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Futebol
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Depois do encontro entre o Benfica e o Sporting não ter alcançado o desfecho desejado para nenhuma das equipas, as decisões ficaram adiadas para a 34.ª e última jornada da Liga Portugal betclic. Contudo, pela frente, os rivais de Lisboa terão de medir forças com os dois maiores clubes do Minho e que, certamente, terão uma palavra a dizer no próximo sábado.
No próxima dia 17 de maio, Portugal vai parar de norte a sul, uma vez que os portugueses vão assistir aos jogos das decisões, tanto para o título, como para as competições europeias e manutenção. No entanto, no que diz respeito ao campeão nacional, o epicentro será no Minho, visto que os dois candidatos ao título terão pela frente duas equipas dessa região.
Porém, não é só o Benfica e o Sporting que precisam de um bom resultado no sábado, o mesmo também passa pela cabeça de Carlos Carvalhal e Luís Freire. No ponto de vista dos bracarenses, o 3.º lugar é uma miragem, mas matematicamente possível. Para que isso acontecesse, era preciso derrotar o Benfica, o Porto perder e anular uma diferença de cerca de sete golos. Só uma hecatombe poderia causar tal cenário.
No entanto, para os lados de Guimarães, o cenário consegue ser mais risonho. Atualmente no 5.º lugar da prova de regularidade, os vitorianos ainda sonham com nova presença europeia. Uma vez que apenas dependem se si, os vimaranenses apenas têm de ter uma pontuação mais elevada que o Santa Clara, outra equipa que ambiciona a vaga europeia. Para assegurarem o 5.º posto, os conquistadores têm de conseguir pontos frente aos leões e esperar que os açorianos não façam um melhor resultado.
São muitas as contas para o título e existem muitos cenários possíveis. Sábado, 17 de maio, o país vai parar e as emoções vão estar à flor da pele. Vale recordar que os encontros dos dois candidatos ao título estão agendados para as 18h00, o Benfica viaja até Braga e o Sporting recebe o Guimarães em Alvalade.
Antigo defesa do Clube da Luz comentou a possibilidade do camisola 30 dos vermelhos e brancos continuar ao serviço das águias
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O contrato de Nicolás Otamendi está prestes a acabar com o Benfica e ainda restam dúvidas sobre a sua renovação. Apesar dos encarnados pretenderem renovar por mais um ou dois anos com o argentino, nada está certo. O antigo central brasileiro, William, defendeu que é de extrema importância ter o capitão dentro do plantel, pois acresce muito em diversos aspetos, contudo deixou um 'aviso' a Rui Costa devido à idade do campeão do mundo.
William - É um líder, um futebolista que acrescenta muito em diversos aspetos.
"Enquanto futebolista, Otamendi contribuiu muito para aquilo que é a história do Benfica. É um líder, um futebolista que acrescenta muito em diversos aspetos. Não apenas naquilo que é a gestão da equipa, mas no próprio balneário", disse o central brasileiro de 57 anos, que completou: "É um futebolista que enriquece muito aquilo que são os talentos mais jovens e acaba por ser um líder que representa muito para o Benfica".
O ex-Benfica envergou o Manto Sagrado entre 1990/91 e 1994/95 e admite que o Glorioso deve ter um jogador destes no plantel. "O Benfica tem uma sorte tremenda por poder contar com um futebolista desta qualidade", disse William, antes de colocar um contra ponto importante para Rui Costa.
"Eu não estou por dentro, não sei qual é o projeto do Benfica. Pois, apesar de toda a qualidade futebolística, Otamendi é um jogador de 37 anos.", comentou e prosseguiu: "Uma coisa que é inquestionável é aquilo que Otamendi representa e aquilo que ele fez pelo Benfica. Mas isso não tira ao clube - e às pessoas que tomam as decisões - a responsabilidade de olhar um pouco mais para a frente".
Para concluir, William ainda apresentou um outro ponto de vista interessante para Rui Costa: "Querer renovar com Otamendi é não só uma questão de saber aquilo que ele já deu ao clube, mas também uma forma de manter o clube estável do ponto de vista financeiro, pois, acaba por não ter que ir ao mercado em busca de um central, fazendo uma aposta que envolve sempre uma margem de risco".
Timoneiro setubalense foi distinguido esta quarta-feira, 14 de maio, com um galardão pelo trabalho realizado nos vermelhos e brancos
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As novidades não param de surgir e Bruno Lage volta a estar em destaque no Benfica. O timoneiro setubalense, foi esta quarta-feira, eleito o Melhor Treinador da Liga Portugal Betclic em abril, acabando por bater a concorrência de Rui Borges, técnico dos leões com o qual mediu forças no último fim de semana.
Ainda na luta pelo título de campeão nacional, empate com o Sporting adiou as contas para a última jornada, Bruno Lage foi eleito com maioria dos votos, numa distinção atribuída pelos restantes treinadores da Liga Portugal Betclic.
O timoneiro setubalense recolheu cerca de 25,4% da votação, acabando por deixar a concorrência de Luís Freire, do Vitória de Guimarães somou 14,58%, e Rui Borges, rival do Sporting que contou com 18,25%, para trás, acabando por ser eleito o melhor treinador durante o mês de abril, o que permitiu arrecadar mais um troféu para a coleção.
Esta acaba por ser a quarta vez que Bruno Lage volta a ser eleito o treinador do mês na Liga Portugal Betclic. Além da conquista desta quarta-feira, o timoneiro setubalense, que sucedeu a Roger Schmidt no Benfica, já recolheu o galardão em novembro, fevereiro e março.
Além de Bruno Lage, vale recordar, que também três atletas do Benfica acabaram por ser premiados durante o mês de abril. Anatoliy Trubin venceu o prémio de melhor guarda-redes, enquanto que Nicolás Otamendi foi eleito o melhor defesa. Quem também se destacou em abril foi Vangelis Pavlidis que arrecadou o troféu de melhor jogador do mês.
Na perspetiva do antigo treinador, o Glorioso tinha tudo para ser feliz, mas deitou tudo a perder naquele que era visto como o jogo do ano
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O dérbi eterno entre o Benfica e o Sporting aconteceu no último sábado, 10 de maio, contudo, ainda soma reações. Durante o dia de hoje, na edição impressa do jornal A Bola, Rui Águas abordou as incidências do encontro entre águias e leões e considerou que a entrada dos encarnados prejudicou o resto do encontro.
No seu texto de opinião o antigo Benfiquista começou por recordar que o Benfica tinha a obrigação de marcar primeiro: “Para quem partia atrás para o jogo do ano, marcar primeiro era quase obrigatório. Ao contrário do desejado, o golo inaugural adversário acabaria por ser um verdadeiro rombo na estrutura moral da equipa do Benfica, que procurava iniciar a recuperação”.
Rui Águas - O golo inaugural adversário acabaria por ser um verdadeiro rombo na estrutura moral da equipa do Benfica
No entanto, na lógica do antigo jogador, Di María e António Silva foram os atletas que estiveram melhor no início: “Com a atitude competitiva de sempre, mesmo depois de algumas semanas ausente, foi, ainda assim, um jogador muito ativo enquanto jogou e que ameaçava poder fazer a diferença. No primeiro tempo, os dois remates mais perto do golo são da sua autoria. António Silva, outro dos visados, correspondeu à responsabilidade que sobre ele recaía face ao temível adversário direto”.
Sobre o golo madrugador, Rui Águas considera que afetou bastante a equipa encarnada: “Este foi dos jogos em que um início desastroso acaba por condicionar o jogo inteiro. O Benfica sentiu, claramente, a gravidade do momento e mostrou-se precipitado, apressado, preocupado. As ações eram individualizadas e as perdas de bola frequentes. A resposta mais racional e coletiva demoraria a chegar”.
Por fim, assumiu que nem as bolas paradas correram bem às águias. “As bolas paradas representam, principalmente em jogos mais fechados, importância especial que decide muitos jogos. Esta arma, da qual o Benfica vinha tirando frequente proveito, não funcionou como vantagem desta vez, também resultado da estatura superior dos defesas do rival. Do banco vieram Schjelderup e Belotti, principalmente estes, que mexeram com a equipa, e o Benfica forçava, ameaçando conseguir a desejada vantagem”, constatou Rui Àguas.