Guilherme Cabral, conhecido adepto do Benfica, também reagiu, através das redes sociais, à morte do Papa Francisco. O Benfiquista recorreu à sua conta de Instagram para prestar uma homenagem a Sua Santidade, que faleceu na passada segunda-feira, 21 de abril, aos 88 anos de idade, devido a um AVC e também a insuficiência cardíaca.
Guilherme Cabral - Antes do branco do Vaticano, vestia o vermelho e azul do San Lorenzo
"Antes de ser Papa, era adepto. Antes do branco do Vaticano, vestia o vermelho e azul do San Lorenzo. Foi no bairro que aprendeu o que era fé. Fé a sério. Daquela que vem das bancadas, do som rouco dos cânticos, da mão no peito antes de cada jogo, do silêncio antes do penálti, do golo que é grito, que é lágrima, que é milagre", começou por escrever o famoso Benfiquista, que, recorde-se, motivou o plantel do Benfica para o que falta temporada, citando Ruben Amorim.
"Porque sim… para quem ama o futebol, um golo é um milagre. Um passe certo é um sinal. O hino é uma oração. Perder? É penitência. Francisco nunca separou Deus da bola. E nunca precisou. Levava a camisola da Argentina dobrada como um terço, guardada com o cuidado de quem sabe: não é apenas pano. É promessa", acrescentou Guilherme Cabral.
"Promessa de nunca esquecer a rua, a família, o povo. Porque a camisola dizia tanto como a batina. E no coração dele cabiam as duas. Francisco não quis ser estrela. Quis ser equipa. Foi o adepto que não queria brilhar sozinho, mas fazer o passe para o golo que ajudasse todos a vencer. Sabia que um golo nos pode curar. Que um abraço depois da derrota pode ser mais forte que uma homilia", referiu o adepto do Benfica.
"E que o perdão, como o apito final, pode chegar no último instante… e mudar tudo. Mas Francisco nunca foi só ternura. Olhou o mundo nos olhos e disse: 'Tolerância zero para quem abusa dos pequenos. Para quem rasga a inocência. Para quem destrói com o silêncio aquilo que devia proteger com a fé'. E com isso, marcou um golo que muitos não tiveram coragem de rematar", mencionou Guilherme Cabral.
Guilherme Cabral - Francisco tocou-nos como se fôssemos todos parte da sua claque
"Ser de Deus não é ser omisso. É ser justo. É estar do lado certo, mesmo quando o mundo inteiro está contra ti. Francisco viveu a Igreja como viveu o futebol. Com paixão. Com dor. Com esperança. E com verdade. E talvez por isso, era tão nosso. Tão de todos. Todos. Todos. Todos. Porque há Papas que guiam. Mas há outros que tocam. E Francisco tocou-nos como se fôssemos todos parte da sua claque. E talvez sejamos. Por ter jogado sempre com o coração. Mais do que erguer troféus aos céus, tentou levantar o mundo. E por fim… o mundo levantou-se. Nem que seja para o aplaudir", concluiu o Benfiquista.
Confira aqui a publicação de Guilherme Cabral, no Instagram:
Seguir
0
SUBSCREVER NEWSLETTER
Ver anteriores