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João Neves voltou a ser tema de conversa, desta vez na Assembleia Geral do Benfica, que decorreu na passada sexta-feira, 27 de setembro. Rui Costa abordou o mercado de transferências das águias, na reunião magna, falando sobre a saída do antigo médio do Clube da Luz. 

"Este ano, apesar das mexidas todas que fizemos [no plantel], de titularíssimos só vendemos o João Neves. Esta é a realidade. Expliquei isso na entrevista [à BTV]. Se vendemos o número necessário ou superior que queríamos, provavelmente, sim. Não desmanchámos a equipa, garantimos a qualidade do plantel", começou por referir o Presidente do Benfica.

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"Não começámos bem a época, fugiu às expectativas e ao que fizemos, fugiu muito ao que fizemos na pré-temporada, que, embora não tivesse sido tão deslumbrante como há dois anos, dava-nos justificações para pensar que o início de época seria tremendo", concluiu Rui Costa. 

Em 24/25, pelo PSG, o médio formado no Seixal soma sete encontros pela turma de Luis Enrique, sendo que nos 465 minutos em campo, o craque realizou cinco assistências. Na temporada 2023/24, ao serviço do Benfica, João Neves – avaliado em 55 milhões de euros – realizou 55 encontros: 33 no Campeonato Nacional, seis na Liga dos Campeões, seis na Liga Europa, seis na Taça de Portugal, três na Taça da Liga e um na Supertaça Cândido de Oliveira. Nos 4.304 minutos que disputou, o médio marcou três golos e fez uma assistência.

Ao todo, desde que se estreou com o Manto Sagrado, João Neves contabilizou 75 partidas, quatro golos, duas assistências e dois títulos conquistados: um Campeonato Nacional (2022/23) e uma Supertaça Cândido de Oliveira (2023/24). 

Vítor Pinto, comentador e subdiretor do jornal Record, analisou a mais recente sequência de vitórias do Glorioso desde que Bruno Lage regressou ao comando técnico. Denominando esta fase como “versão pós-Schmidt”, Pinto não teve ‘medo’ de afirmar que este é um novo Benfica.

“O Benfica de Bruno Lage, versão 2024/25, ainda é um projeto em construção. Porém, está a crescer com uma identidade que permite à nação encarnada sonhar com a nova vida do ‘Lageball’. Essa versão arrasadora das águias concretizou 72 golos em 19 jogos (3,78 de média) até à conquista do título nacional em 2019”, começou por dizer o subdiretor do jornal Record.

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“O Benfica do presente, na versão pós-Schmidt, regista 14 golos em 4 partidas (3,5 de média). Num ápice, os encarnados operam reviravoltas, capitalizam os esquemas táticos e até finalizam de fora da área", afirmou Vítor Pinto. 

“E o conforto da Catedral acolhe 15 vitórias consecutivas para o campeonato com 50-6 em golos. Os ventos de mudança vão a exame frente ao At. Madrid, na Liga dos Campeões, mas a força da Luz pode iluminar o caminho para o triunfo”, terminou o jornalista.

Em nota final, o comentador deixou uma mensagem à Associação de Futebol de Aveiro:” A entidade presidida por Ilídio Resende está de parabéns, sendo mais um símbolo do futebol de base que, só naquele distrito, movimenta 19 mil atletas e está a reagir ao flagelo dos incêndios, colocando-se ao lado dos seus clubes. É um pilar revigorado num cenário em que as associações passaram a ser vistas com nova dignidade, fruto do perfilar de Pedro Proença para a sucessão a Fernando Gomes na liderança da FPF.”

A Assembleia Geral do Benfica, que decorreu na passada sexta-feira, 27 de setembro, no Pavilhão Fidelidade contou com vários temas em cima da mesa. Rui Costa, que falou sobre o despedimento de Roger Schmidt e sobre a renovação com o técnico germânico, criticou Luís Mendes e recorreu mesmo à ironia para falar das demissões de Fernando Seara e do ex-administrador da SAD. Recorde-se que, o antigo número 2 foi o único que saiu "m discordância" com a política seguida na Luz. 

"É evidente que nas últimas semanas, até pelas entrevistas que foram dadas nas televisões, e pelo que tem sido falado, parece que tem sido uma debandada, mas não foi uma debandada. Saiu o presidente da AG que estava à vossa frente e um vice-presidente há três meses, esse sim, o único que saiu do Clube em discordância com o que estava a ser feito no Clube", começou por referir o Presidente do Benfica. 

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O homem não é maluco, mas um sai na assembleia geral e é um rato, o outro sai a dois dias da assembleia geral de apresentação de contas e é o melhor...

"Foi-me perguntado se hoje já sabia porque é que ele tinha saído… Continuo a não saber. E é muito fácil de justificar. Primeiro, e aquilo em que vos deixo a pensar, é porque é que um vice-presidente com o pelouro financeiro sai a dois dias de uma assembleia geral, desaparece a dois dias de uma assembleia geral e reaparece três meses depois a dois dias de uma assembleia geral [aplausos]. Esta é a parte que faz pensar", atirou Rui Costa.

"Não me vou alongar muito sobre este assunto porque a pessoa não está aqui e devia estar. Não sei porque saiu, por um motivo muito simples: porque à primeira resposta que deu sobre o motivo da saída, justifica de uma maneiro que não tem pés nem cabeça. E não tem pés nem cabeça porque diz que não concorda com o modelo de governança do clube porque serão mais diretores a comandar o clube do que profissionais contratados", disse o Líder máximo do Benfica. 

"Pois muito bem, ele entrou aqui assim, ponto número 1. Ponto número 2: a medida que adotámos agora para a SAD, neste final de mandato, só aconteceu depois da saída de Luís Mendes. Mesmo respondendo a ler o papel não conseguiu responder ao real motivo da sua saída. Podia ser qualquer um, mas não uma coisa que ainda não tinha acontecido com ele cá dentro. Não faz o menor sentido aquela resposta e continuo a não saber porque razões ele saiu", atirou Rui Costa. 

"Se ele [Luís Mendes] estivesse aqui no meio da nossa família a dar a cara antes, e agora pelas contas do clube, se calhar teria a oportunidade de responder ao que eu estou também a questionar. O homem não é maluco, mas um sai na assembleia geral e é um rato, o outro sai a dois dias da assembleia geral de apresentação de contas e é o melhor... Eu tive de dar a cara por ele também [aplausos], como fiz na última AG, não tem problema", concluiu o Maestro.