam por Portugal, em grande parte por causa do Eusébio e do Coluna."
A obsessão de Salazar com as colónias foi impactante na carreira de Eusébio: "Salazar tinha uma obstinação, que era aguentar as então províncias ultramarinas. Mas era pouco subtil e pouco científico. Aliás, não deixar sair o Eusébio para o estrangeiro comprova-o. Mas quem fez a Guerra Colonial percebeu bem a importância do futebol português. Porque se havia um Benfica-Sporting ou um Benfica-Porto, a guerra parava e trocavam-se bilhetes sobre o jogo. Aconteceu comigo a caminho de Nambuangongo, antes das sete curvas, e esse também foi um momento bastante complicado."
O antigo candidato à presidência partilha a experiência de ver os habitantes das colónias a torcer por Portugal: "[Durante o exílio] vi o Mundial de 1966. Era lá que se juntavam os exilados nacionais, mas também angolanos, moçambicanos, cabo-verdianos, e todos puxavam por Portugal, como já disse muito por causa do Eusébio, do Coluna, esse grande capitão, um verdadeiro pilar, e do Hilário..."
A influência dos dois craques do Benfica levou Alegre, que foi atleta na Académica a mudar de clube: "Passei a ser do Benfica na emigração, quando percebi a dimensão e a importância do clube. O que representavam Eusébio e Coluna para os emigrantes era fenomenal. Outros clubes também eram relevantes, mas o Benfica era mais", afirmou
"É isto que me manda a verdade dizer. Um jogo do Benfica era uma ligação ao País, era uma forma de estar aqui. Mas também via, estando no exílio, a Seleção Nacional no estrangeiro", rematou Manuel Alegre.
Camisola 87 do Glorioso é uma das peças fundamentais da formação orientada por Roger Schmidt, que garantiu continuar no Clube até 2026
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0Nem tudo é mau! Depois do Manchester United ter sido apontado como o principal interessado em João Neves, sabe-se agora que o emblema de Old Trafford poderá desviar as atenções do médio do Benfica, tendo já um novo alvo estabelecido.
De acordo com o especialista em questões relacionadas com o mercado de transferências, Ekrem Konur, os red devils poderão 'trocar' o futebolista formado no Seixal por Adrien Rabiot, que está neste momento a atuar na Juventus, mas que termina contrato com os italianos no final da presente época desportiva.
Segundo informações adiantadas pela mesma fonte, este sábado, através da rede social X (antigamente conhecida como Twitter), o Manchester United estará mesmo adiantado na corrida e terá, inclusive, estabelecido contactos com o agente do médio internacional pela França.
Com Rui Costa a apontar apenas a venda da estrela do Benfica para a cláusula de rescisão, fixada nos 120 milhões de euros, Adrien Rabiot surge assim como uma alternativa mais 'apetecível' aos cofres do clube inglês. Ainda assim, é de destacar que, também, o Newcastle está atento à situação do médio da Juventus.
João Neves - avaliado em 45 milhões de euros, pelo portal Transfermarkt - já foi aposta em 52 encontros, onde marcou três golos e assistiu numa única ocasião, sendo uma peça-chave no meio-campo dos encarnados e um dos atletas mais utilizados por Roger Schmidt, no que respeita à presente temporada.O médio formado no Seixal, na época passada, subiu à formação principal, na segunda metade do ano desportivo, alinhando em 20 encontros, somando um tento e servindo os colegas numa ocasião. Pelas camadas jovens do Benfica, o craque foi vencedor da UEFA Youth League e da Taça Intercontinental sub-20.
Confira aqui a publicação:
Temporada do camisola 87 do Clube da Luz tem resultado em vários prémios vencidos
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0João Neves foi eleito Jovem Promessa do ano de Portugal na Gala do Desporto, na passada sexta-feira, dia 3 de maio. O médio-centro do Benfica junta mais um prémio individual à sua coleção de conquistas, após já ter vencido distinções para melhor jogador do mês da Liga Portugal, melhor jovem jogador do mês da Liga Portugal e golo do mês do Benfica.
Além de João Neves, os outros nomeados para a distinção foram: António Morgado (ciclismo), Diogo Madu Teixeira (skate), Diogo Rema (Andebol) e João Nuno Batista (triatlo). Da lista, apenas o craque do Clube da Luz pratica futebol.
Posto isto, João Neves não foi o único atleta do Benfica premiado na Gala do Desporto. Diogo Ribeiro venceu o prestigiado prémio de atleta masculino do ano, batendo o próprio Fernando Pimenta. O Glorioso contava ainda com Francisca Nazareth (futebol), Teresa Portela (canoagem e João Ribeiro e Messias Baptista (canoagem) como nomeados.
O médio formado no Seixal, na época passada, subiu à formação principal, na segunda metade do ano desportivo, alinhando em 20 encontros, somando um tento e servindo os colegas numa ocasião. Pelas camadas jovens do Benfica, o craque foi vencedor da UEFA Youth League e da Taça Intercontinental sub-20.
Eduardo Gageiro recorda a sua amizade com Eusébio e como a queda do Estado novo mudou o desporto em Portugal
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0Eduardo Gageiro, fotógrafo da liberdade que viveu o 25 de abril na fila da frente, deu entrevista ao jornal Record na qual recorda a final europeia de 1962, travar amizade com Eusébio e o contraste entre as ligações do Sporting ao antigo regime enquanto que o Benfica era o clube do povo.
Sócio do Sacavenense, o fotojornalista chegou a acompanhar as águias: "Fui à final da Taça dos Campeões Europeus a Amesterdão (1962, 5-3 ao Real Madrid)! Eu era amigo de infância do Nuno Ferrari [fotógrafo]. Foi o pai dele que me vendeu a minha primeira máquina. O Nuno ia com a equipa do Benfica e eu também comecei a ir. E foi assim que criei amizade com o (António) Simões, o Eusébio, o Costa Pereira. Foi essa ligação que me tornou benfiquista. Não sou sócio. Mas passei a simpatizar com o Benfica.
O fotógrafo mantém-se moderado: "Sem ter nada contra o Sporting! Porque a minha família era toda sportinguista! E eu era amigo da malta de vários clubes. Nunca fui ferrenho." Contudo, partilha que o presidente dos leões chegou a estar relacionado com altos nomes do Estado Novo.
Questionado sobre o alegado "clube do regime", Gageiro revela que "o Sporting tinha ligações. Pessoas como o (Francisco) Cazal-Ribeiro (presidente entre 1957 e 1958)… Era tudo gente do antigo regime. Eu simpatizo com o Sporting, foi só uma fase má."
No entanto, separa adeptos de dirigentes, dizendo que fãs e jogadores não eram permeáveis à política. "O que havia era um conjunto de pessoas, como o Cazal-Ribeiro, ligadas ao Sporting, que eram da situação, da União Nacional. Mas isso não quer dizer nada. Os adeptos não têm nada a ver com isso. O Benfica sempre foi um clube mais popular e com gente da sociedade mais pobre, claro que agora tudo se modificou."
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