Jogador do Porto critica Benfica após o clássico: “Foi o plano de jogo deles”

José Leirós, bem como outros especialistas de arbitragem, que não houve motivos para marcar penálti contra o Benfica, na partida com o Porto. O encontro terminou empatado a zero, e surgiram dúvidas em relação a dois lances: aos 43' com Gabri Veiga e aos 88' com Deniz Gul.

José Leirós: "Nem bola jogada com o braço, nem rasteira"

"43' - Nem bola jogada com o braço, nem rasteira. Decidiu bem em nada assinalar", referiu o especialista em casos de arbitragem, ao jornal O Jogo, aprovando a decisão de Miguel Nogueira, juiz do encontro, que mandou seguir a jogada.

Marco Ferreira: "Boa deci­são em não assi­na­lar penálti"

"88' - Antó­nio Silva agar­rou a cami­sola, mas não puxou. Não dese­qui­li­brou, não impe­diu e não fez falta sobre Deniz Gul, que só cai quando per­cebe que já não tem hipó­tese de che­gar à bola. Boa deci­são em não assi­na­lar penálti", garantiu.

Com este empate – o quarto em 15 jogos na presente temporada – o Benfica soma agora 18 pontos na Liga Portugal Betclic. A turma de José Mourinho ocupa, o 3º lugar do campeonato nacional. No topo da tabela classificativa continua o Porto, com 22 pontos. O Sporting está em 2º, com 19 pontos.

O Benfica volta a entrar em campo na próxima sexta-feira, dia 17 de outubro, às 19h30, no Estádio Municipal Engenheiro Manuel Branco Teixeira , diante do Chaves. O jogo diz respeito à terceira eliminatória da Taça de Portugal, frente à formação que disputa a Liga 2.

O Benfica está pronto para atacar o mercado de inverno, de modo a colmatar algumas das falhas identificadas por José Mourinho no plantel encarnado. O nosso Jornal revela, neste Exclusivo Glorioso 1904, que o Clube da Luz vai usar a janela de transferências para fazer face ao desgaste físico da equipa das águias.

A verdade é que o início de temporada do Benfica tem sido muito exigente, ainda para mais depois da presença no Mundial de Clubes, que reduziu consideravelmente as férias do plantel encarnado. A participação na terceira pré-eliminatória, e play-off da Liga dos Campeões, bem como a disputa da Supertaça Cândido de Oliveira, aumentaram a carga e a exigência no arranque da época 2025/26.

Os resultados estão à vista: José Mourinho já se queixou, mais que uma vez, acerca da condição física da equipa, que se encontra cansada à entrada de outubro. As lesões graves de Bruma, Bah e Manu Silva também não ajudam, uma vez que retiram profundidade ao plantel encarnado.

Neste sentido, José Mourinho já pensa no mercado de janeiro para adicionar profundidade e qualidade ao plantel encarnado, como o Glorioso 1904 avança neste Exclusivo. Para além de procurar mais soluções para gerir a equipa, em todos os setores, o treinador encarnado também poderá estar interessado em mais um elemento desequilibrador para o ataque das águias.

Relembrar que, já contando com o clássico contra o Porto, o Benfica já disputou um total de 15 partidas esta temporada, desde a Supertaça Cândido de Oliveira, que se jogou a 31 de julho. Neste número, estão ainda incluídos seis jogos para a Liga dos Campeões, e mais oito para a Liga Portugal Betclic.

José Boto revelou que é cada vez mais difícil para os clubes portugueses comprarem no Brasil, e que se fosse há 10 anos, Estêvão - que brilhou recentemente na Premier - poderia ter assinado pelo Benfica. O antigo coordenador do scouting do emblema encarnado é, atualmente, diretor desportivo do Flamengo, e concedeu uma entrevista ao jornal Record, onde falou das mudanças que se acentuaram nos últimos anos.

"Portugal é um dos pioneiros nesse tipo de scouting e eu estou perfeitamente à vontade para falar nisso, pois em 2007 iniciámos o serviço de scouting no Benfica. Mas o que se passou não foi só isso. Os clubes europeus que compravam jogadores ao Benfica começaram a perceber que tinham que vir aqui, direto à fonte. Eles começaram a vir ao Brasil e a contratar esses jovens", começou por explicar José Boto.

O diretor desportivo do Flamengo prosseguiu: "Talvez hoje o Benfica, o FC Porto e o Sporting já não tenham essa possibilidade de levarem esses jogadores que levavam entre 2007 e 2015. Eram fáceis de levar e depois eram revendidos por muito dinheiro. A partir de uma certa altura, o Real Madrid veio aqui buscar o Vinícius Júnior ou o Rodrygo diretamente, o Chelsea veio buscar o Estêvão, e hoje é quase impossível um clube português vir buscar um jogador desse nível".

"Se fosse há uns 10 anos, talvez o Estevão tivesse ido para o Benfica ao invés de ir para o Chelsea. Isso tornou a vida dos clubes portugueses mais difícil, embora eles saibam se reinventar e procurar outros mercados sempre com muito sentido. O Flamengo é um pouco diferente por que nós procuramos trazer jogadores com um pouco mais de nome e já com currículo, o que deixa os adeptos um pouco mais descansados. Não é fácil mudar essa mentalidade, essa cultura, e nós temos que nos adaptar a ela, ao sítio onde trabalhamos. Não é fácil fazer no Flamengo o que é feito no Benfica ou no FC Porto, porque aqui não existe essa cultura", explicou, de seguida, o ex Benfica.

José Boto terminou, da seguinte forma: "Não só aqui, mas também em outros clubes que se calhar teriam maior necessidade de fazer esse trabalho por não terem a disponibilidade financeira que o Flamengo tem. Mas isso acaba por não acontecer, pois preferem trazer aqueles que os brasileiros chamam de 'medalhões', às vezes com custos muito elevados para a realidade desses clubes, ao invés de fazer mais trabalho de scouting. Existem muitos bons jogadores no Brasil, na Argentina, na Colômbia e poderiam até competir com os clubes europeus trazendo esses jogadores primeiro. O Flamengo pela sua dimensão e pela disponibilidade financeira, não precisa tanto desse trabalho, mas é algo que fazemos aqui, com jogadores que não são conhecidos e que têm uma possibilidade de virem a ser conhecidos no Flamengo e não em outros clubes".