
Apontamento - Vermelho e Branco - Comunicados por falta de tempo
RC não dá a cara para defender o Benfica, como não da quando lances são analisados com camaras fora do estádio etc, etc, etc, não tem tempo…
19 Mar 2025 | 18:00
As pausas para os jogos das seleções são boas para reflexões sobre o Benfica e esta de março não foge à regra. As reflexões podem ser mais ou menos agradáveis
As pausas para os jogos das seleções são boas para reflexões sobre o Benfica e esta de março não foge à regra. Estas reflexões podem ser mais ou menos agradáveis, consoante o momento desportivo que atravessamos, mas, como este nem é mau de todo, também as mesmas são agradáveis.
No futebol, a nível nacional, estamos em todas as frentes – vencemos a Taça da Liga e temos todas as possibilidades em aberto no Campeonato e Taça de Portugal. Na Champions, fizemos época honrosa que não deslustra, entre resultados mais ou menos positivos, eliminados por um Barcelona que nos é superior e o demonstrou no 2.º jogo, mas se me perguntam se fiquei convencido a resposta é, claramente, não! Vejamos um pouco mais em detalhe a situação.
No Campeonato estamos com um jogo em atraso e a 3 pontos do Sporting. Claro que poderia ser muito melhor, não tivéssemos tido algumas paragens cerebrais coletivas, absolutamente incompreensíveis como recentemente em Rio Maior com o Casa Pia, em casa com o Braga, nas Aves ou em Moreira de Cónegos. Bem me podem dizer que faz parte da competição e que não se pode ganhar sempre. Claro que sim, é uma verdade perene que atravessa quaisquer décadas, mas não nos dá alegrias quando os desgostos nos tocam.
O calendário até ao final do campeonato é indiscutivelmente mais difícil que o do nosso rival, mas tendo o melhor plantel que foi bem reforçado em janeiro (pese a infelicidade do Manu Silva e a lacuna de um lateral direito alternativo a Bah desde há mais de 2 épocas), só temos de acreditar que iremos vencer todos os jogos. Rio Ave foi a cabal demonstração da minha razão – vencemos pela valia do plantel, com mais do que uma pitada de emoção, causada por soberbas desnecessárias de quem não é um virtuoso com a bola nos pés. Se estes momentos foram a exceção que confirma a regra, o campeonato será nosso. Caso contrário, saibamos dar os parabéns ao nosso rival pelo bicampeonato.
A Taça de Portugal está claramente ao nosso alcance, assim saibamos respeitar o Tirsense para estar no Jamor. Aqui chegados, campeões de preferência, temos tudo para confirmar a nossa superioridade a nível interno esta época.
Barcelona foi o culminar do que eu considero ser uma época aceitável na Champions. Umas vitórias retumbantes (Atlético de Madrid e Mónaco), umas derrotas frustrantes (Feyenoord e Barcelona), chegámos aos oitavos e poderíamos, com um pouco de ousadia e engenho, sobretudo de Lage, ter ido mais além. Ouvi João Alves fazer uma crítica pertinente sobre o 2º jogo no Olímpico de Barcelona, ao referir que, com melhor aproveitamento do plantel e outro sistema tático, poderia ter sido diferente. Na minha confessada ignorância tendo a concordar com ele, embora reconhecendo que, normalmente, este Barcelona nos ganha em qualquer eliminatória a 2 mãos.
Os Estatutos foram aprovados por cerca de 8 mil sócios que foram votar em dia de jogo com mais de 50 mil espetadores na Luz. Confesso ter ficado desapontado com tão poucos sócios a votar, confirmando que a preocupação principal da esmagadora maioria é a de que a equipa jogue melhor e ganhe aos seus adversários. Aprovados por 91% dos votos, aí temos os novos Estatutos, com possíveis imprecisões jurídicas a serem corrigidas, mas nada que os ponha em causa. Decorre desta aprovação inequívoca que as próximas eleições serão regidas por estes novos Estatutos, o que, claramente, é sinal de uma nova era.
Por falar em eleições, estou com o “feeling” de que, afinal de contas, quando chegar a hora da verdade, as listas concorrentes serão muito menos do que as 6 que há pouco tempo se perspetivavam. As últimas semanas aparentam sugerir que Rui Costa irá avançar e que Galinha se afastou, sobretudo quando o seu mais visível apoiante, Varandas Fernandes, surge numa entrevista a lançar o nome de LFV. Mauro Xavier anda a posicionar-se, dando entrevistas sustentadas em ideias absolutamente pertinentes quando não inovadoras, esperançado de que estas serão suficientes para os Sócios se esquecerem do apoio dado a LFV, “in illo tempore”. Para Noronha Lopes, será o “agora ou nunca”, mas vai sendo tempo de se mostrar e apresentar ideias (sob risco de ficar com o anátema de as copiar dos outros). Dos restantes, o tempo se irá encarregar de fazer compreender a alguns deles que irem a eleições não passa de uma vaidade, pese embora uns quantos andem convencidos de que a candidatura lhes dará projeção para o futuro.
Ainda sobre as eleições, há inevitavelmente uns temas que irão ser debatidos durante a campanha e poderão influenciar largamente os resultados. Sem esquecer o impacto de como irá terminar a época desportiva, dado que o ganhar ou perder pode ser tudo, e sem pretender ser exaustivo, será inevitável discutir:
(i) a temática do incremento das receitas, que irá cruzar com a futura centralização dos interesses televisivos que inevitavelmente irá requerer a reformulação dos quadros competitivos, bem como a necessidade do aumento da capacidade do Estádio, face ao incremento das listas de espera por lugares cativos;
(ii) a gestão da dívida do Clube/SAD (faltam as Contas Consolidadas para a perceção ser mais evidente);
(iii) o gigantismo da estrutura do Clube e da SAD, incompatível com uma gestão financeira racional;
(iv) no futebol, em concreto, as políticas (a) de escolha de treinadores que, pelo seu passado, deveriam ser bandeiras internacionais de representação institucional, (b) de contratações, em que não parcas vezes aparentam ser ditadas pelos interesses dos empresários; ou (c) de apoio do Benfica aos órgãos de cúpula do futebol português (Liga e FPF), sobretudo depois de Rui Costa ter incompreensivelmente dado o apoio a Proença;
(v) o ecletismo do Benfica.
Por falar em ecletismo, uma palavra final para as modalidades, que custam anualmente ao futebol mais de 30 milhões de euros. Sejamos claros – pelos meus cálculos, apenas menos de 3 mil Sócios (em 400 mil como registam os números atuais), pagam a quota das modalidades. Pode-se dizer que apoiam as modalidades? Porque não convocar uma Assembleia Geral para se discutir corajosamente o tema?
Manuel Boto
Sócio nº 2794
Apontamento - Vermelho e Branco - Comunicados por falta de tempo
RC não dá a cara para defender o Benfica, como não da quando lances são analisados com camaras fora do estádio etc, etc, etc, não tem tempo…
Nobre Vagabundo
Eu não embarco na teoria da premeditação, mas lá que esta decisão comporta todos os ingredientes para tal, lá isso comporta
Corte a ... Direito: Saber Comunicar (no Desporto)
A comunicação do Sport Lisboa e Benfica é um dos principais alvos a mudar urgentemente. Não há estratégia que aguente com comunicados tardios
Apontamento - Vermelho e Branco - Comunicados por falta de tempo
RC não dá a cara para defender o Benfica, como não da quando lances são analisados com camaras fora do estádio etc, etc, etc, não tem tempo…
18 Abr 2025 | 06:00
Nobre Vagabundo
Eu não embarco na teoria da premeditação, mas lá que esta decisão comporta todos os ingredientes para tal, lá isso comporta
16 Abr 2025 | 06:00
Corte a ... Direito: Saber Comunicar (no Desporto)
A comunicação do Sport Lisboa e Benfica é um dos principais alvos a mudar urgentemente. Não há estratégia que aguente com comunicados tardios
15 Abr 2025 | 06:00
SUBSCREVER NEWSLETTER