Tudo o que disse Bruno Lage e Tomás Araújo na antevisão do Barcelona - Benfica

Bruno Lage e Tomás Araújo marcaram presença esta terça-feira, 10 de março, para fazer a antevisão ao duelo do Benfica com o Barcelona, a valer para a segunda mão dos oitavos-de-final Liga dos Campeões. O encontro está agendado para as 17h45 da próxima quarta-feira, no Lluis Companys Stadium. Confira aqui tudo o que disse o técnico e o espanhol aos jornalistas.

TOMÁS ARAÚJO:

Preparação de novo duelo com Barcelona? "O Benfica preparou-se da mesma forma que para os outros dois jogos com o Barcelona. Temos de estar confiantes. Jogar o nosso futebol sem pressão e estarmos confiantes".

Raphinha é complexo de marcar? "Isso do jogador mais difícil é complicado. Já apanhei muitos pela frente, sobretudo no treino. Aí tenho jogadores que me dão cabo da cabeça [risos]. Estou preparado e amanhã pode ser mais um bom duelo".

Adaptação a lateral: "No controlo de bola tenho uma pressão um pouco diferente. Ofensivamente, tenho de correr mais, mas é um trabalho que tem sido feito e tenho dado conta do recado. Estou a gostar".

Ambição para decisões na Champions: "Nós estamos tranquilos. Sabemos que é um jogo muito importante. Esperamos sair daqui com uma boa vitória amanhã".

Dificuldades em reverter eliminatória: "Temos de estar confiantes. Sabemos as oportunidades que temos criado. Agora é concretizar. Se assim for, conseguiremos um bom resultado".

Derrotas pela margem mínima: "Foram jogos diferentes em contextos diferentes. Criámos oportunidades nos dois jogos. Temos de fazer o mesmo e, agora, marcar golos. Assim podemos ser felizes".

BRUNO LAGE:

Projeção do terceiro duelo frente ao Barcelona: "Esperamos uma abordagem semelhante, com alguns apontamentos diferentes na estratégia, que foi o que verificámos de um jogo para o outro. Eles gostam de ter bola, de colocar os avançados em profundidades e de pressionar alto. O mais importante é confiar e, olhando para o que fizemos nos dois jogos, sentimos que o jogo é decisivo. Temos de fazer as coisas para podermos ter o prestígio enorme de seguir em frente".

Dificuldades em anular o adversário: "Há que entender que o Barcelona é uma grande equipa, com jogadores de enorme qualidade, sobretudo os três homens da frente, embora no último jogo quem se tenha destacado foi o guarda-redes. Na Europa, eles ainda não perderam. Temos esse desafio. Quando jogámos contra ele, criámos muitas ocasiões de golo e ficámos com a sensação que poderíamos ter resultados diferentes. Na hora da verdade, na hora do jogo, temos de perceber como podemos dar continuidade a isso".

O que está a faltar na eficácia? "Não acredito que esteja a faltar nada. O que fizemos nos últimos jogos tem sido muito bom. É um facto que podíamos ter feito mais golos em função do que criámos. Proporcionámos grandes noites ao guarda-redes adversário. Quanto mais criarmos, mais golos podemos marcar".

Poderio de Raphinha e favoritismo de Barcelona na Champions: "Como disse, é uma grande equipa. O Raphinha tem feito um percurso muito interessante. Já o conhecia quando esteve no Sporting. Tem feito um trabalho muito bom no Barcelona".

Trio ofensivo do Barcelona: "A nossa forma de ver o jogo não passa por estar preocupados só com um jogador. Do outro lado está Raphinha, com a candidatura a Bola de Ouro, e o Lewandowski como um dos melhores do mundo. Com o Yamal, eles têm dinâmicas muito boas e são bons no um contra um. Combinam bem quando os médios os encontram entrelinhas. Mas nós também temos jogadores com muita qualidade. Amanhã, a resposta que temos de dar é essa. Saber defender quando tivermos de o fazer. Quando tivermos a bola, há que saber procurar os espaços mais favoráveis para nós e menos favoráveis para o Barcelona".

Preparação sem Carreras e oportunidade de Dahl: "Preparamos todos os jogos da mesma maneira. O Samuel Dahl é um bom jogador, com muito talento, que tem sido utilizado de várias formas. É bom para o nosso jogo e para termos um posicionamento diferente. Está entrosado e amanhã vai jogar".

Ansiedade de marcar é inimiga? "Não acredito. Pela experiência que a equipa tem, não creio. Nos dois jogos contra o Barcelona entrámos muito bem, primeiro com um golo e depois com uma grande oportunidade. Senti a minha equipa muito confiante".

Influência de Pedri no Barcelona: "Gosto muito de médios [risos]. Grande pergunta. Não nos faz mudar. Faz-nos preparar bem os nossos médios, que também são muito inteligentes em perceber como eles vão construir o jogo a partir de trás. São realmente muito bons a tocar bola, são calmos e tranquilos. O adversário chega e a bola já parece que está noutro espaço. Fala-se muito dos três avançados do Barcelona, do guarda-redes, das nossas oportunidades, mas realmente o combate estratégico dos médios foi muito importante nesses dois jogos. Mesmo com jogadores diferentes. Foi interessante de ver e analisar".

Capacidade do Barcelona em estudar o Benfica: "A experiência do outro treinador [Hansi Flick] mostra que já percebeu a nossa estratégia, desde o pé dominante de um central aos momentos de pressão. Estamos preparados para esse desafio".

Impacto da morte do médico do Barcelona: "Essa pergunta leva-me a dizer outra vez que lamento a morte do médico do Barcelona. Não sei como vão reagir. Querem dedicar a vitória a uma pessoa próxima deles. Também há o nosso lado. Temos um jogador de 37 anos que ficou em casa, o Di María, que tem um recorde para bater. Para o clube é importante seguir na prova, pelo prestígio e pelo lado financeiro. Temos os nossos motivos e estamos confiantes".

Dúvidas na convocatória? "O Florentino vai treinar a seguir e só amanhã vamos tomar a decisão final. Temos de trazer as coisas positivas para o jogo de amanhã. Há que criar um número de oportunidades que nos permita golos para seguir em frente".

Defesa do Barcelona é um problema ou uma fortaleza? "É um pouco dos dois. Há sempre o lado estratégico. Olhamos sempre para a forma como o Barcelona joga e defende. Por vezes, observamos um espaço enorme entre a linha defensiva e a baliza, mas no meio há um guarda-redes, com uma colocação muito boa atrás da linha defensiva. Há que saber utilizar esse espaço. Acho que fazemos isso muito bem".