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Futebol
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A época desportiva do Benfica não foi um sucesso em termos de conquistas, porém, é inegável o lucro que as águias conseguiram nesta temporada. A razão principal para Rui Costa ver os milhões a entrarem nos cofres do Glorioso é o passaporte internacional do Clube da Luz, que acaba a ganhar quase 100 milhões de euros em prémios nas provas disputadas fora de Portugal.
Os oitavos-de-final da Liga dos Campeões já tinha garantido aos encarnados o total de 71,4 milhões de euros, sendo a competição que mais contribuiu para os cofres da Catedral. Agora, com o mesmo resultado atingido no Mundial de Clubes, o Benfica pode se dar ao luxo de somar mais 23 milhões de euros, totalizando 94,4 milhões de euros nas provas internacionais.
O valor recebido na prova intercontinental foi somado ao longo dos jogos na competição. As águias receberam, logo, 12,37 milhões apenas por participação no Mundial de Clubes. As vitórias sobre o Bayern Munique e Auckland City permitiram a entrada de mais 3,41 milhões de euros. Além disso, ainda na fase de grupos, o Glorioso recebeu 850 mil euros pelo empate contra o Boca Juniors.
Deste modo, antes do confronto contra o Chelsea, o Benfica já tinha somado quase 17 milhões de euros. Contudo, o apuramento para os oitavos-de-final garantiram qualquer coisa como 6 milhões de euros, que se traduziram em 23 milhões de euros após a eliminação contra os ingleses.
A derrota sofrida, de sábado para domingo, no prolongamento, não permitiu que as águias somassem mais 12 milhões aos cofres, fazendo com que o Chelsea ganhasse esse valor. Assim sendo, os blues avançaram para a próxima fase, onde vão enfrentar o Palmeiras, adversário da final do Mundial de Clubes em 2022. O duelo entre os brasileiros e ingleses está agendado para as 02h00 do próximo sábado, 5 de julho.
Internacional sub-21 espanhol não deixou de se despedir do extremo argentino, que realizou a última partida de águia ao peito, no sábado
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Álvaro Carreras, que ficou no banco de suplentes no Benfica - Chelsea, despediu-se de Di María. O extremo argentino fez o último jogo de águia ao peito e recebeu uma mensagem emocionante do lateral-esquerdo de Bruno Lage, através das redes sociais. O espanhol, também, está apontando à saída da Luz, neste verão.
"És uma lenda, amigo, foi um privilégio fazer este caminho contigo. Mereces o melhor, aproveita muito a tua volta a casa", escreveu o camisola 3 do plantel principal do Benfica, em tom de despedida do antigo internacional argentino, acompanhando a descrição com um registo fotográfico da dupla no final da partida contra o Chelsea.
Álvaro Carreras sobre Di María: "És uma lenda"
Di María - que saiu do campo em lágrimas - não tardou em responder a Carreras. O reforço do Rosario Central republicou a história partilhada pelo defesa do Benfica e deixou um agradecimento. "Obrigado miúdo, desejo sempre o melhor para ti, aproveita e sê feliz", respondeu o compatriota de Otamendi, numa troca de mensagens entre o internacional sub-21 espanhol e o extremo sul-americano.
Importa referir que, Carreras não jogou o último embate de Di María pelo Benfica ao lado do argentino, uma vez que Bruno Lage optou pela titularidade de Samuel Dahl. O lateral-esquerdo espanhol acabou por não sair do banco de suplentes, podendo ter disputado a última partida de águia ao peito diante do Aucklando City, face aos rumores de uma saída para o Real Madrid.
Em 2024/2025, com a camisola do Benfica, Álvaro Carreras – atualmente avaliado em 35 milhões de euros – marcou presença em 52 encontros: 31 na Liga Portugal Betclic, 10 na Liga dos Campeões, cinco na Taça de Portugal, três na Taça da Liga e dois no Mundial de Clubes. Nos 4.519 minutos em que esteve dentro das quatro linhas, o espanhol marcou quatro golos e fez cinco assistências
Encarnados defrontaram os blues, no passado sábado, 28 de junho, acabando por perder por 4-1, resultado que culminou no adeus ao Mundial de Clubes
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Na sequência da eliminação do Benfica do Mundial de Clubes, depois de perder com o Chelsea (4-1), Luís Mateus considerou que as águias apenas cumpriram os objetivos mínimos a que estavam propostas. Contudo, o jornalista levantou ainda uma questão mais importante: será esta a equipa idealizada para 2025/26?
Luís Mateus: “No limite cumpriu com os mínimos, o tal passar a fase de grupos”
No seu texto de opinião, publicado pelo jornal A Bola, o editor-executivo começou por assumir que a equipa apenas cumpriu a sua obrigação, salientado que há um tópico mais urgente a ser debatido: “A pergunta que deixo no ar depois da participação do Benfica no Mundial de Clubes, que no limite cumpriu com os mínimos, o tal passar a fase de grupos, é a seguinte: ficaram os encarnados mais próximos da equipa que se espera ver em campo, na maior parte dos jogos, no próximo ano?”.
Segundo Luís Mateus, o Benfica apresentou argumentos para surpreender os mais fortes, tal como aconteceu com o Bayern Munique. No entanto, afirmou que essa estratégia não serve para todos os casos: “Não há fórmula que sirva para todos os adversários, sobretudo quando a principal estratégia é estacionar um autocarro, com mais ou menos andares, aproveitar erro alheio e surpreender na transição”.
Luís Mateus: “Não há fórmula que sirva para todos os adversários”
“Porque o Benfica é o mesmo, tem problemas identificados há muito. Se os encarnados conseguiram sair algumas vezes com a bola controlada diante dos germânicos, tendo sido fatais talvez na primeira, houve um Chelsea musculado a estrangular o meio-campo das águias. Não sabendo jogar sob pressão, não sabendo associar-se com qualidade em pouco espaço disponível”, acrescentou.
Luís Mateus: "Há muito a trabalhar no processo, peças que faltam e um treinador pouco virado para querer controlar os jogos com bola"
Por fim, o jornalista apontou que ainda há muito para mudar: “O Benfica que se apresentou nos Estados Unidos continua a ser um grande que não se quer afirmar como tal entre os maiores e depois também tem dificuldade para fazê-lo com os mais pequenos. Há muito a trabalhar no processo, peças que faltam e um treinador pouco virado para querer controlar os jogos com bola”.
Encarnados ainda sonharam com passagem aos quartos, depois do camisola 11 ter convertido a grande penalidade, a instantes do final da partida
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Enzo Maresca já reagiu à vitória do Chelsea frente ao Benfica. Em declarações à DAZN, no passado sábado, 28 de junho, o técnico fez questão de 'rasgar' a arbitragem, considerando que a grande penalidade foi mal assinalada. Por fim, o timoneiro abordou ainda a interrupção do jogo, considerando que foi "uma piada".
Enzo Maresca: "A regra é que aquilo não é falta. O lance surge de um livre que não devia ter sido marcado"
"Estou muito orgulhoso. Penso que a nossa exibição foi excelente. O jogo foi interrompido e, depois disso, tudo mudou. Não é fácil estar parado durante mais de uma hora. Estávamos empatados a 1-1 e depois continuámos a jogar. A vitória é merecida. Estamos entre as oito melhores equipas do torneio e estamos muito felizes. Este foi um dos nossos melhores jogos", começou por mencionar.
Relativamente à grande penalidade, o técnico considera que a mesma não devia ter sido assinalada: "A regra é que aquilo não é falta. O lance surge de um livre que não devia ter sido marcado. Jogar com a mão, sim. Mas não houve falta para livre. Às vezes, é melhor não dizer o que se pensa do árbitro, porque, no geral, merecíamos vencer o jogo. É melhor falar da equipa do que do árbitro. Agora temos de recuperar os jogadores, recuperar energias e seguir em frente".
Enzo Maresca: "Para mim, isto não é futebol. Já foram interrompidos seis ou sete jogos aqui. Acho que é absurdo, é uma piada"
Por fim, Enzo Maresca falou sobre a interrupção da partida com o Benfica, que durou cerca de 2 horas, devido à tempestade. "Para mim, isto não é futebol. Já foram interrompidos seis ou sete jogos aqui. Acho que é absurdo, é uma piada. É completamente inacreditável, algo novo que me é difícil de entender. Percebo que, por razões de segurança, o jogo tenha de ser interrompido. Mas se interrompem sete ou oito jogos, isso significa que este provavelmente não é o local certo para realizar uma competição destas… Não me entendam mal. É uma competição fantástica".
"É o Mundial de Clubes, com os melhores clubes do mundo. Mas seis, sete jogos interrompidos? Não é normal. Num Mundial, quantos jogos são interrompidos? Provavelmente nenhum. No Campeonato da Europa? Nenhum. Há aqui algum problema. Estamos aqui duas semanas e suspendem seis ou sete jogos", acrescentou o treinador do Chelsea.
"É um problema para mim, enquanto treinador. Como manter os jogadores focados duas horas lá dentro? No tempo em que estão à espera falam com a família, comem, brincam, riem, como manter a concentração? Estamos felizes por estar aqui, mas algo não está bem", concluiu o timoneiro italiano, considerando que a pausa não fez bem ao jogo.