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Depois da entrevista de Nuno Catarino têm surgido várias reações relativamente às palavras do diretor financeiro do Benfica disse. Entre as vozes mais ativas, está a de Mauro Xavier, gestor empresarial e conhecido adepto do Glorioso. Para o Benfiquista, a questão dos direitos televisivos é essencial para o futuro do Clube da Luz.
Mauro Xavier - Se entrar no último ano já estamos a perder valor porque quem está do outro lado sabe que a única alternativa é renovar o contrato atual como está
Numa entrevista exclusiva ao canal de televisão, SIC Notícias, Mauro Xavier ‘aplaudiu’ a posição do Benfica perante o tema da centralização dos direitos televisivos. A dois anos de terminar o contrato com a NOS e sem ter ainda negociações em curso, o Benfiquista deixou a dica ao Presidente, Rui Costa, garantindo que esperar até ao último ano pode dar encurtar soluções.
“Alguém que esteja a pensar em crescimento de receita é uma excelente notícia. Alguém que esteja a médio prazo é sempre uma excelente notícia”, começou por mencionar. Porém, apontou que o mesmo não está bem esclarecido: “Não houve uma explicação de que modelo é que o Benfica vai defender para os próximos dois anos na centralização dos direitos ou da própria BTV. Não houve uma linha sobre isso”.
Para que o Clube da Luz consiga ter sucesso nesta sua visão perante os direitos de transmissão, Mauro Xavier avisa que há dificuldades e que não será um processo fácil. “Isto tem que ver com o fim de contrato. É a mesma coisa quando nós estamos a renovar com um jogador. Se entrar no último ano já estamos a perder valor porque quem está do outro lado sabe que a única alternativa é renovar o contrato atual como está. Esta é uma péssima notícia para o Benfica porque tem que duplicar as suas receitas a cada 10 anos e isso significa crescer 7% ao ano”, explicou.
Por fim, em declarações à SIC Notícias, o adepto do Benfica mostra-se curioso para ver como a estruturar vai lidar com assunto: “Se as receitas televisivas disserem que é a ganhar o mesmo, estamos a hipotecar um dos nossos pilares do nosso crescimento do futebol. Por isso, estou curioso para ver”. Deixando um alerta. “Nós somos a sétima indústria do futebol na Europa, e portanto temos que ter a ambição de crescer as receitas televisivas”.
Gestor e conhecido adepto do Clube da Luz concedeu uma entrevista, na passada quarta-feira, onde abordou a atualidade dos vermelhos e brancos
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Na extensa entrevista Nuno Catarino, atual Diretor financeiro do Benfica, anunciou que o Glorioso teve resultados positivos e que gerou uma receita de quase 35 milhões de euros em lucros. Perante a informação dada pelo dirigente encarnado, têm-se multiplicado as reações ao resultado positivo, incluindo Mauro Xavier. Numa conversa à SIC Notícias, o gestor e conhecido Benfiquista abordou os recentes lucros do Benfica e deu a sua opinião sobre a atual gestão que a estrutura encarnada tem vindo a realizar no ponto de vista financeiro e desportivo.
Mauro Xavier - O Benfica e qualquer organização tem que pôr o seu sucesso desportivo à frente
Para Mauro Xavier, o sucesso do Clube tem como base os resultados desportivos, não os bons resultados financeiros: “O Benfica e qualquer organização tem que pôr o seu sucesso desportivo à frente. O objetivo de qualquer clube não é dar resultados. Os lucros são sempre reinvestidos no plantel. Aquilo que os Sócios festejam não são Exercícios e Contas, são títulos no Museu”.
De seguida, o gestor apontou que algo não está a ser bem feito. “O Benfica e alguns outros clubes, e nós acabámos de ver o Barcelona passar por uma situação complicada e assistir ao Manchester United numa situação complicada financeira, e é isso que quero garantir que não aconteça no Benfica. Quando se gasta mais, o custo da operação é superior às receitas da operação, alguma coisa está errada”, salientou.
Mauro Xavier - Quando nós para pagar salários para para o dia-a-dia do Benfica vender jogadores eu acho que é um mau sina
Por fim, Mauro Xavier deixou um alerta sobre a atual gestão que se tem feito no Clube da Luz: “Quando se vende um jogador contabilisticamente chamam-se receitas extraordinárias porque não fazem parte do dia-a-dia da gestão diária do Clube. Por isso digo, quando nós para pagar salários para para o dia-a-dia do Benfica vender jogadores eu acho que é um mau sinal”.
Plantel de Bruno Lage nos vermelhos e brancos, recorde-se, contam com vários nomes que continuam a despertar o interesse de emblemas estrangeiros
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Nuno Catarino, que concedeu uma entrevista conjunta entre a BTV e o Jornal de Notícias, abordou a possibilidade de os encarnados começarem a reter os principais jogadores do plantel do Benfica. O vice-presidente do Conselho de Administração da SAD foi questionado sobre esta hipótese quando forem atingidos os 500 milhões de receita.
Nuno Catarino - Reduzir a dependência de todos os anos haver alguma pressão que é inerente ao futebol português
"É assim, primeiro ponto... Todos os clubes compram e vendem, acho que aqui o importante é, primeiro, reduzir a dependência de todos os anos haver alguma pressão que é inerente ao futebol português. Acho também importante perceber que nós temos a 20.ª economia da Europa e temos o 6.º ou 7.º, dependendo dos anos, ranking no futebol, e isto, apesar de tudo, a economia tem peso", começou por dizer Nuno Catarino.
"Como desporto, o futebol nacional optou por não ser uma liga grega ou uma liga de Chipre, que são ligas com menos interesse, temos sempre ambições europeias, e isso faz com que estivéssemos expostos mais à exportação dos jogadores, e todos temos dependência disso, basta ver os outros clubes", prosseguiu o vice-presidente do Conselho de Administração da SAD.
"Recentemente, todos os clubes fizeram vendas, nós por acaso agora no mercado de janeiro fizemos mais aquisições do que vendas, mas também já tínhamos feito de alguma forma o trabalho adiantado no verão, ou seja, esta dependência vai existir, o que nós queremos é ir cada vez mais reduzir a dependência", continuo durante a entrevista à BTV.
"É um bocadinho como a dívida líquida, temos só um bocadinho as duas coisas de que gostamos menos e de que queremos depender menos ou queremos ter menos necessidade, por isso é que é preciso ter um plano a médio prazo. E daí a métrica dos 5 anos/500 M€ porque é aquilo que nos permite ir corrigindo a trajetória da dívida líquida e reduzir a dependência das transferências, mas também melhorando o investimento no futebol, continuando a otimizar tudo o resto à volta", disse ainda Nuno Catarino, vice-presidente do Conselho de Administração da SAD do Benfica.
Alta figura do Clube da Luz aceitou falar sobre a corrida eleitoral e afirmou, em entrevista, que a sua obrigação passa por outros temas que não esse
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Na grande entrevista que concedeu à BTV e Jornal de Notícias, Nuno Catarino, responsável pelo departamento financeiro do Benfica, abordou vários temas relacionados com o futuro do Clube da Luz. Entre eles, o dirigente ainda respondeu a umas questões relacionadas com o ato eleitoral que irá decorrer no próximo mês de outubro, abordando a continuidade de Rui Costa no cargo presidencial.
Nuno Catarino - A minha obrigação é sempre com os óculos com lentes bifocais
Num tema mais afastado das questões financeiras do Glorioso, o Diretor financeiro dos encarnados aceitou falar sobre as eleições no Benfica. Sobre planos para o futuro a médio e longo prazo das águias, Nuno Catarino afirmou que o assunto deve ser colocado a Rui Costa: “Isso tem de perguntar a ele, não a mim. A minha obrigação é sempre com os óculos com lentes bifocais. Ver ao perto, como gerar atividades no dia-a-dia, procurar as poupanças e ver ao longe. E isso é pensar no clube daqui a cinco anos”.
Questionado se Rui Costa deve ou não continuar à frente dos destinos do Benfica, o dirigente encarnado revelou que não é um tema que gere preocupação. “Honestamente, não estamos genuinamente preocupados. Temos uma época para terminar e muita coisa para fazer do lado financeiro e desportivo. Já estamos a planear a próxima época, porque isto é uma máquina”, revelou.
Nuno Catarino - Honestamente, não estamos genuinamente preocupados
Por fim, falou sobre a rescisão de Roger Schmidt e se o caso causou problemas ao Benfica: “Danos profundos não causa. Já está resolvido, já está nas contas do primeiro trimestre, é daquelas coisas que já não volta. Procurámos, sempre, defender os interesses do Benfica, daí ter levado algum tempo. Não foi [acordada] à primeira, à segunda, nem à terceira [tentativa]”.