'Saco Azul' do Benfica volta à baila: Luís Filipe Vieira tem julgamento marcado e não vai sozinho

O Benfica vai estrear-se em feira internacional, tratando-se da Expo Padel World. O anúncio foi feito pela organização do evento em questão, que recorreu às redes sociais para dar a conhecer o Clube da Luz como um dos parceiros da feira. 

"🖐️🛑 Para de fazer scroll 🖐️🛑 O @slbenfica é parceiro oficial da Expo Padel World. 😎🎾", escreveu a Expo Padel World na descrição da publicação que anunciou o Glorioso como um dos parceiros do evento. 

A Expo Padel World trata-se da primeira feira internacional do desporto mencionado realizada em Portugal, sendo que vai ter lugar no MEO Arena, entre 29 e 30 de junho, em Lisboa. O evento em si inclui jogos, serviços, produtos, equipamentos, infraestruturas e talks. É uma experiência que tem atraído cada vez mais entusiastas pelo desporto do padel, mas não só.

A poucos dias do início da feira, a organização do evento já deu a conhecer o programa, tendo revelado que o Benfica vai ter direito a um espaço, onde vai abordar "as suas últimas iniciativas no mundo do padel" e vai decorrer no sábado, dia 29 de junho, entre as 11h00 e as 11h20. 

Além desta conversa, o Benfica vai, ainda, ter um expositor no recinto escolhido para dar palco à feira internacional de padel, ao lado de muitas outras organizações que são parceiras do evento sobre o desporto.

Confira aqui a publicação:

Luís Mendes, um dos braços direitos de Rui Costa no Benfica, está em rutura com alguns rostos da administração encarnada, estando apontando à saída do Clube da Luz. Segundo informa o jornal Record, o vice-presidente da Benfica SAD vive já há algum tempo em divergência com alguns membros da estrutura. 

De acordo com informações apontadas pelo diário desportivo português, a tensão vivida internamente no Glorioso intensificou-se na última semana, após uma reunião da Benfica SAD, onde ocorreu uma discussão acerca do modelo de funcionamento da sociedade encarnada. 

"Luís Mendes demonstrou a intenção de bater com a porta, com Rui Costa a tentar por todas as formas demover o coletivo na administração da SAD", pode-se ler no jornal Record, desta terça-feira, dia 11 de abril, com o diário desportivo a indicar que ainda se desconhece se Luís Mendes mantém o plano de 'bater com a porta'. 

A mesma fonte dá a conhecer nomes como Fernando Tavares e Jaime Antunes, com quem Luís Mendes tem estado de 'costas viradas'. Além dos dois 'vices', o sucessor de Domingos Soares de Oliveira na pasta das finanças do emblema da Catedral também já chocava com o líder do Conselho Fiscal, Fonseca Santos. 

Importa recordar que o Benfica anunciou, recentemente, duas Assembleias-Gerais, com ambas a estarem marcadas para o próximo sábado, dia 15 de junho. Está agendado para a tarde desse mesmo dia Luís Mendes apresentar o orçamento de investimentos e o plano de atividades para o exercício da direção do Clube da Luz de 2024/25.

Relembre-se que Luís Mendes ocupou um lugar na direção de Rui Costa, nas eleições de 2021, que elegeram o ex-jogador português como o sucessor de Luís Filipe Vieira. Acabou a suceder Domingos Soares Oliveira, assumindo as pastas do administrador que se despediu do Benfica, recentemente. 

Rui Patrício e João Medeiros, os advogados do Benfica no processo 'Saco Azul', compareceram no debate instrutório do assunto, esta terça-feira, dia 30 de abril, no Campus de Justiça, em Lisboa, onde garantiram que não existe qualquer prova capaz de confirmar o processo.

"No processo, já estava há muito tempo assumido que não havia nenhum saco azul. O que é lamentável é o senhor procurador, embora admita que não encontrou provas de nada, continue a falar em saco azul. Está a dizer uma coisa e o seu contrário. É clarinho que não há nenhuma prova. É confessado e admitido por Polícia Judiciária e Ministério Público. É importante que se deixe de chamar o processo de 'Saco Azul', pois não tem objeto há muito tempo", começou por dizer Rui Patrício à saída do local.

João Medeiros também deixou expresso a falta de provas: "Creio que ficou indesmentivelmente demonstrado que as intervenções de Luís Filipe Vieira e Domingos Soares de Oliveira se ficaram a dever ao exercício do cargo, sem o conhecimento concreto dos contratos. Por aí, entendo que vai haver uma decisão de não pronúncia. Também me parece que ficou evidenciado que os serviços foram reais. Penso que será o suficiente para fazer cair toda a acusação".

O Ministério Público também se pronunciou no tema, indo contra os advogados encarnados: "O Ministério Público entende que há indícios suficientes de que os serviços não foram prestados e, não o sendo, não tem sentido pagá-los. Se foram pagos, só tem sentido havendo retorno de dinheiro para o Grupo Benfica. O raciocínio lógico é que o dinheiro retornou ao Benfica. De facto, não temos prova direta disso, mas é uma dedução, pois só pode ter sido assim. Para haver acusação, não preciso de ter prova certa e absoluta, basta apenas ter um raciocínio dedutivo".

"Os indícios giram sobre a questão dos serviços, mas não giram em redor da questão de saber se são prestados ou não. A questão gira em saber se os serviços são reais, o que é uma coisa diferente. Grande parte dos serviços refere-se à alta disponibilidade, que são um seguro e só são ativados quando há um sinistro. Se não houver, os serviços não são prestados, mas são reais", terminou Rui Patrício.