Ainda é fresca a saída de Bruno Lage do Benfica e o que não tem faltado são averiguações sobre o que correu mal e quais foram os erros que conduziram o percurso do setubalense a este desfecho. Um deles, pelo que foi apurado, foi o seu envolvimento, sem ser direto, nas eleições do Clube da Luz, ao protagonizar algumas respostas a certos candidatos.
E é precisamente no tema da corrida eleitoral que o timoneiro de 49 anos fechou o seu destino na Luz. Rui Costa, atual Presidente das águias, jogou todas as suas cartas neste mercado de transferências, a fim de conseguir algum trunfo eleitoral e Bruno Lage, ao invés de se focar na equipa, revelou publicamente o seu apoio ao dirigente encarnado, algo que fez durante a antevisão do jogo frente ao Santa Clara.
Outro dos 'pecados' que levou ao fim do percurso de Bruno Lage foi a gestão do dossiê Kerem Akturkoglu. O turco - que entretanto foi transferido para o Fenerbahçe - começou a temporada como titular, na Supertaça frente ao Sporting. De seguida, 'desapareceu' dos convocados para o primeiro jogo frente ao Nice e a história foi sempre assim, sem se conseguir perceber o que é que realmente o setubalense pretendia do extremo.
Outro pormenor que os adeptos não gostaram foi a indefinição na defesa das águias. Ora Anatoliy Trubin era titular, ou a escolha recaía sobre Samuel Soares. O mesmo também acontecia em relação ao quarteto defensivo, com especial foco em Tomás Araújo. Por vezes, o camisola 44 era titular, em outras situações, nem chegava a sair do banco de suplentes.
Já a gota de água: a falta de aposta na formação. Em contraste com a sua chegada em 2018/19, onde o setubalense claramente apostou na prata da casa, o mesmo não aconteceu nesta segunda passagem. O 'erro' mais gritante foi João Veloso, o jovem médio deu bons indícios na Eusébio Cup, mas não voltou a somar minutos desde 26 de julho.
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