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Benfica tem cinco jogos em 15 dias e treinador dispara: "Não há gestão nenhuma"
05 Dez 2025 | 18:03
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Futebol
04 Abr 2025 | 22:00 |
Mauro Xavier, em entrevista exclusiva ao Glorioso 1904, comentou a atual polémica entre Pedro Proença e Fernando Gomes. Depois de 'ter estalado a bomba' entre o Presidente da Liga Portuguesa de Futebol Profissional e o antigo líder organismo que tutela o desporto rei, o conhecido adepto do Benfica acabou por considerar que chegou ao fim a "paz podre", analisando ainda a posição do Clube da Luz, que ficou à margem da 'rixa'.
Glorioso 1904 (G) . Nos últimos dias, rebentou a polémica entre Pedro Proença e Fernando Gomes. Como olha para esta situação?
Mauro Xavier (MX) . Acho que, e foi o André Villas-Boas que deu essa questão, ou seja, terminou a paz podre, porque já se sentia aqui alguma tensão nos últimos cinco anos. Nós todos que acompanhamos o futebol, já sabíamos que as relações entre a Liga e a Federação eram muito tensas, ou seja, que havia aqui uma componente de tensão, nos últimos quatro anos, sabendo que Fernando Gomes não se podia recandidatar e que não queria que Proença fosse para o seu lugar. Atenção, relembrou só uma coisa. Fernando Gomes já tinha sido presidente da Liga, Proença foi presidente da Liga, portanto, houve sempre aquela rivalidade e competição entre os dois. Não tendo visões iguais, faz com que exista este escândalo, que aparece na prática por causa da venda da sede.
Mauro Xavier: Terminou a paz podre
Nós não sabemos o que se passa, temos que esperar que a Justiça clarifique as supostas comissões ou não e de quem é que esteve envolvido ou não esteve envolvido. Mais a eleição da substituição de Fernando Gomes no comitê executivo da UEFA faz esta tensão.
Acho que isto não ajuda o futebol português, porque o presidente da Liga e o presidente da Federação têm que ser as figuras consensuais que permitam unir os clubes que já por si são adversários e, portanto, não serão eles o componente de ligação. Acho que teve mal Fernando Gomes ao fazer esta carta às federações e, portanto, acho que é muito importante nós sabermos entrar e sabermos sair. Ele está acabadinho de eleger num projeto olímpico, que tem valores olímpicos, deixou de ser presidente da Federação, é respeitar que o novo possa ter ideias diferentes e que há coisas que vai fazer diferente e seguir outro caminho.
Desse ponto de vista, gostava mais que o Benfica tivesse liderado quer na candidatura às eleições da Federação, quer com um candidato forte às eleições da Liga. Eu sei que apoiou quer um candidato que irá apoiar outro, mas acho que o Benfica tem que ser mais interveniente nestas organizações se quer verdadeiramente transformar o futebol português, porque nós não podemos ficar reféns de termos alguém eleito, acho que em 15 dias, para a Liga e ninguém sabe qual é o modelo de centralização que defendem, ou ninguém sabe qual é o modelo de competições que defendem, consegue-se fazer uma candidatura pior do que Miss Universo. Nenhum discurso de paz no mundo existe. Isso para mim é assustador, que é debater sem debater. Não há debates, não há discussão de ideias, não há apresentação de projetos e, portanto, são cheques em branco, baseado em amizades, relações, que a mim me sabe sempre a pouco.
Essa é mais de uma razão d’A Nossa Camisola, e do primeiro capítulo d’A Nossa Camisola sobre o futebol português e o que é que eu penso do futebol português, independentemente dos óculos não serem vermelhos, mas de verem com uma lente vermelha, deixar que o futebol, às vezes temos que nos sentar à mesa, sendo ela a sétima indústria na Europa, e nós muito poucas coisas em Portugal somos a sétima de alguma coisa a nível global, e de nos sentarmos e conversarmos com o governo, com as federações, e tomarmos as decisões certas para esta indústria crescer. Portanto, acho que estamos já muito atrasados nesse tempo, e estes exemplos públicos não contribuem em nada para um clima que necessitaria de consciência tranquila para acontecer.
G. O Benfica foi o único dos três grandes que não tomou qualquer posição face a esta polémica. O que considera ser a melhor posição? Ficar à margem ou emitir algum comunicado, por exemplo?
MX. Não faço críticas ao que o Benfica faz ou deixou de fazer, já o exprimi diversas vezes. Eu, a meu estilo, gosto de uma voz mais ativa. Ou seja, eu gosto mais de ser interventivo do que não interventivo. Portanto, eu, Mauro Xavier, gosto mais de quando nós tomamos a palavra de forma clara e inequívoca. Até porque tem havido bicadas dos nossos rivais com fartura. Temos aquilo que eu chamo o Luís André vestido em lobo, em pele de cordeiro, agora a fazer-se de santinho, a dizer que está a ser uma vítima do futebol e coitadinhos, são muito maus e simplesmente está a tocar, a reunir as suas forças com aquilo que tem sido há 40 anos disto, que é nós contra o mundo, a única coisa que está a tentar encontrar é o adversário externo.
Portanto, se diz que vem para mudar o futebol, ninguém lhe ouviu uma proposta para mudar o futebol. Isto é muito bonito, dizer que nos queremos sentar, e eu não sei quem é que o nomeou, porque lembro-me há sete meses, quando chegou a dizer em Aveiro, antes da Supertaça, que tinha reunido os presidentes dos clubes à mesa, mas do que se sabe não levou nenhuma proposta. Acho que só é possível liderar com propostas. Ou seja, o que é que nós queremos discutir? Querem os clubes sentar-se para irem defender junto ao governo o fim do IVA dos bilhetes de 23% para 6%? Isso era uma coisa que eu acho que devia ser proposta na Liga e na Federação. Os clubes assinam quem vota a favor e quem vota contra, isso é muito claro. A gente só se consegue unir em torno de ideias concretas.
Mauro Xavier: Não faço críticas ao que o Benfica faz ou deixou de fazer
Devem os clubes pedir ao Governo para haver o fim da venda de álcool dentro dos estádios? É uma das maiores receitas do Bayern Munique. Nós não podemos estar a permitir que a economia paralela da venda de cerveja fora do estádio funcione versus, ou seja, o consumo é o mesmo. Portanto, não é essa a problemática, não se está protegido um segundo mais. E acho que esse é o ponto que é o meu contributo, que é a parte propositiva de que se deve levar.
Gostaria de ver o Benfica a propor coisas concretas na Liga e na Federação para os clubes depois votarem. Portanto, isto aqui não há meias extintas em cima do muro. Tem que haver uma proposta concreta. E há quem vote a favor e há quem vote contra. E depois há propostas alternativas. E é esse aquilo que eu acho que tem faltado ao futebol português e eu gostaria de ver o Benfica passar a fazer, que era uma atitude propositiva.
G. Tem adotado uma postura menos ativa no que toca à crítica ao Benfica. Porque motivo?
MX. É ilusório, não é? Eu volto sempre a dizer isto. Isto é a mesma coisa que me estarem a pedir para eu vir a público e criticar as notas do meu filho. Ou seja, o Benfica para mim faz parte do meu coração e da minha família. Em nenhum momento, vou pegar na minha família, por muito que concordo ou discorde de tudo o que se passa na minha casa, e eu não vou para o meio da rua dizer devias ter estudado, tu não fazes nada, és uma vergonha, passas o tempo... Não funciona assim. O que eu tiver para dizer, digo nos sítios certos. E proponho com propostas concretas, que foi isso que fiz, para os que quiserem fazer ou não. Cada um está livre do seu destino. Mas aquilo que me motiva a mim, enquanto Benfiquista, é o sucesso do Benfica.
Não é a crítica ao Benfica. Se há coisas que não funcionam bem no Benfica, há muitas, mas acho que a forma que os Sócios têm para contribuir, para ser melhor, é com propostas concretas e ideias concretas, e não a criticar o que foi feito. Porque aquilo que eu digo sempre é: para se chegar ao ótimo tem que se passar pelo bom. E não é possível passar do insuficiente para o ótimo. Tem que haver vários tachos. E, portanto, o Benfica, desde que esteja a progredir na direção certa e a melhoria certa, são passos que se tem que fazer em qualquer organização que tem dois mil funcionários. Não é chegar aqui e mudar a cultura da organização de um dia para o outro. Portanto, acho que debatemos poucas ideias e gostamos mais de promover críticas e eu gosto mais de propor ideia.
G. O Benfica não se fez se representar no funeral de Pinto da Costa. O que achou desta posição?
MX. Acho muito bem, acho que é normal. O Benfica não tinha a relação nem nada a se orgulhar e, portanto, é normal. Lembro-me quando Jorge Brito também faleceu, ninguém se fez representar, portanto são tradições normais que agora querem esconder em ponto mediático. Relembro só uma coisa, o próprio presidente do Porto não pôde ir ao funeral, o filho foi deserdado.
O Benfica não tem nada a ver com esta história aqui, portanto o Benfica tem que estar quieto e calado. Foi alguém que foi nosso adversário e que nós tínhamos várias suspeitas que as coisas não ocorriam da forma desportivamente. Só podemos dizer suspeitas porque nunca aconteceu rigorosamente mais do que essa componente para além do que lemos e ouvimos nos apitos dourados e daquilo que fomos vendo de fim de semana após fim de semana, portanto, são suspeitas.
Os meus sentimentos à família. Enquanto instituição, respeitador dos familiares. Acho que o silêncio quando não se tem nada para dizer é a melhor postura. Acho que, mais uma vez, uma crítica aos mandatos de Pinto da Costa seria excessiva ou errada. Portanto, desse ponto de vista, acho que é aproveitamento de quem nem foi permitido ir ao funeral, de quem nem conseguia saber o que é que iria fazer, foi aproveitamento de querer juntar uma má época desportiva, porque supostamente era aquilo que sabia planear muito bem uma época desportiva, André Vilas Boas, para ser um fracasso. Não é que a anterior tenha sido melhor. Eu gosto muito deste Porto e que se mantenha assim por muito bons anos. Portanto, não tenho pena nenhuma disso. Agora, não vamos é utilizar hipocrisias onde elas não devem existir.
Mauro Xavier: O silêncio quando não se tem nada para dizer é a melhor postura
Ficaram definidos os grupos do Campeonato do Mundo que vai decorrer na América do Norte, em 2026, e os craques do Clube da Luz já sabem quem enfrentam
05 Dez 2025 | 19:39 |
Decorreu, esta sexta-feira, dia 5 de dezembro, o sorteio do Mundial 2026. A fase de grupos está definida e os jogadores do Benfica que vão marcar presença no Campeonato do Mundo já sabem quem vão defrontar na fase inicial da maior competição de futebol internacional.
O grande destaque vai para o grupo da Seleção de Portugal, onde António Silva deve fazer parte dos convocados. A equipa das quinas ficou integrada no grupo K, com a Colômbia e o Uzbequistão, ficando ainda um rival por definir, através de um play-off, entre Congo, Jamaica e Nova Caledónia.
Destacar, assim, o encontro entre António Silva e Richard Ríos, outro jogador do Benfica que deve marcar presença no Mundial 2026. A Seleção da Colômbia conta ainda com Luis Suárez, ponta-de-lança do Sporting, que também vai ser adversário do central encarnado.
O outro destaque vai para o grupo J, onde está a Seleção da Argentina. Os albicelestes têm convocado Nicolás Otamendi e Gianluca Prestianni recentemente, o que significa que os dois jogadores do Benfica vão disputar a fase inicial do Mundial 2026 com Argélia, Áustria e Jordânia.
Por último, mencionar ainda os grupos G e I. No primeiro, está a Seleção da Bélgica, de Dodi Lukebakio, que vai encontrar Egito, Irão e Nova Zelândia. No segundo, a equipa nacional da Noruega, de Andreas Schjelderup, que disputa a fase inicial da prova com França, Senegal, e outro rival ainda por decidir.
Vários emblemas das principais ligas do futebol internacional viajaram até ao Estádio da Luz, para assistir ao dérbi de Lisboa, e avaliar jogadores encarnados
05 Dez 2025 | 18:35 |
A Roma enviou um emissário ao Estádio da Luz, para assistir ao Benfica - Sporting, e observar Vangelis Pavlidis e Andreas Schjelderup. O ponta-de-lança helénico é uma das principais figuras das águias esta temporada, e o extremo dinamarquês já foi apontado à saída nas últimas semanas.
O interesse da Roma em Vangelis Pavlidis não é algo de novo. José Mourinho tentou contratar o avançado quando estava no banco da equipa da capital italiana, e os romanos voltaram a tentar uma investida pelo ponta-de-lança no último verão, apesar das recusas do Benfica.
A informação é avançada pelo jornal Record. Para além da Roma, também o Nápoles, da Serie A, vai ter emissários presentes no Estádio da Luz para assistir ao Benfica - Sporting. Neste caso, o objetivo será estudar a equipa encarnada, que enfrenta os italianos na próxima jornada da Liga dos Campeões.
De resto, estes não serão os únicos clubes com elementos presentes no Estádio da Luz. O Brighton, da Premier League, também terá enviado um emissário ao Estádio da Luz. O objetivo dos ingleses, tal como acontece com a Roma, é observar Andreas Schjelderup, um dos jogadores que os ingleses estarão a estudar para uma possível investida na próxima janela de transferências.
Relembrar que Vangelis Pavlidis atravessa um dos melhores momentos da carreira - leva 10 golos na Liga Portugal Betclic, onde é o melhor marcador. Já Andreas Schjelderup tem sentido alguma dificuldade para somar minutos de forma regular desde a chegada de José Mourinho ao Benfica.
Presidente encarnado está perto de ver um dos seus projetos aprovado pelos sócios do Clube da Luz, mas há quem reclame da legitimidade da operação
05 Dez 2025 | 18:20 |
Gonçalo Almeida Ribeiro alega que a Assembleia Geral Extraordinária do Clube da Luz, onde se vai votar o Benfica District, é ilegal. O antigo candidato à MAG das águias, pela lista de João Noronha Lopes, falou com o jornal A Bola, sobre a Assembleia, e questionou a possibilidade do voto eletrónico para decidir se o projeto de Rui Costa vai, ou não, para a frente.
Almeida Ribeiro: "Parece-me inviável… Como é que eu vou saber quem é que está do outro lado?"
"O artigo 62.º diz que as deliberações são tomadas por maioria absoluta dos sócios presentes. O sentido mais óbvio de ‘presentes’ é terem de estar fisicamente reunidos no mesmo local. Muitos juristas dirão que é isto e ponto final. E, portanto, nem sequer é possível fazer uma reunião da AG em formato híbrido, em que há uma parte dos sócios que está presente e uma parte que participa por meios telemáticos", começou por explicar o ex-vice-presidente do Tribunal Constitucional.
Almeida Ribeiro prosseguiu com a explicação: "Numa noção mais ampla, o conceito de presença não tem necessariamente de ser físico, pode ser social. Da mesma forma que uma reunião de videoconferência. Usamos um conceito de presença que não implica a proximidade física, implica a proximidade comunicativa e a visualização. Isto é muito importante: a visualização. Porque, para haver uma reunião de uma assembleia, tem que haver a visualização dos membros. Isto é, eu tenho que saber, como membro da assembleia, quem são os demais membros da assembleia que estão presentes. Este é o conceito de assembleia".
"A descrição que é feita não dá nenhuma espécie de garantia desse aspeto. Parece-me inviável… Como é que eu vou saber quem é que está do outro lado? E estamos a falar de potencialmente milhares de pessoas", atirou, logo de seguida, numa reflexão que deixa no ar fortes críticas à medida de Rui Costa.
Por último, também criticou o facto de a votação ser feita logo após a apresentação do Benfica District, antes de existir argumentação sobre o tema: "A discussão passa a ser uma mera formalidade. Parte-se do princípio de que a discussão não é importante para a formação da vontade do órgão. Acho que isto é uma grande perversão do ponto de vista democrático (...) Tendo a achar que a deliberação que for tomada nestas condições será uma deliberação ilegal".
Benfica tem cinco jogos em 15 dias e treinador dispara: "Não há gestão nenhuma"
05 Dez 2025 | 18:03
Liga Portugal Betclic 25/26: Benfica - Sporting (Jornada 13) ao minuto
05 Dez 2025 | 17:48
Atenção Benfica! Antigo jogador de José Mourinho envolvido em escândalo de apostas na Turquia
05 Dez 2025 | 17:38