
Receba as principais notícias do Glorioso 1904 no seu WhatsApp!
Futebol
04 Abr 2025 | 22:00 |
Mauro Xavier, em entrevista exclusiva ao Glorioso 1904, comentou a atual polémica entre Pedro Proença e Fernando Gomes. Depois de 'ter estalado a bomba' entre o Presidente da Liga Portuguesa de Futebol Profissional e o antigo líder organismo que tutela o desporto rei, o conhecido adepto do Benfica acabou por considerar que chegou ao fim a "paz podre", analisando ainda a posição do Clube da Luz, que ficou à margem da 'rixa'.
Glorioso 1904 (G) . Nos últimos dias, rebentou a polémica entre Pedro Proença e Fernando Gomes. Como olha para esta situação?
Mauro Xavier (MX) . Acho que, e foi o André Villas-Boas que deu essa questão, ou seja, terminou a paz podre, porque já se sentia aqui alguma tensão nos últimos cinco anos. Nós todos que acompanhamos o futebol, já sabíamos que as relações entre a Liga e a Federação eram muito tensas, ou seja, que havia aqui uma componente de tensão, nos últimos quatro anos, sabendo que Fernando Gomes não se podia recandidatar e que não queria que Proença fosse para o seu lugar. Atenção, relembrou só uma coisa. Fernando Gomes já tinha sido presidente da Liga, Proença foi presidente da Liga, portanto, houve sempre aquela rivalidade e competição entre os dois. Não tendo visões iguais, faz com que exista este escândalo, que aparece na prática por causa da venda da sede.
Mauro Xavier: Terminou a paz podre
Nós não sabemos o que se passa, temos que esperar que a Justiça clarifique as supostas comissões ou não e de quem é que esteve envolvido ou não esteve envolvido. Mais a eleição da substituição de Fernando Gomes no comitê executivo da UEFA faz esta tensão.
Acho que isto não ajuda o futebol português, porque o presidente da Liga e o presidente da Federação têm que ser as figuras consensuais que permitam unir os clubes que já por si são adversários e, portanto, não serão eles o componente de ligação. Acho que teve mal Fernando Gomes ao fazer esta carta às federações e, portanto, acho que é muito importante nós sabermos entrar e sabermos sair. Ele está acabadinho de eleger num projeto olímpico, que tem valores olímpicos, deixou de ser presidente da Federação, é respeitar que o novo possa ter ideias diferentes e que há coisas que vai fazer diferente e seguir outro caminho.
Desse ponto de vista, gostava mais que o Benfica tivesse liderado quer na candidatura às eleições da Federação, quer com um candidato forte às eleições da Liga. Eu sei que apoiou quer um candidato que irá apoiar outro, mas acho que o Benfica tem que ser mais interveniente nestas organizações se quer verdadeiramente transformar o futebol português, porque nós não podemos ficar reféns de termos alguém eleito, acho que em 15 dias, para a Liga e ninguém sabe qual é o modelo de centralização que defendem, ou ninguém sabe qual é o modelo de competições que defendem, consegue-se fazer uma candidatura pior do que Miss Universo. Nenhum discurso de paz no mundo existe. Isso para mim é assustador, que é debater sem debater. Não há debates, não há discussão de ideias, não há apresentação de projetos e, portanto, são cheques em branco, baseado em amizades, relações, que a mim me sabe sempre a pouco.
Essa é mais de uma razão d’A Nossa Camisola, e do primeiro capítulo d’A Nossa Camisola sobre o futebol português e o que é que eu penso do futebol português, independentemente dos óculos não serem vermelhos, mas de verem com uma lente vermelha, deixar que o futebol, às vezes temos que nos sentar à mesa, sendo ela a sétima indústria na Europa, e nós muito poucas coisas em Portugal somos a sétima de alguma coisa a nível global, e de nos sentarmos e conversarmos com o governo, com as federações, e tomarmos as decisões certas para esta indústria crescer. Portanto, acho que estamos já muito atrasados nesse tempo, e estes exemplos públicos não contribuem em nada para um clima que necessitaria de consciência tranquila para acontecer.
G. O Benfica foi o único dos três grandes que não tomou qualquer posição face a esta polémica. O que considera ser a melhor posição? Ficar à margem ou emitir algum comunicado, por exemplo?
MX. Não faço críticas ao que o Benfica faz ou deixou de fazer, já o exprimi diversas vezes. Eu, a meu estilo, gosto de uma voz mais ativa. Ou seja, eu gosto mais de ser interventivo do que não interventivo. Portanto, eu, Mauro Xavier, gosto mais de quando nós tomamos a palavra de forma clara e inequívoca. Até porque tem havido bicadas dos nossos rivais com fartura. Temos aquilo que eu chamo o Luís André vestido em lobo, em pele de cordeiro, agora a fazer-se de santinho, a dizer que está a ser uma vítima do futebol e coitadinhos, são muito maus e simplesmente está a tocar, a reunir as suas forças com aquilo que tem sido há 40 anos disto, que é nós contra o mundo, a única coisa que está a tentar encontrar é o adversário externo.
Portanto, se diz que vem para mudar o futebol, ninguém lhe ouviu uma proposta para mudar o futebol. Isto é muito bonito, dizer que nos queremos sentar, e eu não sei quem é que o nomeou, porque lembro-me há sete meses, quando chegou a dizer em Aveiro, antes da Supertaça, que tinha reunido os presidentes dos clubes à mesa, mas do que se sabe não levou nenhuma proposta. Acho que só é possível liderar com propostas. Ou seja, o que é que nós queremos discutir? Querem os clubes sentar-se para irem defender junto ao governo o fim do IVA dos bilhetes de 23% para 6%? Isso era uma coisa que eu acho que devia ser proposta na Liga e na Federação. Os clubes assinam quem vota a favor e quem vota contra, isso é muito claro. A gente só se consegue unir em torno de ideias concretas.
Mauro Xavier: Não faço críticas ao que o Benfica faz ou deixou de fazer
Devem os clubes pedir ao Governo para haver o fim da venda de álcool dentro dos estádios? É uma das maiores receitas do Bayern Munique. Nós não podemos estar a permitir que a economia paralela da venda de cerveja fora do estádio funcione versus, ou seja, o consumo é o mesmo. Portanto, não é essa a problemática, não se está protegido um segundo mais. E acho que esse é o ponto que é o meu contributo, que é a parte propositiva de que se deve levar.
Gostaria de ver o Benfica a propor coisas concretas na Liga e na Federação para os clubes depois votarem. Portanto, isto aqui não há meias extintas em cima do muro. Tem que haver uma proposta concreta. E há quem vote a favor e há quem vote contra. E depois há propostas alternativas. E é esse aquilo que eu acho que tem faltado ao futebol português e eu gostaria de ver o Benfica passar a fazer, que era uma atitude propositiva.
G. Tem adotado uma postura menos ativa no que toca à crítica ao Benfica. Porque motivo?
MX. É ilusório, não é? Eu volto sempre a dizer isto. Isto é a mesma coisa que me estarem a pedir para eu vir a público e criticar as notas do meu filho. Ou seja, o Benfica para mim faz parte do meu coração e da minha família. Em nenhum momento, vou pegar na minha família, por muito que concordo ou discorde de tudo o que se passa na minha casa, e eu não vou para o meio da rua dizer devias ter estudado, tu não fazes nada, és uma vergonha, passas o tempo... Não funciona assim. O que eu tiver para dizer, digo nos sítios certos. E proponho com propostas concretas, que foi isso que fiz, para os que quiserem fazer ou não. Cada um está livre do seu destino. Mas aquilo que me motiva a mim, enquanto Benfiquista, é o sucesso do Benfica.
Não é a crítica ao Benfica. Se há coisas que não funcionam bem no Benfica, há muitas, mas acho que a forma que os Sócios têm para contribuir, para ser melhor, é com propostas concretas e ideias concretas, e não a criticar o que foi feito. Porque aquilo que eu digo sempre é: para se chegar ao ótimo tem que se passar pelo bom. E não é possível passar do insuficiente para o ótimo. Tem que haver vários tachos. E, portanto, o Benfica, desde que esteja a progredir na direção certa e a melhoria certa, são passos que se tem que fazer em qualquer organização que tem dois mil funcionários. Não é chegar aqui e mudar a cultura da organização de um dia para o outro. Portanto, acho que debatemos poucas ideias e gostamos mais de promover críticas e eu gosto mais de propor ideia.
G. O Benfica não se fez se representar no funeral de Pinto da Costa. O que achou desta posição?
MX. Acho muito bem, acho que é normal. O Benfica não tinha a relação nem nada a se orgulhar e, portanto, é normal. Lembro-me quando Jorge Brito também faleceu, ninguém se fez representar, portanto são tradições normais que agora querem esconder em ponto mediático. Relembro só uma coisa, o próprio presidente do Porto não pôde ir ao funeral, o filho foi deserdado.
O Benfica não tem nada a ver com esta história aqui, portanto o Benfica tem que estar quieto e calado. Foi alguém que foi nosso adversário e que nós tínhamos várias suspeitas que as coisas não ocorriam da forma desportivamente. Só podemos dizer suspeitas porque nunca aconteceu rigorosamente mais do que essa componente para além do que lemos e ouvimos nos apitos dourados e daquilo que fomos vendo de fim de semana após fim de semana, portanto, são suspeitas.
Os meus sentimentos à família. Enquanto instituição, respeitador dos familiares. Acho que o silêncio quando não se tem nada para dizer é a melhor postura. Acho que, mais uma vez, uma crítica aos mandatos de Pinto da Costa seria excessiva ou errada. Portanto, desse ponto de vista, acho que é aproveitamento de quem nem foi permitido ir ao funeral, de quem nem conseguia saber o que é que iria fazer, foi aproveitamento de querer juntar uma má época desportiva, porque supostamente era aquilo que sabia planear muito bem uma época desportiva, André Vilas Boas, para ser um fracasso. Não é que a anterior tenha sido melhor. Eu gosto muito deste Porto e que se mantenha assim por muito bons anos. Portanto, não tenho pena nenhuma disso. Agora, não vamos é utilizar hipocrisias onde elas não devem existir.
Mauro Xavier: O silêncio quando não se tem nada para dizer é a melhor postura
Confrontado com continuidade do futebolista que surge na lista dos encarnados, dirigente preferiu comentar sobre ambições dos espanhóis no mercado
31 Ago 2025 | 13:55 |
A entrar nas últimas 48 horas do mercado de verão, o Benfica corre contra o tempo para conseguir fechar um extremo-direito. Entre as opções em cima da mesa, as águias seguem a pista de Dodi Lukebakio, futebolista que pertence aos quadros do Sevilha. Perante o interesse no belga, Navarro comentou a atual posição do emblema espanhol.
Navarro: “São grandes jogadores e despertam interesse por parte de grandes clubes, mas não há nada de oficial”
Confrontado com a atual situação do Sevilha, que ainda não conseguiu inscrever os seus novos reforços, o dirigente abriu o jogo em relação a Lukebakio e a Rúben Vargas: “No final... Hoje são jogadores do Sevilha. São grandes jogadores e despertam interesse por parte de grandes clubes, mas não há nada de oficial”.
Em declaração à DAZN, o dirigente sevilhano acrescentou que, perante as necessidades financeiras que o clube tem, para poder inscrever atletas, dadas as regas da La Liga, garante que não vai abdicar dos principais ativos: “São jogadores do plantel atual do Sevilha. A nossa intenção é manter os melhores jogadores para o fecho do mercado".
Questionado uma vez mais se o alvo - que está na mira do Benfica - vai continuar ou não no clube, Navarro preferiu não se alongar nos comentários sobre a situação dos dois atletas em questão: “Como está a acontecer em quase todos os clubes, vamos acelerar até à última hora. A partir deste domingo teremos 48 horas para fechar o mercado e esperamos acabar com um plantel melhor do que o que tínhamos”.
Dodi Lukebakio é visto como uma das peças mais influentes do Sevilha nas última épocas. Na presente temporada desportiva, o extremo-direito - avaliado em 20 milhões de euros - tem dois encontros oficiais realizados, ambos a contar para a La Liga. Nos 180 minutos em que esteve dentro das quatro linhas, o camisola 10 apontou um golo.
Clube da Luz continua muito interessado na contratação do extremo espanhol, que milita no Levante, equipa que joga no principal escalão do futebol espanhol
31 Ago 2025 | 13:41 |
O Benfica continua a tentar a contratação de Carlos Álvarez. Mesmo depois de oficializarem a compra de Georgiy Sudakov junto do Shaktar Donetsk, os responsáveis encarnados continuam à procura de adicionar qualidade ao plantel de Bruno Lage, e estão dispostos a chegar aos 15 milhões de euros pelo extremo espanhol.
No entanto, pelo que o jornal Record garante, durante o dia de hoje, 31 de agosto, os encarnados não estão dispostos a irem além dos 15 milhões de euros, uma vez que acreditam que seja um valor justo pelo passe do atleta de 22 anos. Porém, é nesse ponto que as duas equipas não estão de acordo, uma vez que no ponto de vista do Levante, a fasquia está nos 20M€.
Carlos Álvarez é o alvo desejado pelas águias e, nesse sentido, sendo um caso prioritário, o Benfica pretende fechar o negócio o mais rápido possível, de forma a conseguir inscrever a tempo o atleta de 22 anos nas listas da Liga Portugal. Face a uma iminente saída do espanhol, a imprensa local adianta que o emblema valenciano já tem um substituto identificado.
Enquanto que o extremo do Levante é visto como uma prioridade para a estrutura vermelha e branca, com Rui Costa à cabeça, as águias têm outras hipóteses em cima da mesa caso o negócio não corra bem. Entre as opções existentes, está a de Dodi Lukebakio, porém, os valores exigidos pelo Sevilha não agradam ao Benfica.
Na temporada passada, com a camisola do Levante, Carlos Álvarez - avaliado em 6 milhões de euros - realizou 43 encontros, tendo contabilizado 3.424 minutos. Ao todo, o extremo-direito de 22 anos marcou sete golos e fez 12 assistências, sendo uma das principais figuras da turma orientada pelo técnico espanhol Julián Calero.
Clube da Luz continua muito ativo no mercado de transferências, à procura de adicionar ainda mais qualidade ao plantel orientado por Bruno Lage
31 Ago 2025 | 13:36 |
Dodi Lukebakio interessa ao Benfica, e as águias estão atentos à situação do jogador. No entanto, o negócio não se afigura nada fácil, uma vez que o Sevilha, clube do craque belga, está a pedir cerca de 25 milhões de euros para libertar o extremo para o Clube da Luz este verão.
Escreve o jornal Record, na edição deste domingo, 31 de agosto, que o jogador do Sevilha, que pode fazer tanto a ala direita, como o eixo ofensivo, tem qualidades que agradam muito aos responsáveis dos vermelhos e brancos. No entanto, o emblema da Andaluzia pede cerca de 25 milhões de euros, valor que deixa o Benfica de pé atrás.
Segundo a mesma fonte, a pouco mais de um dia do fecho do mercado de transferências, Rui Costa, juntamente com os responsáveis para a estrutura do futebol, não pensam em operar um investimento tão grande, tendo em conta que o Glorioso acabou de oficializar Georgiy Sudakov. Contudo, as características do atleta de 27 anos correspondem ao perfil desejado pelas águias, é extremo-direito e é canhoto.
Apesar de estar no radar do Benfica, Dodi Lukebakio não é o único futebolista a ser equacionado para essa mesam posição. Antes do belga, os encarnados já seguiam de perto Carlos Álvarez, jovem de 22 anos que atua no Levante, Segundo a imprensa, no caso do espanhol, os valores podem chegar aos 15 milhões de euros.
Dodi Lukebakio é visto como uma das peças mais influentes do Sevilha nas última épocas. Na presente temporada desportiva, o extremo-direito - avaliado em 20 milhões de euros - tem dois encontros oficiais realizados, ambos a contar para a La Liga. Nos 180 minutos em que esteve dentro das quatro linhas, o camisola 10 apontou um golo.