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0Dimitri Pavadé é o atleta paralímpico francês que se classificou em quarto lugar na prova de salto em comprimento T64 dos Jogos Paralímpicos de Paris 2024. Num apontamento mais pessoal, o atleta deixou uma longa mensagem no seu Instagram, na qual apelou ao bom senso e à tolerância depois de falar sobre a sua orientação sexual.
“Na minha vida, nunca tive planos ambições ou objetivos, apenas deixei-me levar e viver o presente. Desde que entrei no mundo do desporto, posso dizer que algumas coisas amadureceram em mim, como o sonho de fazer parte de uma equipa francesa. Hoje posso dizer com muito orgulho que o consegui alcançar”, começou por escrever.
“Consegui encontrar o meu caminho e dar sentido ao qu faço todos os diais: querer ser uma referência para as pessoas com deficiência. A partir de agora, espera-me outra batalha, que aguardava com impaciência. Aqui estou eu, pronto mais uma vez para enfrentar, ultrapassar e seguir em frente sem ter em conta o que os outros possam dizer ou pensar de mim", continuou Dimitri Pavadé.
E prosseguiu: "Sim, sou pequeno, mestiço, perneta e gay. A pessoa que sou, tal como outros, nunca teve de fazer uma escolha, por isso parem com os vossos discursos deploráveis e com os vossos julgamentos porque nunca vão mudar o mundo. O mais importante é que as pessoas mais importantes me amem pela pessoa que sou e não pela imagem que eu possa ter criado nesta sociedade demasiado julgadora. Se algumas pessoas não nos aceitam pelo que somos, então não merecem o nosso amor.”
“A vida é demasiado curta para dar importância a este tipo de pessoas. Agora, tenho uma segunda batalha para travar com a comunidade LGBTQIA+ e espero dar força e coragem aos desportistas de alta competição que ainda não se atrevem a viver às claras e a desfrutar livremente da liberdade que é nossa por direito. A deficiência não +e algo que deva ser escondido e o mesmo se aplica à orientação sexual. Crianças e adultos continuam a suicidar-se a ser mortos. Não se esqueça de que as pessoas à sua volta também podem ser afetadas um dia", terminou o atleta.
Atleta portuguesa ficou em terceiro lugar nos 400 metros T13 este sábado
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0Carolina Duarte conquistou a medalha de bronze na prova dos 400 metros T13 (deficiência visual) nos Jogos Paralímpicos de Paris’2024. A atleta acabou a corrida em 55,52m segundos, que decorreu no Stade de France.
À sua frente no pódio ficou Lamyia Vliyeva, que acabou com a medalha de prata, com 55,09, e em primeiro lugar ficou a brasileira Rayane Silva, colocando o novo recorde mundial em 53,55 segundos. O terceiro lugar de Carolina Duarte, vice-campeã mundial da distância, é a terceira medalha do atletismo português em Paris, depois de Miguel Monteiro ter sido campeão paralímpico do lançamento do peso F40, e de Sandro Baessa ter conquistado a medalha de prata nos 1.500 metros T20 (deficiência intelectual).
No boccia, Cristina Gonçalves também conseguiu uma medalha de ouro no torneio individual de BC2, permitindo o regresso da modalidade às medalhas, depois de ter ficado sem pódios em Tóquio2020. O nadador Diogo Cancela conquistou o bronze nos 200 metros estilos SM8, feito repetido pelo ciclista Luís Costa na prova de contrarrelógio de estrada H5, e pelo judoca Djibrilo Iafa, em -73 kg.
Assim sendo, Portugal soma a sua sétima medalha em Paris 2024, igualando os resultados que tinha conseguido nos Jogos Olímpicos de Pequim, em 2008 e depois de ter conseguido três pódios em Londres’2012, quatro no Rio’2016 e dois em Tóquio’2020.
Em reação à vitória, Carolina Duarte disse que a maternidade, que a afastou dos Jogos Tóquio2020, lhe deu a força para conseguir o bronze nos Paralímpicos Paris2024. "Foi por ter sido mãe que consegui chegar aqui com a força que tenho agora, aos 34 anos", disse a atleta, que tem deficiência visual. Com uma filha de três anos, que nasceu dois meses antes dos Jogos Tóquio2020, Carolina Duarte afirmou sem hesitar. "Tenho a certeza de que se não tivesse sido mãe não estava aqui no pódio hoje, disse a atleta.
Atleta português ficou em segundo lugar na prova dos 1.500 metros T20, esta sexta-feira
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0Sandro Baessa conquistou, esta sexta-feira, dia 6 de setembro, a medalha de prata na prova dos 1.500 metros T20 (deficiência intelectual) nesta edição dos Jogos Paralímpicos. O número de pódios para Portugal em Paris’2024 aumentou assim para cinco.
O corredor melhorou o recorde nacional que lhe pertencia (3.52,84), correndo a distância da prova em 3.49,46 minutos. O britânico Bem Sandilands ficou com o ouro, com o recorde mundial de 3.45,50 minutos, e, a seguir ao português, ficou o norte-americano Michael Branningan, com o bronze (3.49,91). A final foi disputada no Stade de France esta sexta-feira.
O atleta português esteve em quarto lugar durante algum tempo, mas, quando Sandilands atacou, aproveitou o desgaste dos então segundo e terceiro classificados e conseguiu manter-se na segunda posição até ao final da prova, trazendo a quinta medalha dos Jogos Paralímpicos Paris 2024 para Portugal.
De recordar que Sandro Baessa, já tinha terminado a prova em 12º nos Jogos Olímpicos de Tóquio, em 2020. Agora, o segundo lugar é a segunda medalha do atletismo português em Paris’2024, depois de Miguel Monteiro ter conseguido o ouro no lançamento do peso F40.
Às duas medalhas do atletismo, juntam-se o ouro de Cristina Gonçalves no torneio individual do boccia B3 e os bronzes do nadador Diogo Cancela, nos 200 metros estilos SM8, e do ciclista Luís Costa, na prova de contrarrelógio de estrada. A dois dias do final da competição, Portugal superou os resultados conseguidos no Rio'2016, edição em que conquistou quatro medalhas.