José Neto e restante comitiva nacional elogiada por cara conhecida do Benfica

Um dos momentos que chamou mais à atenção foi a troca de Georgiy Sudakov por Tomás Araújo. Uma substituição que causou estranheza, contudo, José Mourinho fez questão de explicar a ideia por detrás da sua decisão, que acabou por ser importante para o triunfo do Benfica, na visita ao Ajaz.

José Mourinho: "Se tivesse no banco alas que me pudessem fechar espaços e ao mesmo tempo matar em contra-ataque"

Em declarações à Sport TV, no Johan Cruyff Arena, José Mourinho começou por salientar a falta de jogadores para fazer a posição de Sudakov e, ao mesmo tempo, cumprir as tarefas defensivas, daí ter apostado na utilização do camisola 44 das águias.

"Se tivesse no banco alas que me pudessem fechar espaços e ao mesmo tempo matar em contra-ataque, é o que qualquer treinador gosta de ter", afirmou o Special One, em resposta à questão colocada pelo jornalista, durante a flash interview.

José Mourinho: "Se posso proteger o António [Silva] e o Otamendi de um 2x1 e criar superioridade com o Tomás... o objetivo era ganhar"

"Mas naquele momento eles jogavam com dois atacantes - um com 2 metros e outro com 1,90 metros - e podia haver muitos cruzamentos e bolas paradas", acrescentou José Mourinho, justificando uma vez mais a sua decisão de lançar Tomás Araújo no lugar de Sudakov.

Para concluir, José Mourinho frisou que o foco sempre foi conseguir o triunfo, custasse o que tivesse de custar: "Se posso proteger o António [Silva] e o Otamendi de um 2x1 e criar superioridade com o Tomás... o objetivo era ganhar".

Kobbie Mainoo nãio tem tido uma temporada fácil no Manchester United. Além da pouca utilização, o jovem médio dos red devils viu ser impedidda a sua saída em janeiro por Ruben Amorim. O antigo jogador do Benfica não pretende que hajam partidas e o inglês não é o único jogador nessa situação, algo que também acontece a Joshua Zirkzee.

O antigo benfiquista foi confrontado com esta situação horas antes da partida frente ao Everton – onde os red devils acabariam por perder. "Fui jogador de futebol. Compreendo tudo e quero ajudar os meus jogadores em todas as situações", adiantou Ruben Amorim, mostrando que entende o que os seus futebolistas sentem.

"Quero que os meus jogadores sejam felizes. Entendo a frustração de alguns ao verem que o Mundial está aí e sei o que isso significa, mas o Manchester United vem primeiro", acrescentou o ex-futebolista, que conquistou títulos ao serviço do Glorioso, ao lado de Jorge Jesus.

"A primeira coisa é que o clube está em primeiro lugar, por isso temos de pensar no clube e na equipa, e depois tudo pode acontecer. Se puder ajudar o clube e os jogadores, ficarei feliz. Se não, tenho de pensar na equipa", atirou, por fim, o treinador dos red devils, horas antes de ter sofrido um desaire frente ao Everton.

A situação de Mainoo e de Zirkzee não tem sido famosa. Ambos os atletas, considerados promissores, ainda não somaram qualquer titularidade na Premier League, algo que certamente não os deixa satisfeitos. Além disso, a pouca utilização – o inglês tem 136 minutos, o neerlandês conta com 82 minutos – não os favorece.

José Mourinho admitiu que no segundo tempo mudou a estratégia. No rescaldo da partida, onde falou do triunfo sobre o Ajax, o treinador do Benfica assumiu que no segundo tempo, houve um ambiente de pressão, de forma a que as águias esperaram pelo erro do adversário.

José Mourinho: "Isso é uma pressão diferente"

"Disse ontem que uma coisa é jogares a querer ganhar, outra é teres de ganhar, Isso é uma pressão diferente", começou por dizer José Mourinho, em declarações à Sport TV, recordando as palavras que tinha proferido durante a conferência de imprensa, que decorreu ontem, 24 de novembro.

De seguida, o treinador das águias explicou que o estilo tinha de ser adaptado, uma vez que o Benfica não é uma equipa que tenha muitos erros a nível ofensivo: "Não somos uma equipa com muita gente rápida no ataque para sermos muitos perigosos em transição".

José Mourinho: "Atuaram com as armas que tinham, soubemos defender e ser sólidos"

"Tínhamos de fazer o jogo de outra maneira e os jogadores fizeramo-no muito bem, estão de parabéns", acrescentou, explicando que face a um adversário com as características como as do Ajax, era preciso ter uma abordagem diferente do encontro.

"Atuaram com as armas que tinham, soubemos defender e ser sólidos. O golo do Barreiro acaba com o jogo, mas mesmo sem ele a sensação no banco era de que o jogo estava controlado", concluiu por fim, em declarações após a partida em Amesterdão.