Números não mentem: Otamendi é o 'maratonista' do Benfica

Segunda-feira, 13 de outubro, passa a ser uma data inesquecível para o futebol de Cabo Verde. Na tarde hoje, os tubarões azuis, que tiveram o ex-Benfica, Bruno Varela. no banco de suplentes, asseguraram a primeira presença numa fase final do Campeonato do Mundo, ao derrotarem o Eswatini por 3-0.

Trata-se de um momento histórico para o país africano, que vai poder marcar presença no Mundial do próximo ano, nos Estados Unidos, Canadá e México. O antigo guardião das águias - que rumou ao futebol da Arábia Saudita - é um dos 23 nomes que irá ficar para sempre na história do futebol cabo-verdiano.

Depois de um empate a louco, diante da Líbia na jornada anterior (3-3), os tubarões azuis, a jogar em casa, estavam obrigados a terem um resultado igual ou melhor do que os Camarões, para cumprirem o objetivo traçado. Apesar da superioridade frente ao Eswatini, a primeira parte ficou marcado por um nulo no marcador.

Np segundo tempo, a história foi diferente. Apesar de manter o domínio da partida, Cabo Verde conseguiu chegar aos tão desejados golos. O tento inicial surgiu à passagem do minuto 48, assinado por Livramento. Minutos mais tarde, quando o cronómetro batia a marca dos 54', Willy Semedo deu ainda mais certezas ao seu país, ao fazer o 2-0. A confirmação apareceu aos 90+1', com Stopira a fazer o 3-0 final. 

Após o apito final, as emoções estavam ao rubro perante um momento histórico para Cabo Verde, que se tornou no quatro país lusófono a marcar presença em fases finais do Campeonato do Mundo. Em declarações à imprensa, Paulino Dias destacou o feito dos tubarões azuis: "Esta passa a ser uma das três datas mais importantes da história de Cabo Verde, depois do Dia da Independência e do Dia da Democracia"

Foi à precisamente 25 anos atrás que José Mourinho teve a sua primeira experiência como treinador principal, logo à frente do Benfica. Duas décadas mais tarde, o Special One regressou à Luz e há quem recorde a altura em que o português esteve à frente da União de Leira, depois da sua dospensa das águias.

João Bartolomeu: "Vi dois treinos no Benfica e era aquilo que eu queria"

Em entrevista ao jornal A Bola, João Bartolomeu, antigo presidente dos uniolistas recordou a passagem do Special One e explicou a aposta no técnico portuguêd: "Lembrei-me do nome dele porque eu gostava de treinadores em início de carreira. Vi dois treinos no Benfica e era aquilo que eu queria. Métodos muito modernos para altura, com muita bola, e era isso que eu queria".

Em relação ao contrato celebrado entre as partes, João Bartolomeu revelou alguns detalhes: "Eu tinha um plafond para todos os treinadores e ele aceitou. Ele queria trazer o Mozer e eu disse que não. Veio ganhar 5.000 euros por mês, que era o valor que eu dava a todos os treinadores, tal como o Jorge Jesus. Fez a equipa técnica e tudo se resolveu". 

João Bartolomeu: "Trouxe-o para Leiria porque vi nele uma coisa diferente: a vontade de ser um grande treinador"

"Trouxe-o para Leiria porque vi nele uma coisa diferente: a vontade de ser um grande treinador. Ele queria ser grande. Era, foi e será, Fez um estágio espetacular, nunca tinha visto uma coisa assim na minha vida", continuou o antigo líder do emblema da cidade de Lis, em entrevista ao jornal A Bola.

Por fim, João Bartolomeu recordou a partida do Special One - que regressou aos treinos - para a Invicta: "O Mourinho saiu a custo zero da UD Leiria para o Porto. Não recebemos um euro. Éramos um clube humilde e tivemos de aceitar. A forma extraordinária de negociar do senhor Pinto da Costa foi decisiva. O contrato ficou fechado em Fátima",

Amar Dedic, que reforçou o Benfica no último mercadod e verão, esteve em ação na último noite, 12 de outubro, na goleada da Bósnia, diante da Malta, por quatro bolas a uma. Quase a regressar aos encarnados, o lateral-direito teve direito a uma partida inesquecível.

Depois do empate contra o Chipre (2-2), o selecionador nacional decidiu operar uma autêntica revolução no onze titular dos bósnio, sendo que, Amar Dedic foi um dos três jogadores que repetiu a titularidade, depois do encontro de sexta-feira, o que permitiu ao camisola 17 envergar a braçaceira de capitão, pela segunda vez em 22 internacionalizações.

O facto de estarem a jogar na condição de visitante não retirou o foco à Bósnia, que entrou melhor no encontro frente ao conjunto de Malta. Ao intervalo, o conjunto do craque do Benfica já vencia por uma bola a zero, graças ao tento apontado por Amar Memic, ao minuto 18.

No segundo tempo, já com o camisola 17 no banco de suplentes, os forasteiros voltaram a encontrar o caminho golo e, à passagem do minuto 53, Haris Tabakovi dobrou a vantagem. No entanto, a Malta conseguiu responder, na conversão de uma grande penalidade, aos 60 minutos, por Paul Mbong. Já na etapa complementar da partida, Tabakovi bisou, fazendo o 3-1 e, dois minutos mais tarde, Nail Omerovic fez o 4-1 final.

Amar Dedic terminou assim a sua segunda pausa internacional, com partidas diante do Chipre e Malta, Os próximos duelos da Bósnia estão agendados para o mês de novembro, jogos de qualificação para o Campeonato Mundo, Roménia (15/11) e Áustria (18/11).