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0Pedro Proença deixou duras críticas ao Benfica relativamente à centralização dos direitos televisivos. Em declarações aos jornalistas depois de um debate sobre os grandes desafios do futebol português, o presidente da Liga Portugal e provável candidato à liderança da Federação Portuguesa de Futebol atirou-se ao Clube da Luz.
"Vou estar, definitivamente, ao serviço do futebol, isso para mim é claro"
"Queremos internacionalizar a nossa Liga com os 306 jogos e não com 17 de um clube que acha que sozinho vale mais do que a Liga inteira. Só cinco clubes do Mundo podiam dar-se ao luxo de avançar sem as próprias Ligas e nenhum desses é português”, afirmou Pedro Proença, numa indireta ao Benfica.
"[Vai ser candidato à presidência da Federação Portuguesa de Futebol?] Vou estar, definitivamente, ao serviço do futebol, isso para mim é claro. Não tenho mais nada a dizer sobre isso nesta altura. Neste momento, há um compromisso assumido com os clubes. Eles depositaram, em mim e na direção da Liga, um mandato que temos em cima da mesa. Obviamente, no momento certo, daremos a resposta que temos que dar relativamente a esse tema”, finalizou Pedro Proença.
Lembrar que, já este ano, Rui Costa falou sobre o tema da centralização dos direitos televisivos: “Sabemos bem o valor que temos. Acreditamos que nesta altura, e até prova em contrário, valemos mais sozinhos do que integrados numa centralização cujos valores finais e matriz de distribuição está ainda longe de ficar definida”.
Para lá do Presidente do Benfica, o antigo responsável pelas finanças do Clube da Luz, Luís Mendes, também falou sobre a centralização e deixou um alerta às águias: “Pedro Proença lançou a ideia que vinha aí uma quantidade louca de dinheiro e que íamos atingir o El Dorado do futebol. Não concordo. Aliás, acho que o Benfica vai ter que ser firme relativamente a esta matéria, porque tem todas as condições para sair prejudicado. E não é Pedro Proença que vai defender os interesses do Benfica. Nunca o fez”.
Clube encarnado deu conta de novidades quanto à próxima Assembleia Geral, tendo em conta o adiamento da última após demissão de Fernando Seara
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0O Benfica lançou um comunicado oficial, esta quinta-feira, 26 de setembro, sobre os novos Estatutos. O Clube da Luz esclareceu o ponto de situação do processo, revelando detalhes sobre a próxima Assembleia Geral.
"Foi aprovada a proposta global apresentada pela Direção – que materializou uma solução consensual, resultante da síntese das propostas globais oportunamente apresentadas", revelaram as águias na nota.
"Iniciou-se o processo de votação na especialidade das propostas que visam alterar artigos específicos dos Estatutos, tendo-se suspendido a reunião na votação do artigo 23", prosseguiram, dando destaque à confusa vivida na segunda parte da última reunião magna.
"Neste âmbito, foram aprovadas alterações aos artigos 4 e 9 da proposta global, referentes a atividades do Clube e a Equipamentos, o que levará, no final e em conjunto com eventuais alterações que se seguirão, à consolidação e harmonização do texto definitivo, que será objeto de votação final, de acordo com a metodologia aprovada a 15 de junho de 2024", pode-se ler no comunicado.
Já sobre a próxima Assembleia Geral do Benfica, os encarnados esclareceram o ponto de situação. " Assim que se verificarem os pressupostos necessários a retomar os trabalhos, nomeadamente a disponibilidade para ocupação dos pavilhões durante um sábado, será marcada a continuação da Assembleia – o que será comunicado brevemente", garantiram.
Confira, na íntegra, o comunicado do Benfica sobre os Estatutos:
"A Mesa da Assembleia Geral, face à realização da Assembleia Geral estatutária que se iniciou no passado sábado, dia 21/09, comunica o seguinte:
1. Foi aprovada a proposta global apresentada pela Direção – que materializou uma solução consensual, resultante da síntese das propostas globais oportunamente apresentadas.
2. Iniciou-se o processo de votação na especialidade das propostas que visam alterar artigos específicos dos Estatutos, tendo-se suspendido a reunião na votação do artigo 23.
3. Neste âmbito, foram aprovadas alterações aos artigos 4 e 9 da proposta global, referentes a atividades do Clube e a Equipamentos, o que levará, no final e em conjunto com eventuais alterações que se seguirão, à consolidação e harmonização do texto definitivo, que será objeto de votação final, de acordo com a metodologia aprovada a 15 de junho de 2024.
4. Assim que se verificarem os pressupostos necessários a retomar os trabalhos, nomeadamente a disponibilidade para ocupação dos pavilhões durante um sábado, será marcada a continuação da Assembleia – o que será comunicado brevemente."
Antigo número 2 da SAD encarnada saiu do Clube da Luz em junho e agora explica as razões que o levaram a apresentar a demissão
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0O antigo vice-presidente da SAD do Benfica, Luís Mendes, que deixou o clube em junho de 2024, veio a público explicar os motivos que o levaram a pedir demissão, lançando duras críticas à atual administração liderada por Rui Costa, afirmando que a sua saída foi motivada por discordâncias profundas em relação ao modelo de governança e às políticas desportivas e económicas do clube.
"Ter gente não executiva a tomar decisões estratégicas no Clube é como regressar ao tempo dos dinossauros"
"Saí do Benfica, em primeiro lugar, porque estava em desacordo com o modelo de governança que estava a ser implementado. Quando uma organização, que deve ser liderada por gestores profissionais, começa a ser liderada por dirigentes, isso inevitavelmente leva à criação de pequenos feudos, ao seguimento de interesses particulares e políticos, e à perda de ligação entre os vários departamentos", começou por afirmar Luís Mendes, num discurso crítico à forma como a estrutura do clube tem sido conduzida.
Luís Mendes não hesitou em classificar a atual direção como um retrocesso: "Ter gente não executiva a tomar decisões estratégicas no Clube é como regressar ao tempo dos dinossauros. Estamos a falar de pessoas que passam no clube das 17h às 19h, sem dedicação total. O Benfica exige uma gestão profissional a tempo inteiro. Além disso, discordo profundamente do rumo económico e da política desportiva que estão a ser seguidos".
"Saí devastado, porque acreditava que poderia contribuir para uma gestão mais eficiente e transparente"
O antigo dirigente revelou ainda que a sua decisão de saída foi ponderada e surgiu após sentir-se isolado dentro da estrutura: "Manifestei a vontade de sair em maio. Na altura, tínhamos lançado com sucesso o empréstimo obrigacionista e implementado as primeiras bases para o controle da execução orçamental do Grupo Benfica, algo que não era feito antes. Também renegociei vários contratos com prestadores de serviços. Contudo, comecei a sentir-me isolado e percebi que já não tinha condições para continuar", explicou Luís Mendes, sublinhando que não se arrepende do momento da sua decisão.
Apesar de reconhecer que não há um "timing" perfeito para sair, Luís Mendes acredita que foi a decisão certa, mesmo que tenha sido emocionalmente difícil. "Senti que era o momento. É essencial mantermos os nossos princípios, mesmo que isso nos custe pessoalmente. Saí devastado, porque acreditava que poderia contribuir para uma gestão mais eficiente e transparente, ajudando a tornar o Benfica mais vencedor".
Por fim, Luís Mendes abordou a questão da liderança na SAD, destacando a sua oposição a Rui Costa ser apenas uma figura decorativa: "Sempre concordei que Domingos Soares Oliveira fosse o CEO da SAD, mas não permiti que Rui Costa fosse afastado da co-liderança. Se isso tivesse acontecido, o presidente passaria a ter um papel meramente simbólico, como a Rainha de Inglaterra. Para o bem do Benfica e do próprio Rui Costa, era importante que ele mantivesse um papel ativo", finalizou.
Comentador analisou demissão do Presidente da Mesa Assembleia Geral do Clube da Luz e apontou dedo ao líder máximo das águias
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0Rui Santos culpa Rui Costa pela demissão de Fernando Seara de Presidente da Mesa Assembleia Geral do Benfica. Num comentário na CNN Portugal, o jornalista afirmou que a imagem do líder máximo dos encarnados não é a melhor e que esse terá sido um dos fatores para a saída do advogado.
"Não estava a ver que apenas insultos levassem Fernando Seara a demitir-se"
“Na década de 90, também fui vítima de alguns enxovalhos. Na nossa profissão, também passamos por esses momentos. Não estava a ver que apenas questões relacionadas com insultos levassem Fernando Seara a demitir-se”, começou por afirmar Rui Santos.
“Do meu ponto de vista, há uma leitura política que está relacionada com tudo o que está à volta do Benfica neste momento. Do ponto de vista da dignidade, gostava de dar conta deste sinal, que é um bocadinho resultado de uma imagem que Rui Costa criou de não ser um líder”, continuou Rui Santos.
"Estas coisas ferem a dignidade das pessoas"
“Houve uma imagem que circulou na internet que está relacionado com o banco do bananistão. Estas coisas ferem a dignidade das pessoas e Fernando Seara sentiu-se visado com esta situação porque o que se quer dar a entender é que os interesses do Benfica acabam por capturar e influenciar o posicionamento de determinadas figuras. Isto está relacionado com dignidade”, finalizou Rui Costa.
Importa lembrar que, na última Assembleia Geral do Benfica, e perante o clima tenso que se vivia no pavilhão, Fernando Seara acabou mesmo por se demitir. Até ao momento, o advogado ainda não deu qualquer esclarecimento sobre a sua decisão.
Confira as declarações de Rui Santos sobre a demissão de Fernando Seara de Presidente da Mesa da Assembleia Geral do Benfica: