Cristóvão Carvalho iliba Luís Filipe Vieira e aponta culpados por polémica na AG do Benfica

João Diogo Manteigas rejeita qualquer responsabilidade sobre o que se suceder na última Assembleia Geral do Benfica, onde Luís Filipe Vieira foi, inicialmente, impedido de falar. O candidato à liderança dos encarnados respondeu a algumas das críticas que lhe têm sido feitas e deu a sua versão dos factos.

João Diogo Manteigas sobre polémica na AG do Benfica com Vieira: “Quem provocou o desiderato todo?”

"Não digo que concordo com interrupções na Assembleia. Não me interessa quem está a falar, obviamente que o que aconteceu não dignifica o Benfica. Não sou responsável pelo facto de ter sido abordado por Sócios, que me perguntaram se podia falar com os outros. Não vou ser eu a cortar o pedido que me fazem, sou o mensageiro. Quando estou a falar, também ouço críticas”, começou por afirmar João Diogo Manteigas.

“Luís Filipe Vieira lembrou-se hoje disso, quando foi a última vez que foi a uma Assembleia? Quem provocou o desiderato todo? Fomos nós, os outros candidatos, que estávamos tranquilos, a ouvir? Não façam do que aconteceu ontem uma imagem de que o Benfica é um Clube em ebulição”, acrescentou João Diogo Manteigas.

João Diogo Manteigas: “Luís Filipe Vieira voltou a falar, foi ouvido, e a Assembleia foi retomada”

"Podemos criticar o que aconteceu, mas Luís Filipe Vieira voltou a falar, foi ouvido, e a Assembleia foi retomada, ninguém parou, ninguém foi para casa. O Benfica não é um Clube qualquer. Cuidado com o que dizem dos Sócios do Benfica, são pessoas respeitáveis, sabem debater, Luís Filipe Vieira quis ir embora”, considerou João Diogo Manteigas.

“Ouvi um sócio do Benfica, num canal de televisão [Mauro Xavier] dizer que os Benfiquistas são burros e não devem intervir. Os Sócios é que mandam no Benfica. Rui Costa está na fortaleza do Benfica, e não quer debater com ninguém. Não ouvi ninguém falar do papel de Rui Costa na Assembleia”, finalizou João Diogo Manteigas.

Martim Meyer culpa João Diogo Manteigas pelos desacatados ocorridos na última Assembleia Geral do Benfica – onde Luís Filipe Vieira foi impedido, inicialmente, de fazer a sua intervenção –, acusando o mesmo de querer ser bombeiro e pirómano ao mesmo tempo, numa manobra eleitoralista. 

Martim Meyer culpa João Diogo Manteigas por bronca na AG do Benfica: "Sei o que me propôs"

"Após Luís Filipe Vieira se ter inscrito para falar, João Diogo Manteigas dirigiu-se a mim, após já o ter feito a João Noronha Lopes, a informar que iria sair do recinto da AG juntamente com as suas centenas de apoiantes quando o ex-presidente do SLB tomasse a palavra, perguntando-me diretamente e olhos nos olhos se me queria juntar à iniciativa, sugestão que rejeitei de imediato”, relatou Martim Mayer.

“Não sei se João Diogo Manteigas incitou os seus apoiantes a abandonar ou não a assembleia, mas sei o que me propôs e aos demais candidatos, tentando depois fazer o papel de salvador do dia, ao querer ir falar para pedir a todos os Sócios que deixassem Luís Filipe Vieira discursar, querendo ser a força apaziguadora”, continuou Martim Mayer.

Martim Meyer acusa João Diogo Manteigas: "Pirómano e o bombeiro ao mesmo tempo"

“Só que ser o pirómano e o bombeiro ao mesmo tempo não é mais do que uma estratégia pérfida e eleitoralista. Pior, está convencido que é muito esperto e que faz suas as Assembleias Gerais do Benfica. Imaginem!", atirou Martim Meyer, apontando o dedo a João Diogo Manteigas.

"É triste ver que as assembleias magnas do nosso Clube são uma manifestação de regimentos - dois muito concretos - que marcam presença com o intuito de violar os valores democráticos do Clube, que querem apenas criar confusão, insultar, não respeitar a opinião contrária e tentar criar uma imagem de poder quando temos mais de 400 mil sócios. Isto não é o Benfica!", finalizou Martim Meyer.

João Noronha Lopes rejeita qualquer responsabilidade dos desacatados ocorrido na última Assembleia Geral (AG) do Benfica. Após as críticas de Luís Filipe Vieira e não só, o candidato à Presidência dos encarnados deu a sua versão dos factos sobre o que sucedeu no passado sábado.

João Noronha Lopes sobre AG do Benfica: "Não houve nada organizado"

“Primeiro, não houve nada organizado pela minha candidatura para boicotar quem quer que seja. Segundo ponto: muito menos houve uma tentativa ou sugestão de sair da sala quando Vieira começou a falar. O que se passou foi que, antes da assembleia geral começar, João Diogo Manteigas veio ter comigo e desafiou-me para sair da sala. Eu disse que não saía, porque estava numa assembleia geral do Benfica”, começou por explicar João Noronha Lopes.

“Quando me apercebi que a situação que estava a gerar enorme turbulência, eu, juntamente com Diogo Manteigas, Martim Mayer e Cristóvão Carvalho, dirigimo-nos ao presidente da Mesa para fazermos uma intervenção em conjunto para serenar os ânimos dos sócios. Era exatamente isso que nós queríamos. A partir daí, as coisas escaparam-nos do controlo”, continuou João Noronha Lopes.

João Noronha Lopes aponta dedo a Rui Costa e Vieira: "Despero"

"Respeito todos os meus concorrentes nestas eleições. Acho que é um sinal de vitalidade do Benfica ter vários candidatos nestas eleições, mas deixe-me colocar isto da seguinte maneira: os meus adversários são Vieira e Rui Costa, são eles que representam o passado, são eles que são farinha do mesmo saco, são eles que trabalham com as mesmas pessoas e usam as mesmas práticas”, considerou João Noronha Lopes.

“É o desespero. É ambos sentirem que está a chegar ao fim um regime e vai acabar porque o Benfica não aguenta mais quatro anos disto. O Benfica vai mudar com gente nova e ideias. Não vou entrar em ataques pessoais, mas não deixarei, em circunstância alguma quando for preciso falar a verdade. E hoje era importante falar a verdade”, finalizou João Noronha Lopes.