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Na sessão que decorreu hoje, quinta-feira, 15 de abril, contou com a presença de Maria Fátima Pires, inspectora da PJ responsável pelas investigações do caso Saco Azul, que tem como arguidos a Benfica SAD, a Benfica Estádio e os antigos dirigentes Luís Filipe Vieira, Domingos Soares de Oliveira e Miguel Moreira.
Nesta fase do processo, foram apuradas as provas que ligam a empresa Questao Flexível e a sociedade anónima desportiva do Clube da Luz. Em declarações em tribunal, a agente de autoridade começou por referir que a dita empresa tinha várias moradas fiscais: “A Questão Flexível foi constituída pelo casal, a atividade era consultoria informática, mas só tinha dois funcionários. Tentámos começar por perceber se tinha instalações e onde funcionava. Percebeu-se que a sede era num imóvel da mulher, mas que este estava arrendado a outras pessoas. A sede não era ali, naturalmente. Nas diversas instituições bancárias a Questão Flexivel indicava outras moradas. Fomos lá, mas não havia placa a identificar que a empresa exercia ali atividade. A empresa parece que não tinha instalações”.
Mais tarde, segundo a inspectora da PJ, veio-se a descobrir que os encarnados eram os únicos clientes. “Veio-se a apurar que o único cliente era a Benfica SAD e Benfica Estádio. Haviam outros clientes de menor dimensão, mas associados a outras empresas de José Bernardes. Depois procurámos saber de onde vinham as transferências e percebemos que eram da Benfica Estádio e SAD, por serviços prestados”, acrescentou.
Uma vez estabelecida a ligação entre as duas partes, Maria Fátima Pires explicou que o Clube da Luz não disponibilizou os contratos: “O Benfica não os tinha. Do que tenho de cabeça, a explicação que deram foi que estavam em mudanças. Mas não tenho dúvidas que os contratos foram fabricados. Não tenho dúvida que os contratos foram fabricados. Quando os contratos foram fabricados, o Benfica ainda não sabia da investigação e são fabricados, pois estavam a ser pressionados pela gestora de conta para justificar avultadas transferências de dinheiro do Benfica e os levantamentos em numerário”.
Maria Fátima Pires - Mas não tenho dúvidas que os contratos foram fabricados
Sobre as transferências realizadas pela SAD Benfiquista, a inspectora da PJ explicou a situação: “Há um pagamento de cheque do Benfica e depois o levantamento numerário e aparece escrito 89 por cento. Se pegarmos na fatura de dezembro de 2016, há uma fatura de 126500 euros, depois o valor a devolver "valor Dev" era 89 por cento dos 126 500 euros. Colocando na célula do excel ‘valor a devolver’, a fórmula que lá está é 89 por cento sobre o valor net, sem o IVA”.
Sociedade comprou as posses do antigo dirigente dos vermelhos e brancos e num comunicado informou quais são as suas intenções no futuro
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No passado dia 7 de maio, a SAD do Benfica emitiu um comunicado a informar que as ações de Luís Filipe Vieira tinham sido vendidas a terceiros, perante a situação, os encarnados explicaram que iriam contestar a venda. Uma semana mais tarde, o fundo que comprou o dito capital, veio a público revelar as suas intenções.
Em declarações à Agência Lusa, os novos donos do capital que pertencia ao antigo Presidente do Benfica, deixaram uma certeza sobre o futuro desportivo das águias: “Não pretendemos envolver-nos nas decisões desportivas da Benfica SAD”.
Lenore Sports Partners - Não pretendemos envolver-nos nas decisões desportivas
A decisão foi comunicada à Lusa por um dos donos, depois de s«ter sido enviado à CMVM, um comunicado a confirmar a compra da parte da Lenore Sports Partners (LSP). Conforme adiantou a administração encarnada, o fundo passou a ser detentor das 753.615 ações de Luís Filipe Vieira, o que corresponde a cerca de 5,24% do capital do Benfica.
No comunicado que foi enviado à CMVM, o fundo norte-americano mostrou-se contente com a participação no Clube da Luz: “É com enorme orgulho que a Lenore Sports Partners (LSP) anuncia que se tornou acionista qualificada da Sport Lisboa e Benfica -- Futebol, SAD, após adquirir recentemente um conjunto de ações representativas de uma percentagem superior a 5% do capital social e direitos de voto da Benfica SAD”.
Especializados nas áreas ligadas às finanças, desporto, imobiliária, media e marketing, a LSP quer ser um parceiro estável para as águias: “Ser um parceiro do clube à medida que este navega num panorama futebolístico cada vez mais competitivo, explorando oportunidades em mercados e setores onde a Benfica SAD tem grande potencial de evolução”.
Na última terça-feira, a entrevista do maior acionista da SAD causou bastante furor, o que causou um crescimento acentuado e maior procura
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Depois do Benfica ter registado uma subida significativa das suas ações, durante o dia de ontem, 13 de maio. Ao que tudo indica, o crescimento manteve-se hoje, 14 de maio e a subida volta a registar valores impressionantes que, certamente, irão deixar Rui Costa e a restante administração bastante satisfeita com os resultados financeiros.
Segundo os dados que foram apurados através do mercados financeiros, durante a manhã de hoje, as ações das águias voltaram a subir, registando uma subida percentual de 5,92 pontos, o que significa que cada ação custa atualmente cerca de 4,65€. O facto do valor ter subido, acabou também por influenciar o número de compras e vendas dos títulos, Até ao momento em que foi noticiado, foram negociadas cerca de 13.088 ações da SAD Benfiquista, um novo máximo para os encarnados.
Vale lembrar que, na passada terça-feira, 13 de maio, o Benfica registou um aumento exponencial do seu capital, ao registar uma subida de 7,06 pontos percentuais, um valor máximo que já não era registado desde 4 de janeiro de 2022. Nesse mesmo dia, verificou-se ao mesmo tempo, a negociação de cerca de 27.000 títulos.
Não é coincidência que o empresário, José António dos Santos é o autor por detrás do crescimento acelerado das ações detidas pela SAD, liderada por Rui Costa. Vale recordar que o conhecido Rei dos Frangos, o maior acionista individual dos encarnados, admitiu vender a sua quota parte do capital do Clube da Luz.
As ações dispararam em flecha durante o dia de ontem, quando o empresário, que detém cerca de 16,38% do capital, revelou que já tinha sido abordado por investidores norte-americanos. Face a esta informação, José António dos Santos admitiu que estaria disposto a vender a sua percentagem, contudo, frisou que só irá vender as suas ações a partir de um valor mínimo de 12€.
Segundo os dados apurados até ao final desta manhã, 13 de maio, capital encarnado subiu de forma considerável em relação ao fecho do mercado
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No mercado das ações, a SAD do Benfica registou um número histórico na manhã desta terça-feira, 13 de maio. Pelos dados que foram recolhidos até ao momento, os encarnados viram as suas ações subir para os 4,33 euros, o valor mais alto que o Clube da Luz registou desde 2022, num dia em que contabilizou cerca de 27.000 títulos vendidos, um novo máximo desde agosto de 2024.
Até às 12h45 de hoje, o capital dos vermelhos e brancos verficou uma subida de cerca de 11% em relação ao valor cotado na abertura do mercado financeiro. Além disso, em comparação ao fecho do mesmo no dia de ontem, o valor também subiu, na ordem dos 3,59%.
O aumento do valor das ações teve em conta a elevada troca de títulos que se verificou durante a manhã de hoje. Partindo do princípio de que quando a cotação está alta, mais propício fica para uma eventual venda, tal como defende José António dos Santos.
Vale lembrar que, durante o dia de hoje, o empresário, conhecido como o Rei dos Frangos, admitiu numa entrevista ao jornal Negócios que pondera vender a sua quota parte do capital encarnado, atualmente é o acionista individual com maior participação, detendo 16,38%. No entanto, o mesmo assumiu que apenas vende as suas ações por um valor mínimo de 12 euros.
Além disso, a SAD do Benfica procura anular a venda em leilão das ações que pertenciam a Luís Filipe Vieira: “O Sport Lisboa e Benfica informa que, através da sua participada Benfica SGPS, tomou parte no leilão das ações tituladas por Luís Filipe Vieira, tendo apresentado uma oferta adequada e sido informado de que as referidas ações foram vendidas a um outro licitante por 7,07 euros”.