Ricardinho anuncia quem vai apoiar nas eleições: "Vai viver para o Benfica" (Vídeo)

Bernardo Silva considera inaceitável o menor tempo de descanso que o Manchester City teve para o embate com o Arsenal. No final do encontro, o antigo jogador do Benfica, que tem estado envolvido nas eleições das águias e que até protagonizou um momento algo caricato, lamentou o sucedido.

Bernardo Silva sem meias palavras: “Não estava em condições ideais para jogar”

“Se tivéssemos perdido, não diria isto. Mas a verdade é que não podemos chegar a um dos jogos mais importantes da época com tamanha desvantagem em termos de descanso. Não é justo disputar um jogo destes nestas condições. Simplesmente não está certo. Eles tiveram cinco dias para recuperar, nós apenas dois dias e meio. Num dos jogos mais importantes, isto não pode acontecer", começou por afirmar Bernardo Silva.

"Não estava em condições ideais para jogar assim, e quem nunca jogou ao mais alto nível não sabe o que é disputar uma partida destas. É preciso estar na melhor forma possível. Vimos Khusanov lesionar-se porque estes jogos exigem muito. Sinto-me frustrado por não termos conseguido estar no nosso melhor nível apenas por causa da decisão de alguém que acha justo jogar com dois dias e meio a menos do que o Arsenal”, acrescentou Bernardo Silva.

Bernardo Silva: “É preciso ter algum bom senso”

"O que pedimos é que não nos importamos de jogar de três em três ou de quatro em quatro dias, nem de disputar 60 jogos porque já estamos habituados. O que pedimos é bom senso, porque este é um dos maiores jogos da temporada. E não é por nossa causa", afirmou Bernardo Silva, antigo jogador do Benfica.

"Não acho que estejam a tentar fazer-nos perder. Isto pode acontecer ao Arsenal ou ao Liverpool daqui a alguns meses. Mas quando se joga um Arsenal contra City, ou City contra Liverpool, ou Liverpool contra Arsenal, é preciso ter algum bom senso e compreender estas situações, porque num jogo tão importante, os jogadores têm de estar nas mesmas condições físicas, caso contrário não considero justo”, finalizou Bernardo Silva.

José Mourinho foi oficializado como treinador do Benfica na passada quinta-feira, mas a verdade é que o técnico já implementou várias mudanças no dia-a-dia das águias. O treinador pretende mudar algumas das rotinas do plantel e, em conjunto com a estrutura, colocou esse processo em andamento.

A primeira grande mudança passa pela alteração da conferência de imprensa de antevisão dos encontros do Benfica. Contrariamente ao que vinha sendo habitual, a conversa com os jornalistas fica agora agendada para as 15h00. Uma outra mudança é que José Mourinho permitiu 15 minutos abertos à comunicação social.

Pelo menos para já, estas foram algumas das mudanças colocadas em prática por José Mourinho. Porém, é provável que, gradualmente, o técnico do Benfica vá introduzindo novas alterações às rotinas dos atletas. O que não mudou foi o facto de, nos jogos em casa, não ser realizado um estágio.

Na antevisão do encontro diante do Rio Ave, José Mourinho revelou a maior dificuldade que entrou na chegada ao Benfica: "O tempo que não existe. Hoje e ontem libertei-me um pouco mais, mas não é só o trabalho de campo com os jogadores, é as pessoas conhecerem-me, coisas para mudar. Não exagerar na informação é importante”.

O Benfica – Rio Ave joga-se na próxima terça-feira, 23 de setembro, no Estádio da Luz, e diz respeito à primeira jornada da Liga Portugal Betclic. Depois do triunfo no terreno do AFS, a turma de José Mourinho, ocupa o segundo lugar do Campeonato Nacional, com 13 pontos em cinco encontros (quatro vitórias e um empate).

Bruno Prata defende que Rui Costa “não soube sequer tirar partida” da contratação de José Mourinho. Num artigo de opinião, o comentador deixa rasgados elogios a José Mourinho - que fez antevisão do embate diante do Rio Ave -, considerando que o técnico do Benfica brindou tudo e todos com a sua excelente capacidade de comunicação.

Bruno Prata sobre Rui Costa: “Semblante macambúzio”

“Mourinho, como era de esperar, deu uma 'masterclass' de comunicação na sua apresentação e voltou a fazê-lo na promoção do jogo de hoje com o Rio Ave. No primeiro caso, contrastou mesmo com o semblante macambúzio de um Rui Costa que não soube sequer tirar partido de uma contratação que, inevitavelmente, será sempre observada como a melhor jogada eleitoral que podia ter tido”, defendeu Bruno Prata.

“Se dúvidas houvesse, Mourinho mostrou aí que não mudou de pele. E os adversários, os árbitros, os jornalistas e todos aqueles que trabalham com ele mais de perto não tardarão a confirmar que traços de caráter, padrões comportamentais e a forma como se interage com o mundo da bola não se alteram aos 62 anos”, acrescentou Bruno Prata.

“Num Benfica que voltou a gastar como ninguém, que teve cinco treinadores nos últimos quatro anos e que só conquistou quatro (incluindo um título de campeão) dos 20 troféus que disputou neste período, o regresso de um treinador carismático e com o currículo de José Mourinho tinha inevitavelmente de resultar num sentimento de grande sebastianismo”, defende Bruno Prata.

“Ninguém dúvida que continua a ser um treinador capacitado e contemporâneo como poucos, seja na qualidade de treino, na faceta estratégica ou nos 'mind games'. Mas Mourinho não devia aproveitar este seu regresso ao futebol português apenas para lutar pelos títulos de campeão de que já tem saudades. É também uma grande oportunidade, quiçá a derradeira, de contrariar a índole conservadora que a crítica lhe rotulou”, finalizou Bruno Prata, num artigo de opinião no jornal Record.