Num texto de opinião que recorda grandes façanhas euroopeias da parte dos vermelhos e brancos, Tiago godinho salienta importância do triunfo diante turcos

O Sport Lisboa e Benfica falhou apenas uma vez a presença na Liga dos Campeões nas últimas 15 edições (2020/21). Nas 14 participações anteriores alcançou:

• Quartos-de-final – 4 vezes (2011/12, 2015/16, 2021/22, 2022/23)
• Oitavos-de-final – 2 vezes (2016/17, 2024/25)
• Relegado para a Liga Europa – 6 vezes (2010/11, 2012/13, 2013/14, 2018/19, 2019/20, 2023/24)
• Eliminado na fase de grupos – 2 vezes (2014/15, 2017/18)

É factual: no mandato de Rui Costa a performance interna ficou muito aquém da exigência benfiquista: 1 Campeonato, 1 Taça da Liga e 2 Supertaças. Mas também é justo reconhecer que as últimas quatro épocas europeias foram francamente positivas, bem acima do registo das dez anteriores.

A Liga dos Campeões, tal como o Campeonato Nacional, são competições onde o Benfica tem de estar sempre. Para quem cresceu na década de 80 e 90 ver o Sport Lisboa e Benfica campeão, era sinónimo de uma dupla alegria: o título e a certeza de atacar novamente o sonho da 3.ª Taça dos Campeões. O nosso lastro europeu fala por si – 2 finais vencidas, 3 finais da Taça UEFA/Liga Europa e 2 presenças nas meias-finais da Taça das Taças.

Hoje, porém, a presença na fase de grupos da Liga dos Campeões é também uma questão de sustentabilidade financeira. Basta ver:

• 2019/20 – 48,5 M€
• 2020/21 – 10,1 M€
• 2021/22 – 65,4 M€
• 2022/23 – 74,3 M€
• 2023/24 – 49,0 M€

Nas épocas de 2021/22 e 2022/23, a participação europeia foi a principal fonte de receita operacional da SAD, acima até dos direitos audiovisuais.

Isto mostra bem a importância do jogo de amanhã. Vencer o Fenerbahçe é fundamental para o presente e futuro do Benfica. E quem vier a liderar o clube a partir de outubro tem de ter três certezas:

1. Ser competente no futebol – vencer mais campeonatos e, assim, garantir sempre a presença na Liga dos Campeões.
2. Aumentar as receitas dos direitos audiovisuais – condição essencial para manter competitividade na Europa.
3. Valorizar o produto Liga Portugal – reformulando os quadros competitivos, para haver mais jogos entre os melhores e maior equilíbrio nos clubes médios.

A candidatura de João Diogo Manteigas defende precisamente isso:

• Aposta firme no Seixal, com plantéis mais curtos para dar espaço aos formados na Academia.
• Recrutamento antecipado e eficiente, garantindo substitutos de qualidade a custos mais baixos.
• Reforma dos quadros competitivos, iniciando um debate sério com os restantes clubes e a Liga, já tendo publicado a sua proposta.

A ambição é a de sempre: vencer em Portugal e voltar a ombrear com os maiores da Europa. Já o fizemos no passado e com competência e estratégia, nada é impossível para o Sport Lisboa e Benfica.

Vencer o Fenerbahçe!

Viva o Incomparável, o Sport Lisboa e Benfica!