Encontro do Benfica com o Barcelona? Simão Sabrosa revela: "É possível..."

Jorge Pinto da Costa faleceu no último sábado, 15 de fevereiro, aos 87 anos de idade, uma grande perda para toda a nação portista, contudo, apesar dos votos de pesar, vários clubes mantiveram o silêncio, como foi o caso do Benfica e do Sporting. No texto de opinião publicado no jornal ‘A Bola’, Vasco Mendonça escreveu que compreende a posição tomada pelo Clube da Luz.

No início da crónica, o adepto encarnado começa por dizer que não havia forma fácil de expressar qualquer sentimento perante a morte do antigo dirigente, concordando com a posição de silêncio do clube. “Compreendo o silêncio de Benfica e Sporting perante a morte de Pinto da Costa. Ensaiei na minha cabeça várias reações oficiais, e todas tinham o mesmo problema. As palavras queimam e perseguem-nos quando são mal escolhidas. Seria estranho resumir a duas linhas de circunstância uma reação quando há tanto por dizer, se quisermos ser sinceros”, justificou o especialista em marketing.

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Vasco Mendonça reconhece que o antigo presidente do Porto deixou um legado bem entranhado no futebol português, no entanto, não deixa de apontar a sua associação ao lado negro do futebol nacional. “Por muito que se elogie esta indústria pelos seus proveitos financeiros e desportivos, por muito que se reconheça que o desporto cumpre uma função social importante alheia à sua faceta mais pantanosa, o lugar em que o futebol nacional se instalou ao longo dos anos, naquilo que tem de mais doentio e antidesportivo, deve muito a Pinto da Costa”, atirou o adepto do Benfica.

“Pinto da Costa fez tudo o que estava ao seu alcance para ser a melhor coisa que aconteceu aos portistas. Não tenho dúvidas de que conseguiu. No processo, tornou-se a pior coisa que aconteceu ao futebol português. Parece-me que viveu sempre bem com esta minha opinião. Paz à sua alma”, atirou Vasco Mendonça no final de mais um ‘Selvagem e Sentimental’.

O veredicto do Supremo Tribunal de Justiça foi tornado público e deu ‘nega’ ao recurso apresentado pelo Porto, depois dos dragões terem sido condenados pelo Tribunal da Relação, no afamado ‘Casos dos emails’, contra o Benfica. O valor a ser pago por danos reputacionais ainda está para ser calculado.

Está confirmada a sentença imposta pelo Porto, os dragões viram o Supremo Tribunal de Justiça a manter todas as decisões aplicadas pelo Tribunal da Relação, responsável pelo processo dos emails, que infligiu danos na reputação do Benfica. A instituição judicial condenou os azuis e brancos a pagar um valor de indemnização de 605.300,90 euros ao Glorioso, onde serão acrescidos de juros de mora, na ordem dos 164 mil euros.

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O julgamento contou com a presença do Benfica, o queixoso e o banco de réus, constituído pela SAD do Porto, rival do Clube da Luz, FCP Media, S.A., Avenida dos Aliados – Sociedade de Comunicação, S.A., Francisco José de Carvalho Marques, Jorge Nuno De Lima Pinto da Costa, Fernando Manuel dos Santos Gomes, e Adelino Sá e Melo Caldeira. Após a decisão do Tribunal da Relação, os acusados contestaram o acórdão, que foi remetido para o Supremo Tribunal de Justiça.

No que diz respeito a danos reputacionais, o Supremo converteu o montante de 1 milhão de euros numa indemnização a fixar em sede de liquidação de sentença, ou seja, em tribunal. Esse valor será ainda determinado e poderá ser maior.

Fora das questões judiciais, o Benfica, no ponto de vista desportivo, vai preparando o encontro frente ao Monaco, que irá decorrer esta terça-feira à noite, no Estádio da Luz, às 20H00. Recorde-se, que os pupilos de Bruno Lage partem para o embate com uma vantagem de um golo, garantida no Stade Louis II, no Mónaco.

Glorioso 1904. Caso o Benfica não consiga a qualificação direta para a Liga dos Campeões, quantos milhões terá de faturar com a venda de ativos no próximo mercado de transferências?

João Duarte. A questão central não é a qualificação direta, mas a participação. Se não participar, as verbas em prémios da UEFA descem consideravelmente, em torno dos 40 milhões de euros. Isto significa que o Benfica teria de vender ativos que, em termos líquidos, chegassem aos 40 milhões de euros. Para chegarmos a quanto seria preciso faturar em vendas brutas para chegarmos aos 40 milhões líquidos, temos de fazer suposições sobre as compras e todos os custos de intermediação. Sem considerar compras e fazendo uso do rácio de vendas brutas para ganhos líquidos do último triénio, o Benfica precisaria de vender 108 milhões em termos brutos. Já se aplicarmos o rácio de ganho líquido sobre ganho bruto do triénio pré-COVID, o Benfica precisaria vender 57 milhões em termos brutos.

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G. O futuro do Benfica pode estar em risco?

JD. Não. O futuro do Benfica não está em risco, e eu diria que não está ainda em risco nem mesmo em termos financeiros. O que está em risco é o cumprimento da regra de rendimento agregado do regulamento de estabilidade financeira da UEFA, que deu continuidade ao Fair Play Financeiro, que em caso de incumprimento pode ter implicações nefastas para o clube, desde sanções financeiras, limitações de transferências ou até mesmo à impossibilidade do SLB poder disputar competições europeias. De acordo com as nossas projeções, que incluem vários cenários, desde os mais favoráveis aos menos favoráveis, em todos eles, exceto num em que se mudam os rácios de despesa e receita, o Benfica entrará em incumprimento desta regra do rendimento agregado, que diz que o acumular de resultados negativos dos últimos três anos não pode ser superior a 5 milhões, ou 60 milhões se o desvio for coberto por capital próprio.

Ler estudo completo aqui

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