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Futebol
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Na antecâmara do duelo entre o Benfica e o Bayern Munique, a contar para a 3.ª jornada do Mundial de Clubes, a imprensa nacional tem feito questão de partilhar várias curiosidades sobre os clubes que estão em prova. Mais recentemente, foi feito um artigo sobre Kurt Landauer, lendário presidente dos bávaros, que sobreviveu a um campo de contração nazi.
Partilhado pelo jornal A Bola, o diário deu a conhecer a tocante história do dirigente de origens judaicas. Antes de ser eleito presidente do colosso alemão, Landauer foi futebolista dos alemães em 1901, antes de rumar à Suíça para estudar. Em 1913, foi eleito dirigente do Bayern, tendo cumprido um total de quatro mandatos em 18 anos. Ao lado do treinador Richardo Dombi, também de origens judaicas, Kurt Landauer testemunhou o primeiro campeonato dos bávaros, em 1932.
Com a subida de Adolf Hitler ao poder, em 1933, começou a haver uma grande onda de perseguições a todos os judeus que viviam na Alemanha, incluindo no desporto. Face à forte repressão, em março desse mesmo ano, Landauer foi forçado a demitir-se da presidência do emblema da Baviera.
Cinco anos mais tarde, em 1938, viria a ser capturado e enviado para um dos campos de concentração, destinado ao extermínio de judeus. Após a sua detenção, Kurt Landauer foi enviado para as instalações de Dachau, a poucos quilómetros de Munique, onde ficou registado como o prisioneiro n.º 20009.
Por ter cumprido serviço militar (combateu na 1.ª Guerra Mundial), acabou por ser libertado 33 dias mais tarde e fugiu para a Suíça, mas a sua família não teve a mesma sorte, sendo que os serus irmãos perderam a vida. Na altura, o Bayern era considerado um clube judeu, devido às suas ligações fortes à comunidade judaica, por isso, acabou por ser relegado à 2.ª divisão da Baviera. Em 1940, num gesto de desafio a Adolf Hitler, os jogadores, numa deslocação a Zurique, acenaram na direção de Kurt Landauer, que se encontrava nas bancadas.
No rescaldo do encontro, que terminou com um desaire, ex-técnico do Benfica reconheceu algumas dificuldades, mas mostrou-se satisfeito com a qualificação
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O Grupo B do Mundial de Clubes ficou concluído com a realização das partidas referentes à 3.ª jornada da competição. Na madrugada de 24 de junho, o Botafogo, de Renato Paiva, mediu forças com o Atlético Madrid. Depois do triunfo impressionante frente ao PSG, o fogão caiu perante os colchoneros (1-0), mas o ex Benfica conseguiu assegurar a qualificação.
Renato Paiva: “Vou comer um bom jantar, beber um bom vinho tinto”
No final do encontro, em declarações à DAZN, o timoneiro português reconheceu que a equipa teve dificuldades: “Sabíamos que estávamos a jogar contra uma grande equipa. Não defendemos tão bem, não pelo golo, mas porque descemos demasiado cedo, demasiado do que eu queria e pedia, mas sei que estamos a jogar contra uma grande equipa, grandes jogadores”.
Renato Paiva: “Não defendemos tão bem, não pelo golo, mas porque descemos demasiado cedo”
“À medida que o tempo passa, eles começam a pensar no resultado, e isso afeta o jogo todo. Queríamos ter mais bola e, em transição, devíamos ter decidido melhor”, acrescentou o antigo treinador dos vermelhos e brancos, afirmando que o jogo não correu tão bem como tinha sido o anterior, contra os franceses.
De seguida, o ex-Benfica deixou rasgados elogios aos seus jogadores, frisando a sua qualidade e talento: “São jogadores extremamente talentosos. O Brasil tem excelentes treinadores. Mesmo os estrangeiros que vão para lá são muito bons. Todos nós ajudamos a mostrar o que o Brasil realmente é”.
Renato Paiva: “São jogadores extremamente talentosos”
Por fim, apesar da derrota frente à equipa de Simeone, fruto de um golo solitário de Antoine Griezmann, o timoneiro do vencedor da Libertadores mostrou-se bem disposto e revelou que como iria celebrar a passagem aos oitavos de final: “Vou comer um bom jantar, beber um bom vinho tinto e depois preparar o próximo jogo”.
Campeão europeu passou em primeiro do grupo e médio internacional português formado nos encarnados falou das expectativas para o resto da competição
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O PSG venceu o Seattle Sounders na terceira e última jornada da fase de grupos, garantindo o primeiro lugar do grupo B. Após a vitória dos parisienses, João Neves, ex-Benfica, analisou a partida e o futuro da equipa no Mundial de Clubes, após garantirem presença nos oitavos de final.
“Foi um bom jogo. Esteve muito calor lá fora. Tentámos jogar o nosso melhor e conseguimos a vitória, era o mais importante. Queríamos ficar em primeiro lugar, então é um bom dia. Não sabemos com quem vamos jogar, mas como sempre disse, isso não interessa para nós. Tentamos mostrar a nossa identidade no jogo, seja contra quem for. Estamos confiantes com esta vitória”, disse o médio.
João Neves: "“Sentimo-nos campeões, mas isto é outra competição"
João Neves falou ainda da equipa que tem à sua volta e afirmou estar a disfrutar do futebol praticado pelo coletivo, apesar de admitir que há espaço para melhorar: “Estou a gostar muito desde o início. Não é só nos contra-ataques. Tanto a jogar em posse de bola, como a jogar sem ela, acho que é a equipa é muito completa. Mas podemos sempre melhorar em todas as situações. Tentamos fazê-lo em todos os jogos.”
“Sentimo-nos campeões, mas isto é outra competição. Começámos todos com zero pontos e vamos tentar ganhar”, concluiu o médio, que recentemente venceu a Liga dos Campeões ao serviço do PSG, tendo um forte contributo nas conquistas da equipa na temporada que ainda não terminou.
Existe um cenário em que o Benfica defronta o campeão europeu em título, mas seria apenas nos quartos de final. O PSG, por ter passado em primeiro lugar do grupo C, vai jogar contra o segundo classificado do grupo A, o Inter Miami, de Messi, que venceu o Porto na segunda jornada da fase de grupos. Os encarnados, caso se qualifiquem em segundo lugar, vão bater de frente com o primeiro do grupo D. Em caso de vitória das águias e dos parisienses, os dois emblemas vão encontrar-se na ronda seguinte e João Neves e Gonçalo Ramos, terão a oportunidade de defrontar a antiga equipa.
Encarnados vão enfrentar o Bayern Munique na terceira e decisiva jornada do grupo C da nova competição da FIFA, com vista a qualificação para os ‘oitavos’
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O Benfica vai ter um jogo decisivo frente ao Bayern Munique, esta terça-feira, dia 24 de junho, com a qualificação para os oitavos de final do Mundial de Clubes em jogo. Os alemães já estão dentro, mas existem cenários em que os encarnados terminam em primeiro, em segundo, ou até mesmo, acabam por ser eliminados do grupo C da prova. Agarre na calculadora e vamos fazer contas.
O empate frente ao Boca Juniors na primeira jornada (2-2) atirou para a última etapa as decisões a respeito da qualificação do Benfica para os oitavos de final do Mundial de Clubes. Os encarnados foram felizes na segunda ronda do grupo ao vencer o Auckland City por 6-0, e beneficiou-se da vitória do Bayern Munique por 2-1 frente aos argentinos. Esta combinação de resultados deixou as águias em boa posição para garantir a passagem para a fase seguinte da prova.
Mas nada está resolvido. O Benfica, neste momento, ocupa o segundo lugar do grupo C e existem vários cenários para o jogo de hoje frente ao Bayern Munique: em caso de vitória, os encarnados ficam em primeiro, em caso de empate em segundo, e em caso de derrota, as contas complicam-se. A equipa comandada por Bruno Lage será eliminada se perder com os alemães e o Boca Juniors vencer o Auckland City por um resultado que lhes permitam ficar em vantagem na diferença de golos.
O saldo de golos será decisivo e, nesta altura, o Benfica tem uma diferença (marcados/sofridos) de +6 golos e o Boca Juniors de -1. Os encarnados serão eliminados caso ocorra os seguintes cenários:
- Se perder 1-0 e o Boca Juniors ganhar por pelo menos 6-0;
- Em caso de um desaire por 2-0 e o Boca Juniors ganhar por pelo menos 5-0;
- Um derrota por 3-0 e o Boca Juniors ganhar por 4-0, as águias vão ter vantagem nos golos marcados, logo argentinos precisam de marcar 5 e não sofrer nenhum;
- Se perder por 4-0 e o Boca Juniors vencer por 3, os vermelhos e brancos têm vantagem nos golos marcados, assim sendo, a turma albiceleste precisar de marcar quatro e não sofrer nenhum;
- Se sair derrotado por 5-0 e o Boca Juniors ganhar 2-0, os encarnados terão vantagem nos golos marcados, logo argentinos precisam de marcar 3 e não sofrer nenhum;
- Caso o Benfica perca por 6-0 e os argentinos ganharem por 1-0, as águias contam com uma vantagem nos remates certeiros.
- No cenário do Bayern Munique golear os encarnados por 7-0, o Boca Juniors precisa de vencer por 1-0.
Em suma, caso o Benfica queira garantir presença nos oitavos de final do Mundial de Clubes, e não consiga pontuar frente ao Bayern Munique, terá de esperar que o Boca Juniors não marque muitos golos ao Auckland City, que é em teoria, uma equipa mais limitada que os argentinos.