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Roger Fernandes? Benfica sonha com extremo, mas novos detalhes afastam negócio
02 Set 2025 | 08:35
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04 Jul 2023 | 10:05 |
Um regresso ao passado
Ángel Di María – avaliado em 8 milhões de euros – chegou ao Benfica em 2007/08, com o intuito de substituir Simão Sabrosa, que acabara de deixar o clube para atuar pelo Atlético de Madrid. Conquistou a titularidade no Benfica em pouco tempo e viu o seu contrato melhorado, com um aumento substancial de seu salário.
Mas apenas na temporada 2009–10 é que o jovem extremo conseguiu demonstrar todo seu potencial com a camisola das águias. No Clube da Luz, esteve perto da marca dos 100 jogos (disputou 97) e conseguiu marcar 17 vezes até maio de 2010. Na temporada 2009–10, foi líder de assistências, oferecendo diversos passes para golo aos seus companheiros, sendo também considerado o melhor jogador da Liga Portuguesa nessa época.
Um dos seus melhores jogos ao serviço do Benfica foi no dia 22 de outubro de 2009, contra o Everton, pela Liga Europa da UEFA, em que Di María deu três assistências, contribuindo para o resultado final de 5-0 e a maior derrota da equipa inglesa em competições europeias até à data.
Bernardo Alegra, diretor do Glorioso 1904, não esconde a admiração e a saudade dos tempos de 'Di Magia' com as cores do Benfica: “Sou um fã confesso do Di Maria. Os primeiros dois anos não foram fáceis. Vinha com o rótulo de campeão olímpico e com a responsabilidade de substituir o Simão Sabrosa. Dessa época lembro-me sobretudo da sua capacidade de drible incrivel, capaz de tirar os adversários da frente em qualquer situação em que se encontrasse. Mas para ser justo a maior parte das vezes era inconsequente, o que é normal naquela idade”, começou por dizer em declarações ao nosso Jornal.
“Felizmente, teve o tempo que outros - antes e depois - não tiveram e destacou-se como um dos melhores jogadores a vestir a camisola do Benfica nos últimos 20 anos! Depois de se afirmar na primeira equipa e o tempo - ainda que escasso - que por cá ficou, só me trazem boas e frescas recordações, de alguém que guardou e manteve, bem vivo, o Benfica no seu coração e na sua memória”.
“Em 2009/10 amadureceu e aí já vimos um pouco do enorme jogador que viria a ser e ainda é. O hat-trick ao Leixões ou o golo de letra ao AEK foram apenas dois grandes momentos de um jogador especial”.
Por sua vez, Nuno Campilho prefere destacar o percurso hercúleo até ao sucesso que o futuro camisola 11 atravessou na sua primeira estadia: “O caso do Di María é paradigmático, mas, nem assim, alguns adeptos parecem aprender a lição. Acabado de vencer o mundial de sub-20, mchega carregado de jogos, sem rotina de jogo com os novos companheiros e inserido numa realidade que lhe era totalmente desconhecida. Daí que os primeiros tempos tenham sido de algum temor e de muitas dúvidas em relação ao seu potencial”, relembrou.
Antes de sair de Portugal, Di María agradeceu a Jorge Jesus por toda a confiança que depositou nele, referindo que até então tinha sido o único treinador que tinha acreditado nas suas potencialidades como jogador profissional e disse ainda que deve ao Benfica tudo o que é hoje. Encerrou sua passagem nos encarnados com 124 jogos, marcou 15 gols e distribuiu 26 assistências.
O que traz o veterano ‘El Fideo’ ao Benfica de Roger Schmidt?
O campeão do mundo estará em vias de, 13 anos após a transferência para o Real Madrid, voltar à Luz. Depois de brilhar em Espanha, no PSG ou na seleção argentina, todos os Benfiquistas esperam um jogador que conserva a magia e veneno nas botas de sempre, oferecendo virtudes diferentes dos mais habituais ocupantes dos três quartos ofensivos utilizados por Schmidt.
Nunca é demais recordar que em dezembro, no jogo que, a cada quatro anos, coloca o mundo de olhos postos num campo de futebol, houve um anjo feito diabo à solta no Catar. Foi Ángel Di María que começou a inclinar a final do Mundial 2022 para a Argentina, com um penálti conquistado, um golo marcado e um primeiro tempo digno de um dos melhores jogadores do mundo da sua geração.
Depois de ter feito os golos que deram o triunfo nos Jogos Olímpicos de 2008, em Pequim, e na final da Copa América 2021, no Maracanã, lá estava novamente ‘El Fideo’ para resolver. Contudo, será essa a versão do astro albiceleste que os adeptos encarnados vão presenciar no Estádio da Luz?
Para Nuno Campilho, as qualidades que o argentino traz no seu regresso a terras lusitanas transcendem o mero domínio físico: “Acima de tudo, traz mística, experiência, maturidade e pode ser uma excelente solução, em complementaridade com as já existentes. Não penso que venha fazer a diferença, mas, sim, ser mais um a ajudar, com qualidades reconhecidas e ainda com capacidade para poder dar o seu melhor, em função das circunstâncias e da idade. Não regressa no auge da carreira, mas ainda pode ser francamente útil, numa equipa que está envolvida em várias provas, nacionais e internacionais, por um período longo, muito intenso e extraordinariamente competitivo”.
Di María é um jogador muito diferente daquele que chegou à Luz em 2007. Aos 35 anos, nem podia ser de outra forma. Não deixou de ter habilidade no drible, mas já não depende desse 1x1 para ser produtivo.
Em sentido contrário, o extremo argentino tornou-se mais cerebral, capaz de jogar em espaços curtos e definir o último passe. Como tal, e podendo ocupar as três posições de apoio ao avançado, Roger Schmidt sabe que pode ganhar pausa e criatividade se o utilizar como 10 - comparando com Rafa, que é um acelerador nato.
Esta acaba por ser uma perspetiva com a qual Bernardo Alegra acaba por concordar: “Di Maria pode oferecer ainda muito. Em primeiro lugar, as qualidades ainda lá estão e mais refinadas. Mesmo que não tenha a mesma velocidade, ganhou muito em visão de jogo e capacidade de decisão. É imprevisível e capaz de "inventar" oportunidades, algo cada vez mais raro no futebol robotizado de hoje. Tanto pode jogar atrás do 9 como numa das alas pelo que será mais uma excelente opção para Schmidt ao longo de uma época que se prevê difícil”.
O técnico alemão também já fez isso com Neres em vários momentos da última época, o que pode antecipar essa intenção. O próprio argentino jogou, essencialmente, como segundo avançado ao serviço da Juve, caindo na meia direita para desequilibrar. É provável que o filme se repita.
A chegada de Di María ao plantel de Roger Schmidt é vista como aposta muito forte nas ambições para 2023/2024, principalmente a nível europeu, com os encarnados a mostrarem o propósito de tentarem ir mais longe que os quartos de final da última época na Liga dos Campeões, algo que Nuno Campilho reforça veementemente.
“A época é longa, são necessárias alternativas à altura, com qualidade e capacidade para entrar na equipa a qualquer altura e, como tal, bons jogadores nunca são demais”.
De recordar que, na última temporada, ao serviço da Juventus, onde enfrentou diversos problemas físicos, o craque da Seleção das ‘Pampas’ somou 40 jogos e oito golos e sete assistências.
Concorrência de peso
Não obstante, Roger Schmidt enfrenta agora um problema de excesso de jogadores para as três posições de apoio direto ao ponta-de-lança, o que exigirá uma análise cuidadosa e possivelmente uma redução no número de opções. De realçar que o Campeão do Mundo é extremo, tanto direito como esquerdo (leva 357 jogos na carreira como extremo direito e 97 no lado oposto), é médio ofensivo (56 jogos), é médio esquerdo (43 jogos), segundo avançado (29 jogos) ou até ponta de lança (seis jogos).
Ou seja, no plantel encarnado, Di María irá competir por um alrgado número de posições na frente de ataque das águias, setor este que já dispõe de várias alternativas para as diversas competições em que o Glorioso vai participar.
Ainda assim, o Diretor do Glorioso 1904 não tem dúvidas de que a contratação de uma referência como Di María vai ajudar bastante o plantel, até mesmo para os jovens que ainda procuram uma oportunidade para se afirmarem nas escolhas de Schmidt.
“Um jogador como Di María é sempre acertado. O Schjelderup e o Tiago Gouveia têm muito a ganhar e aprender com o craque argentino. No limite, é sempre melhor ter competição do que não ter e se isso significar que algum deles terá de rodar um ano noutro clube para chegar mais forte no próximo ano, então que seja”.
Para a próxima temporada, Schmidt conta com a continuidade de João Mário, David Neres, Rafa e Schjelderup, aos quais se deve acrescentar Aursnes. O norueguês atuou em grande parte da última temporada como extremo pela esquerda, e é improvável, dada sua performance, que seja deslocado para o meio-campo, a sua posição de origem. Além disso, chegou o reforço Kokçu para essa posição.
Além desse grupo de jogadores, o treinador alemão pretende avaliar o desenvolvimento de Tiago Gouveia, jovem que atuou por empréstimo no Estoril. Ainda falta também definir o futuro de Gonçalo Guedes, internacional português que vai permanecer cedido pelo Wolverhampton.
O jogador assinou pelo Glorioso em janeiro, mas uma lesão grave no final da temporada resultou numa operação e uma pausa que pode se estender até setembro. Apesar deste contratempo, a renovação do empréstimo já foi concretizada, aumentando o número de opções para sete jogadores.
Posto isto, Bernardo Alegra matém-se entusiasmado com o futuro dos encarnados e tem a certeza que a chegada do atleta albiceleste não vai obrigar a saídas inesperadas: “Antecipo mais competição e momentos de puro espetáculo. Estou muito entusiasmado porque o Di María é um dos meus jogadores favoritos que passou pelo Glorioso nos últimos 15 anos e, mesmo que já não o vejamos no seu prime, estou certo que ainda nos vai proporcionar momentos inesquecíveis com o manto sagrado”.
Já Nuno Campilho não antecipa a venda forçada de quaisquer ativos do conjunto encarando com a vinda de Di María: “Não vejo porque se terá de forçar qualquer saída, a esta altura, não estando ainda confirmada esta contratação e não tendo, ainda, a equipa regressado ao trabalho. Para mais e como é público, decorre o processo negocial conducente à renovação (ou não) do Rafa e, a qualquer altura, poderá surgir uma proposta irrecusável pelo Gonçalo Ramos. Daí não me parecer adequado, pelo menos, para já, falar em qualquer saída forçada”.
Clube da Luz tem como objetivo voltar a conquistar o Campeonato Nacional, que foge desde a temporada 2022/23, bem como as restantes competições
02 Set 2025 | 11:36 |
Dodi Lukebakio foi a última contratação do Benfica nesta janela de transferências, fechando assim um mercado que se traduziu no maior investimento de sempre dos encarnados, ultrapassando o valor gasto no verão de 2020 durante o regresso de Jorge Jesus à Luz - 105 milhões de euros.
135,8 milhões de euros foi o montante despendido por Rui Costa neste mercado de transferências, registando-se assim um investimento histórico em reforços por parte do Benfica, garantindo sete novas caras na Luz para atacar a conquista de títulos.
Amar Dedic foi o primeiro jogador oficializado pelo Benfica, que garantiu o lateral proveniente do Salzburgo por 10 milhões de euros. Na ala contrária surge Rafael Obrador, que chegou por 5 milhões de euros para alargar as opções na esquerda.
O Clube da Luz apostou ainda numa reformulação completa no meio-campo, acrescentando frieza e músculo. Enzo Barrenechea chegou ao Benfica por 12 milhões de euros, num negócio que pode chegar aos 15M com objetivos. Já Richard Ríos tornou-se na contratação mais cara das águias, por 27M, a par de Sudakov. O ucraniano chegou à Luz por 6,75 milhões de euros, sendo que no final da temporada as águias terão que pagar uma cláusula de compra obrigatória no valor de 20,25M.
Para o ataque, Ivanovic chegou ao Benfica por 22,8M, com Dodi Lukebakio a custar 20 milhões de euros aos cofres dos encarnados. Para fechar o valor recorde surge uma cara já conhecida dos Benfiquistas, após a contratação em definitivo de Samuel Dahl por 9M. No final das contas, o Benfica terminou o mercado com um balanço positivo, ao registar 147,5 milhões de euros em vendas de jogadores.
Prodígio formado no Seixal falhou transferência devido à escassez de tempo no último dia de mercado e Rui Costa fez escolha complicada
02 Set 2025 | 08:58 |
O Benfica rescindiu contrato com Hugo Félix. O médio ia ser reforço do Elche, mas a transferência caiu e o Tondela chegou-se à frente pelo jogador. Todavia, a escassez de tempo não permitiu a inscrição do atleta na Liga Portugal, o que iria hipotecar pelo menos metade da temporada do jovem.
Sem espaço na Luz, Rui Costa decidiu então terminar a ligação de Hugo Félix ao Benfica para que o irmão de João Félix se tornasse jogador livre no mercado. Desta forma, o Tondela conseguirá inscrever o futebolista de 21 anos para a nova temporada.
A saída de Hugo Félix do Benfica neste mercado de transferências era um cenário que se vinha adivinhando. É que, em 2025/26, o jovem médio de 21 anos, que tinha contrato até junho de 2027, não tinha somado qualquer minuto com o Manto Sagrado, seja na equipa principal ou na equipa B.
Apesar da alteração de última hora nas condições da saída de Hugo Félix, o Benfica salvaguarda metade dos direitos económicos do médio. Nos cofres da Luz fica 50% do passe do atleta, que ainda poderá ter um futuro risonho pela frente.
Na temporada de 2024/25, onde atuou praticamente na equipa B das águias, Hugo Félix – avaliado em 2,5 milhões de euros – foi aposta em 36 encontros: 32 na Segunda Liga, três na Premier League International Cup e um na Taça de Portugal. Nos 2.653 minutos disputados com a camisola do Benfica, o médio marcou dois golos, somando ainda 10 assistências.
Estrutura encarnada estava ciente das condições aquando das negociações com o Sevilha, mas decidiu investir no internacional pela Bélgica
02 Set 2025 | 08:49 |
Dodi Lukebakio é reforço do Benfica. Contratado ao Sevilha no último dia de mercado de transferências, o internacional belga custou 20 milhões de euros, mais 4 mediante a concretização de determinados objetivos individuais e coletivos. No entanto, uma lesão atrasa a estreia pelos encarnados.
A estrutura das águias tinha conhecimento do problema físico do jogador, mas, independentemente das mazelas, fechou negócio com os andaluzes. O jornal O Jogo aponta que a lesão é "vista como normal na Luz", mas que irá condicionar o avançado durante três a quatro semanas.
Desta forma, Lukebakio irá, com muitas certezas, falhar a receção do Benfica de Bruno Lage ao Santa Clara, agendada para 12 de setembro, ou o primeiro duelo da fase de Liga da Champions, frente ao Qarabag, no próximo dia 16 do mesmo mês.
Certo é que o jogador vai aproveitar esta pausa de seleções para recuperar, uma vez que ficou fora da convocatória de Rudi Garcia para os próximos compromissos da Bélgica, que enfrenta Liechtenstein e Cazaquistão - a 4 e 7 de setembro, respetivamente -, na qualificação para o Mundial de 2026.
Dodi Lukebakio foi uma das peças mais influentes do Sevilha nas últimas épocas. Na presente temporada desportiva, o extremo-direito - avaliado em 20 milhões de euros - tem dois encontros oficiais realizados, ambos a contar para a La Liga. Nos 180 minutos em que esteve dentro das quatro linhas, o camisola 10 apontou um golo.